Com vontade de ficar por lá. Passear pelas ruas de mão dada, de máquina ao ombro a fazer bonecos do que apetece, com o vento a afagar a pele e o sol a queimar.
Passear por entre ruas antigas, feitas de pedra mais antiga ainda, pisada por tantos e tantas (tantas e tantas vezes) que as desgastam até ficar só pó. Só pode ficar pó depois de desgastada a pedra antiga que cobre as ruas por onde me perco.
Pó e a sombra projectada pelas casas e muros da cidade coada que foi a luz do sol. É bonito o teu brilho sob esta luz. A tua expressão doce, embalada pela candura amarelada do entardecer. O teu olhar cheio de amor. O teu abraço terno. O aconchego do teu abraço terno. A tepidez do teu corpo. A vontade de ficar.
O vento embala-nos para a partida. Corremos pela estrada na direcção oposta. Cada vez mais perto. Cada vez mais longe. Quase a chegar, com vontade de partir.