domingo, 27 de maio de 2012

Pensamentos ao acaso

Não sei bem sobre o que vai ser este escrito. Não tenho nenhum tema definido, pelo que vou deixar que os dedos sirvam de veículo para os pensamentos que me passam pela cabeça.
Estou na cama. Recostado numa almofada enorme. Com os joelhos levantados e s dedos dos pés encolhidos. Tenho testes para fazer. Tenho saudades da lobita. Estou em casa dos meus pais, com as minhas irmãs. Uma levantou-se agora para ir à casa de banho. A outra está na sala a ver tv. E eu aqui, no quarto. Ia escrever no meu quarto, mas já nem sei. Não sei bem onde pertenço. Se aqui, se a outro sítio qualquer. Claro que aqui me é familiar. Mas ainda assim, não sei se posso chamar de meu a um sítio onde passo três noites por mês. Ainda não falei hoje. Mas já fui estender a roupa que trouxe de fim-de-semana e que pus a lavar ontem antes de ir jantar. O dia está bonito. Estou a pensar no que fazer. Sei que tenho MESMO de fazer os testes até porque um deles é já para terça-feira. A semana que vem vai ser dura, em termos de trabalho. Mas vai passar, claro. Devia estar a lavar o carro que está cheio de cagadelas de pássaro. Estou a ficar com vontade de ir buscar uma fruta para comer. Não sei se me apetece almoçar. Devia ir ver uns amigos com quem já não estou desde as férias da Páscoa e os filhos deles. Não estou com vontade de fazer nada. Só de fechar os olhos e deixar o tempo passar até ser hora de ir embora para mais uma temporada de trabalho. Ficar sossegado no meu canto. Sem me mexer. Reduzir tudo ao essencial. Sem desperdícios de energia, de palavras e de gestos. Como se suspendesse tudo. A suster a respiração. Como se o tempo que fica entre deixar e encontrar fosse um momento em que tudo pára, em que se coloca o filme na pausa, se faz o que (não) há para fazer e se retoma. E entretanto acontece vida, mas não se vive. A sério. Só mais ou menos. Só assim-assim.

Mandei uma mensagem à lobita. Respondeu-me. Estou apaixonado por esta mulher. E é tão bom.

Comer

Acabei de chegar a casa vindo de um jantar com um casal amigo. Três meses depois de se terem casado, fui conhecer a casa deles, levar-lhes a prenda de casamento e isso foi pretexto para um jantar. Comi demasiado. Há quatro ou cinco meses teria comido mais. Mas nesta fase, em que tenho andado a fazer um esforço por não comer mais do que o necessário, (não, não estou de dieta forçada e também não passo fome!) facilmente concluo que comi demais.

Na generalidade comemos demais. Todos os dias. O que se reflecte na balança, na pança, na saúde e em última análise na carteira. Não apenas por que comer demais significa gastar dinheiro demais, mas também por que comer demais pode originar problemas de saúde que trazem custos nos consultórios médicos e muitas vezes na farmácia.

Não estou obcecado com o meu peso, até porque estou dentro do intervalo considerado normal para um homem da minha idade com a minha altura. Mas tenho consciência que há coisa de ano e meio, quando pesava quase mais quinze quilos do que actualmente, as coisas não eram assim. E não digo isto apenas pela diferença de peso. Mas era notório o cansaço, a falta de disponibilidade física para qualquer actividade que implicasse mais movimento e força.

Comemos demais. Comemos mal. Eu, pecador me confesso. E admito a minha culpa. E hoje foi uma alarvidade a quantidade de comida que ingeri ao jantar, quando sabia de antemão que a seguir o jantar viria para casa. Precisava de ter andado uma boa meia hora para ajudar  a digestão.

Desde a Páscoa que eu e a lobita temos vindo a adoptar alguns hábitos alimentares mais saudáveis. Insistir na fruta e na água. Diminuir o consumo de alimentos processados, excessivamente doces ou gordurosos (por exemplo, não fazemos fritos em casa desde Fevereiro). Diminuir café. (eu já não tomava, mas a lobita tem vindo a diminuir o consumo!) Refeições mais leves mas mais frequentes. Ingerir mais água. E praticar mais actividade física. O resultado? Eu perdi quase cinco quilos. A lobita já perdeu quase três. Nenhum de nós era gordo. Ou sequer pré-obeso. Mas a diferença vê-se e nota-se.

