terça-feira, 3 de junho de 2014

Taliban Meireles ou António Variações revisited



Há gente com muito tempo livre.
E ainda bem! :D

Como?

Como é que fazes?
Como é que consegues dormir?
Como é que consegues olhar-te ao espelho todos os dias e não te esbofeteares selvaticamente?
Como é que consegues repousar essa cabecinha cheia de merda no travesseiro e dormir descansada?
Como é que consegues ser falsa, hipócrita e cínica e manter esse ar seráfico de quem está a trabalhar em prol do bem da humanidade?

Vai morrer longe!



(Ia chamar-te puta, mas essas ao menos vendem o que têm. Não andam a enganar os outros fazendo-se passar por vítimas quando são os maiores beneficiários de esquemas obscuros para desviar fundos que não te pertencem.)



segunda-feira, 2 de junho de 2014

Morena ;)


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Com vontade de ficar por lá. Passear pelas ruas de mão dada, de máquina ao ombro a fazer bonecos do que apetece, com o vento a afagar a pele e o sol a queimar.

Passear por entre ruas antigas, feitas de pedra mais antiga ainda, pisada por tantos e tantas (tantas e tantas vezes) que as desgastam até ficar só pó. Só pode ficar pó depois de desgastada a pedra antiga que cobre as ruas por onde me perco.

Pó e a sombra projectada pelas casas e muros da cidade coada que foi a luz do sol. É bonito o teu brilho sob esta luz. A tua expressão doce, embalada pela candura amarelada do entardecer. O teu olhar cheio de amor. O teu abraço terno. O aconchego do teu abraço terno. A tepidez do teu corpo. A vontade de ficar.

O vento embala-nos para a partida. Corremos pela estrada na direcção oposta. Cada vez mais perto. Cada vez mais longe. Quase a chegar, com vontade de partir.