A verdade é que me sinto melhor agora, com estas alterações na alimentação do que anteriormente. E para além disso, gosto mais do que vejo reflectido no espelho. E isso ajuda a reforçar a auto-estima. Ajuda a sentirmo-nos bem. Antes assim, do que recorrer a drogas ou ao álcool para me sentir melhor comigo mesmo. Ganhar consciência do que sou, do que posso fazer por mim e das formas naturais que tenho ao meu dispôr para ficar mais em harmonia com o meu corpo, com o que sou e com o que me rodeia é uma maneira de me aceitar mais facilmente. De estar mais em paz. E isso faz toda a diferença na forma como encaramos a vida e nos relacionamos com os outros.

Ou então é tudo treta. Conversa de encher chouriços. Banha de cobra.

Cada um escolhe o que quer para construir a sua verdade.

sábado, 26 de maio de 2012

Manuais

Este ano é ano de adopção de manuais escolares para a maior parte das disciplinas (todas?) de sétimo ano de escolaridade. A adopção de manuais é uma daquelas tarefas importantes, mas aborrecidas que não podia vir em pior altura, uma vez que estamos a duas semanas do fim das aulas do nono ano, e três semanas do fim das aulas dos restantes anos, com a respectiva carga de trabalhos que isso comporta: fazer e corrigir testes, preparar a avaliação final dos alunos, reuniões de conselho de turma de avaliação de alunos e como se não bastasse organização de acitividades para o Dia da Esola e para o encerramento do ano lectivo. Em cima de tudo isto, ainda a avaliação e selecção de manuais. Pode parecer coisa simples, mas na verdade, nn disciplina que lecciono tenho pelo menos treze (!) projectos constituidos por manual do aluno, livro do professor, caderno de acitividades, material auxiliar em cd, dvd, pen e na internet sobre o qual me devo pronunciar. Isto seria mais simples, se estivesse numa escola em que não fosse o único professor de Geografia. Mas não estou. De modo que no próximo fim-de-semana terei MESMO de fechar para analisar, avaliar e seleccionar o manual que a escola deverá adoptar.

Poderia falar das pressões que as editoras fazem sobre os professores para escolherem um determinado projecto, mas isso fica para outra altura. Só vos digo isto: não mais darei o meu número de telemóvel a editoras. É que aborrece estar a receber sms a toda a hora e instante. Para mim é uma pressão ilegítima. Eu sei que eles têm de vender os manuais, mas não pode ser assim. Não desta maneira. Também por isso, estou inclinado a escolher um manual de uma editora que tão sómente enviou para a escola o manual para análise. Sem folclores, sem pen's, sem delegados de vendas untuosos e com conversa delico-doce.

Dias assim

Acordar com a luz a entrar pelas frinchas da janela e com o barulho dos pássaros que piam e voam sobre o telhado,. Tudo o resto é calma. Não se ouve o barulho dos carros, nem vozes por casa. Só paz e sossego. Acordar. Procurar por ti. Mas afinal, estou sozinho na cama- Julgando que se está num sítio e afinal está-se noutro, depois de ter dormido bem. Não muito mas o suficiente para sentir aquele cansaço bom ao acordar que nos faz ter vontade de ficar mais um pouco em estado de semivigília enquanto os olhos decidem se querem mesmo abrir-se ou ficar mais um pouco a ver as pálpebras por dentro. Os sons difusos da casa que vai despertando da noite. Rever mentalmente uma lista de tarefas que há a cumprir para a semana que se aproxima. Tentar discernir no meio da névoa que ainda tolda as ideias e do sono que tenho colado aos olhos, qual a ordem pela qual deverei realizar as tarefas identificadas na lista.

Levantar. WC. Decidir ao cimo das escadas, se as desço em direcção à cozinha ou se viro à direita e volto para o aconchego da cama. Desço. Na cozinha arrumo a louça lavado do jantar. E agora? O que comer? Entre um pão torrado com manteiga e leite opto por pegar numa maça, retiro-lhe a casca e as sementes, cortando-a em quartos Descasco uma banana e subo as escadas em direcção ao quarto. Sabe bem a fruta intercalada, uma dentada na maçã (um pouco mais ácida) e uma dentada na banana (um pouco mais doce). Fico bem. Não tenho fome.

E tu? Já acordaste? Envio-te uma mensagem de texto. Não quero correr o risco de te acordar, embora saiba que tens de sair daqui a pouco. Que sim, que estás melhor, que dormiste bem. Vamos trocando mensagens entre nós até que pela demora na resposta te imagino no duche. E como tu gostas de estar no duche, bem quente. É uma imagem bonita, esta que tenho tua no duche. Não mais bonita do que a realidade. Mas isso são contas de outro rosário...

domingo, 20 de maio de 2012

BRIOSA!

E quando nada o fazia prever, a Taça de Portugal volta ao seu primeiro detentor, setenta e três anos depois.A Académica está em festa e com ela, a academia e a cidade de Coimbra. A vitória no jogo da Final da Taça valeu mais do que o caneco, o apuramento directo para a fase de grupos da Liga Europa: para o ano há futebol de nível internacional no Estádio Cidade de Coimbra. E equipa desse nível, haverá?

Pedro Emanuel consegue um título no primeiro ano como treinador principal. O mesmo conseguiu Vitor Pereira, no FC Porto. Os adjuntos de André Villas Boas (que também treinou a Briosa)  ganharam um título cada um.

Hoje é dia de celebrar o feito agora alcançado! parabéns Briosa!


Bola

Não sou doente por futebol. Não faço quilómetros para ir assistir a um jogo de futebol, nem estou horas colado em frente a um ecrã para assistir à transmissão de um desafio. Dito isto, estou a pensar ir procurar um sítio onde ver a Final da Taça de Portugal entre o Sporting e a Académica. Por simpatia ao clube da minha cidade e da minha universidade. Pelas tardes em que ao velho estádio do Calhabé com o meu pai assistir aos jogos da Briosa. Porque, finalmente! tantos anos depois voltamos ao Jamor. Porque depois de uma época de altos e baixos, na recta final demos um pontapé na crise fechando o campeonato com duas vitórias sofridas que garantiram a manutenção na Primeira Liga. E de forma algo estranha o apuramento para a pré-eliminatória da Liga Europa.

A Associação Académica de Coimbra é, depois dos chamados três grandes, o clube português que mais simpatia gera nas pessoas. Hoje partiram de Coimbra várias dezenas de autocarros com adeptos em direção ao Estádio Nacional. Seja qual o resultado, Pedro Emanuel fica na história da Briosa pelo ida à Final da Taça e pelo apuramento para as competições europeias. Bem vistas as coisas nem foi uma época assim tão má!



Do ter amor por coisas

Há coisas que algumas pessoas dizem, escrevem e afirmam que mexem comigo... Não me incomodam, não me revoltam nem me fazem ter atitudes, pensamentos ou o que quer que seja contra essas pessoas. Como já disse sou muito adepto do vive e deixa viver.

Ainda assim, não consigo evitar um pensamento de tristeza e simultaneamente de inquietação quando leio ou ouço alguém dizer: "amo isto ou aquilo", sendo que o isto ou aquilo pode ser substituído por qualquer tipo de coisa, ou objecto que se adquire numa qualquer loja seja de roupa de sapatos, de jóias, telemóveis e/ou afins.

"Amar" uns sapatos, uma camisa, um casavco ou um par de calças revela tanto (ou tão pouco) de quem o declara... Não que acredite que alguém possa amar esse tipo de objectos, mas a frequência com que se ouve dizer ou com que se lê este tipo de declarações (de amor?) dá que pensar. Tenho objectos de que gosto particularmente. Mas por nenhum tenho amor. Se fosse privado de alguns deles, não iria morrer (muito menos de desgosto amoroso!). Banaliza-se o amor. Ama-se a posse e o conforto ilusório que a posse de determinados objectos confere. Ama-se possuir coisas. Ama-se o ter. Desvaloriza-se o ser. Por dentro. E o que os outros são. A bitola que usamos para avaliar os outros, começa muitas vezes pelo que os outros têm. Pela profissão e pelo ordenado que essa profissão lhe permite auferir. Pela casa ou apartamento que têm. Pelo quanto gastam nas férias. Pelas marcas das roupas que usam a tapar o corpo.

Hoje as pessoas que contam, na sociedade mediatizada em que vivemos, são as que têm. Muito de preferência. As que são muito, não passam de notícias de rodapé nos telejornais. Não contam. Estão ofuscadas pelas plumas e lantejoulas.

Estou a pensar no tipo de valores que se promovem na sociedade. Que atitudes estamos a incutir nas pessoas que convivem connosco. Nos valores que estamos a dar, através do nosso exemplo. Estou agora a pensar que no post anterior falei do concerto dos Coldplay e que posso ser julgado pelo que escrevi. Sim. Gostei do concerto. Sim, gastei dinheiro para ir ver um grupo de música de que gosto muito e há muito tempo. Mas não declaro amor pelo grupo ou pela sua música. Espero manter-me lúcido o suficiente para gostar de coisas, de objectos, de música, de concertos, de umas calças ou t-shirt e guardar o amor para a família, para os amigos, para a lobita, (a ordem é aleatória) para as pessoas, em vez de o canalizar para as coisas.

Não que acredite (recuso-me a acreditar!) que há pessoas que amam as coisas e que gostam de pessoas. Apenas porque as coisas não me devolvem o quanto eu possa gostar delas e as pessoas (sim, muio poucas, eu sei!) devolvem o quanto as amo. E são essas que se tornam verdadeiramente essenciais para me ajudar a crescer e atingir o objectivo de ser mais e melhor.

sábado, 19 de maio de 2012

Yellow

Não sou fã de agora. Desde o hit "yellow", que sigo com alguma atenção o percurso deste grupo de quatro rapazes de Londres. Comprei o primeiro álbum deles, por causa desta música Foi uma compra por impulso. Andava na worten a ver as novidades da música e achei piada à capa do cd. Quando ainda ninguém falava em Coldplay, dei o disco a ouvir a alguns amigos. Fiquei vidrado no disco. Andou comigo no carro tantos meses, que hoje está todo riscado e há faixas que nem se conseguem ouvir. Fui ficando atento ao que de novo aparecia deles. Tenho os cd's originais de todos os álbuns e algumas relíquias que consegui encontrar espalhadas pela net.

Ontem fui vê-los ao vivo no Estádio do Dragão, no Porto. Choveu no início do concerto. Depois a chuva parou e ficou só a música. Espectacular é o que posso dizer da performance. A interacção com o público, o som que esteve fantástico, o palco, os efeitos cénicos, os ecrãs gigantes, as cores e a luz, as pulseiras que emitiam cores durante algumas músicas e um público rendido a estes senhores que, continuo convicto, são uma grande banda. Acabei por gostar muito mais deste concerto do que aquele que vi o ano passado no Optimus Alive. A companhia também ajudou. Muito! Não foi, lobita? ;)

Sem querer entrar em comparações, Coldplay estão para mim, num patamar semelhante a uns U2. Ainda não em termos de palco (o espectáculo 360º dos U2 foi grandioso!) mas em termos de música cantada e tocada. Tudo simples e tudo extremamente eficaz. E tal como os U2, estes senhores não sabem fazer música má. Gostei de cada minuto, dos noventa e sete que estiveram em palco. Valeu muito a pena!



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ir

Ontem, depois de ouvir e ler as notícias que dão conta do encerramento compulsivo dos Centros Novas Oportunidades das escolas públicas, senti um ligeiro arrepio na espinha. Não que goste do modo de funcionamento desses centros, criados com boas intenções (quero acreditar que sim!), mas que em 90% dos casos, resultaram em fraudes completas ao nível de reconhecimento de competências que a esmagadora maioria dos formandos não tinham, não têm e contudo são detentores de papéis que dizem precisamente o contrário. Medo!

O arrepio que senti deve-se ao elevado número de pessoas que  trabalham nesses centros, desde professores, técnicos de encaminhamento, técnicos de reconhecimento e validação, técnicos administrativos e que de uma penada, ficam sem trabalho.

Não é fácil lidar com o desemprego. Ao contrário do primeiro ministro, não acho o desemprego uma oportunidade. Mas também não penso que seja uma fatalidade. A verdade é que há empregos disponíveis. Sim, mal pagos. Para os quais se tem qualificações a mais, mas que garantem emprego. E ganhar pouco é melhor que não ganhar de todo. Criar o próprio posto de trabalho também é uma possibilidade. Mais difícil, mas se calhar alguns de nós têm o secreto desejo de poder fazer uma determinada actividade a tempo inteiro. E isso não é de todo descabido, quando de repente, nos vemos com muito tempo livre nas mãos.

Investir em nós, na nossa formação é sempre positivo. Voltar a estudar é por isso uma possibilidade que se apresenta, pelo menos, para quem tem direito a subsídio de desemprego!.

Emigrar é outra possibilidade. Já que fomos aconselhados a emigrar, já que é uma ideia recorrente há já alguns anos, porque não? Deixar o medo para trás e partir? Tenho dois braços e duas pernas, alguma coisa dentro da cabeça e o trabalho não me assusta. Pelo menos posso tentar, certo?

Ontem a lobita surpreendeu-me ao dizer que tinha ficado a pensar em emigrar. Vamos?

terça-feira, 15 de maio de 2012

Qual o destino?



Já faltou mais. A tentação é grande.

Com as notícias que chegam para o sector da educação, com o encerramento dos Centro Novas Oportunidades (não me vou alongar sobre o programa Novas Oportunidades agora, mas um dia destes, poderei falar nele. Até porque já trabalhei num CNO...)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sou a favor de regras

Embora possam ser injustas, cegas, aplicarem-se a todos de uma forma indiscriminada, sou a favor de regras. Lamento que tenhamos de as ter. Lamento que o livre arbítrio e a consciência que cada um tem de si e dos outros não chegue para guiar o comportamento e atitudes. Não sou perfeito.

Não tenho a ilusão de que sou ou de que alguma vez serei. Hoje vivemos rodeados de regras que nos lembram que para receber temos de dar. Que existe algo chamado sociedade, que poucos saberão definir o que é mas que impõem normas, procedimentos e regulamentos que todos deveriam cumprir, mas que a maioria não cumpre. Há quem passe muito tempo a estudar as regras. A criá-las e a aperfeiçoá-las. E há outros tantos, que passam ainda  mais tempo a engendrar esquemas que permitam contornar as regras.

O meu trabalho é enquadrado por um conjunto muito alargado de regras, de regulamentos internos, de normas e de preceitos que, devidamente aplicadas, garantiriam uma ambiente tranquilo de cooperação e de solidariedade que teria como resultado aprendizagens e construção de conhecimentos formais e não formais úteis e proveitosos, ajudariam a construir a personalidade e a consciência cívica e critica dos alunos, promovendo neles atitudes e competências que lhes poderiam ser úteis pela vida toda.

Um dos grandes problemas é que quem deveria garantir que essas normas e regras  fossem cumpridas, não o faz, fazendo daqueles que as aplicam uns meros fantoches. Cumpre-se o que está nos papéis, e por se cumprir  são os que mais sofrem nas mãos dos alunos, já que os outros professores pouco ou nada fazem. É que exigir o cumprimento de regras dá trabalho. É exigente. Dá muito mais trabalho dar aulas com matéria e conhecimentos aos meninos, do que sumariar matéria, e passar aulas inteiras a ver filmes. Dá-me a volta à tripa. É revoltante.

Sou a favor das regras quando estas se aplicam a todos.
Sou a favor das regras, quando quem as cumpre e faz cumprir não sai prejudicado no final de contas.
Regras para encher papel, para além de não passarem de letra morta, são perigosas, porque são usadas de acordo com interesses pouco claras. Não devemos ter nas escolas dois pesos e duas medidas. Que exemplos se dão aos miúdos?

Selos(!) #3

A M.R do blog Coisas Soltas teve a gentileza de oferecer aqui ao charco um selo. Não que o sapo faça colecção, ou que tenha afixado nas paredes do charco os selos anteriores. Mas com um gesto simpático, deve no mínimo ser reconhecido como tal, aqui ficam os agradecimentos pelo facto de a M. R. considerar que o charco deste sapo...


inspirar seja quem for, a fazer o que quer que seja.

Não sei se é verdade, mas é uma ideia simpática. Estou cá desconfiado que nem o sapo inspira ninguém, nem o charco é uma fonte de inspiração para o que quer que seja.

Ora bem, vamos a isto: dizem as regras que:
1. o selo é para ser oferecido a outros cinco ou seis blogs recentes com menos de duzentos seguidores;
2. Mostrar agradecimento a quem atribuiu o selo fazendo o link para o seu blog
3. Colocar o selo no blog, listar os bloggers a quem se atribuiu o selo com os seus links e deixar comentário nos seus blogs para que tenham conhecimento do selo;
4. Partilhar cinco factos aleatórios acerca da nossa pessoa que as pessoas não saibam ainda.


Ora então: o selo é oferecido a quem dele precisar. O sapo é g assim: um mãos largas!
O agradecimento está feito, o selo está no blog (neste post!) e o link de quem o ofereceu também.


Cinco factos aleatórios que não sabem de mim (pelo menos até acabarem de ler isto):
. Não faço colecção de selos
. O meu charco tem muito mais água depois destas últimas chuvas
. A minha pele sempre húmida deteriora-se rapidamente se exposta a sol muito intenso
. Moscas com molho de escabeche é a iguaria preferida deste sapo
.No último sábado, quando surgiu a lua mais brilhante do ano, coachei até ficar rouco!


E pronto. Vão para dentro e não apanhem muito sol na cabeça!



Fartura

Há dias em que apetece chegar à secretaria, denunciar o contrato de trabalho, fazer as contas e ir embora. Farto!

domingo, 6 de maio de 2012

Dia da Mãe

Sou só que sou esquisito e tenho um calhau no lugar de coração ou as publicações da generalidade das pessoas, nos murais do facebook sobre o dia da mãe. que são aquelas imagens supostamente fofinhas e queridas, com mensagens de conteúdo delico-doce a exaltar e enaltecer as qualidades das mães já começam a enjoar?

Sinceramente, esta coisa de haver um dia específico para isto ou para aquilo já cheira mal. Seja a propósito seja do que for, existe um dia para o comemorar. Não interessa o quê. O que interessa é que todos os dias se comemore qualquer coisa.   E de preferência que se crie o hábito de oferecer alguma coisa nesse dia. Porque temos de consumir para manter a economia dinâmica.

Ó gente, o tempo que estão a colocar mensagens melosas do dia da mãe no mural, peguem no carro, no telefone ou nas pernas e vão dar um beijo à mãe. Mas não por ser o Dia da Mãe. Mas por ser a essa pessoa especial que é a Mãe.

Queima das Fitas

Hoje é dia do cortejo da Queima das Fitas em Coimbra.
A universidade que frequentei, na minha cidade, está em festa. Ao longo dos anos do curso, participei em todos os cortejos, fossem os da Queima, fossem os da Latada. E mesmo depois de ter terminado a licenciatura, por vários anos, estive presente no cortejo, a abanar as fitas e tirar o mofo da capa.

Foram anos bons aqueles que passei na Universidade. É uma fase  interessante da vida. Aquela em que temos muitas certezas e outro tanto de dúvidas, mas em que a conjuntura não os atemoriza tanto. Sentino-nos mais disponíveis para arriscar, para nos lançarmos em descobertas e aventuras novas.


Ao longo do curso, tive oportunidade de aprender. Aprender sobre as pessoas, sobre o amor, sobre a vida, sobre o que somos, o que queremos e o que estamos dispostos a fazer para o atingir. Não fui um aluno brilhante. Não fui um mau aluno. Os primeiros anos, como na esmagadora maioria dos meus colegas, os resultados da avaliação das cadeiras não foram famosos, mas nos últimos, a coisa começou a melhorar e terminei o curso no tempo previsto. Lembro-me perfeitamente da sensação de ver ser publicada a nota da última cadeira do curso. Do misto de alivio e de alegria por ter terminado o curso e do vazio que senti por naquele preciso momento não ser nem estudante, nem empregado. Era só um fulano com uma licenciatura,. Não era aluno, nem era outra coisa qualquer. Era nada.

Hoje é dia do cortejo da Queima das Fitas e não fui ver nada. Apesar de estar em Coimbra não me apeteceu ir ver o desfile. Muito álcool, muito vidro partido, muito barulho.

Hoje é dia do cortejo da Queima das Fitas.

Algumas saudades, alguma nostalgia e recordações boas de momentos e de pessoas que aquecem o coração e turvam a vista.

sábado, 5 de maio de 2012

será da idade?

Hoje, depois de almoço, fui dar um giro. Entrei numa loja de material desportivo e enquanto dava uma vista de olhos ao que por lá havia, reparo que entre os muitas pessoas que por lá andavam, havia um garoto dos seus quatro anos, que mais ou menos de minuto a minuto, chamava pelo pai. A loja é grande, e o rapazito, bem que tentava andar atrás do pai, mas porque este ora se virava para um lado ou para o outro, às tantas dou por mim a sentir alguém a abraçar-se à minha perna esquerda.

O garoto, distraído, agarrou-se a mim, pensando que era o pai dele. E a olhar para o fundo da loja ia tagarelando. Como não lhe respondi, lá olhou para cima e apercebendo-se que aquelas pernas não faziam parte do pai dele, assustou-se e desatou a correr à procura do pai, que assistia à cena de longe.


O mais curioso no meio disto tudo, é que gostei da sensação de ter um criança agarrada às minhas pernas a chamar-me pai...

Imagens do fim-de-semana passado

Prometido é devido!
Só uma pequena amostra.






Feliz!

... porque descobri em ti alguém que me faz pensar que afinal, a história das almas gémeas ou das metades da laranja, não sendo totalmente verdadeira me parece agora bem mais provável.

... porque depois de incertezas, de receios, de medos, de choros, dores de cabeça, de inseguranças, cá estamos. Juntos. Como queremos ficar.

... porque depois de tantos anos a procurar-te em outras pessoas te encontrei no sítio menos provável, nas circunstâncias menos favoráveis e ainda assim, lentamente, aos poucos, de forma progressiva temos vindo a ultrapassar as dificuldades que nos surgem no caminho, tendo a presença de espírito suficiente para o fazer sem criar mais conflitos com quem quer que seja.

... por saber que tenho em ti a amiga, a companheira, a mulher, a namorada, a amante, a colega de e para todas as horas. Eu sei que me amas. Eu sei que te amo. Eu sei que estamos certos. Que és tu. Que somos nós.

E isso, deixa-me assim: feliz!


sexta-feira, 4 de maio de 2012

De modo que é isto!

Deitado na minha cama, no meu quarto, na minha terreola, perto da minha cidade, na casa onde (quase) sempre vivi com os meus pais e irmãos. É bom voltar. É bom sentir que está tudo no seu devido lugar, que apesar de tantas mudanças há coisas que não mudam, (mesmo que de vez em quando fosse bom ver alguma alteraçãozita). O lado menos bom é estar longe da lobita. Sim, custa. Não, não vou fazer disso um drama porque sei que são só mais dois dias e temos outra vez mais duas semanas à nossa disposição, com um fim-de-semana pelo meio.

Ainda assim, esta semana não foi fácil... a saúde pregou-nos uns sustos. Aos dois. E se comigo está tudo mais ou menos (a)normal, com a lobita estou preocupado. Eu sei que não vale a pena, que não resolve nada, mas que mais posso fazer? O meu amor não está bem e isso deixa-me apreensivo, preocupado, provoca-me algum desconforto. E eu sei que pouco posso fazer, mas sabe-me bem sentir que consigo aliviar algumas dores de cabeça (ao mesmo tempo que te dou outras, não é?) que te sentes bem comigo, que me custa (ainda mais) estar longe de ti.

Enfim. Restam as mensagens escritas. E o blog. E o msn. E as chamadas de voz. Bem vistas as coisas ainda temos muita forma de irmos falando. Mas falta o contacto. A mão na mão, as trocas de olhares escangalhados, o roçar do teu cabelo na minha cara quando oferecemos abraços. O teu cheiro. Sim, o cheiro! E as tuas pernas entrelaçadas em mim. Acordar com frio porque me roubaste a roupa da cama durante a noite. Ou na beirinha do colchão porque te vais chegando e colando e chegando mais que não me deixas espaço. E eu deixo! Quando acordo, porque me quero virar e não tenho para onde, fico com pena de te dizer o que quer que seja para que não tenhas de acordar. E aguento até ao limite da dormência, aquele ponto em que todo o teu corpo está entorpecido e adormecido e a cabeça se mantém acordada, como se tivesse tomado um shot de café. Duplo!

Sim, tenho saudades tuas meu amor. E não tenho vergonha de o escrever aqui. Porque é a ti que eu amo.
Porque és tu!
Somos nós!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

De volta à rotina

E pronto! Acabou!

Foi bom, claro!

Poder esquecer durante uns dias a (a)normalidade e experimentar, descobrir, conhecer, partilhar, rir, abraçar, viajar são coisas sempre agradáveis. Ficam as memórias, as recordações e as saudades. Rapidamente há que pensar no próximo. Gosto de imaginar que a vida acontece em cada viagem. O que fica entre viagens é o espaço-tempo necessário para preparar a próxima! (gostava tanto que assim fosse!)
Em breve algumas imagens.

Agora há que pensar em testes, aulas, relatórios, escolha de manuais, avaliações, mais aulas, trabalhos, fichas de apoio...

Com licença... Vou ali cortar os pulsos e já volto!