Finalmente casa! Desde o dia 7 deste mês que não punha cá os pés. E sim, sinto falta. Depois de três semanas lá por baixo, finalmente a possibilidade de respirar.A última semana foi particularmente dura. Estava a dar em doido, e em simultâneo a dar com os outros em doidos. O desespero de estar preso num buraco é tanto, que até me esqueço de olhar para cima e ver o céu. Às vezes mudarmos o ponto a partir do qual vemos algo faz milagres.
Amanhã seguem-se novos capítulos.
sábado, 29 de junho de 2013
... sem ser preciso largar 250€
Há outras formas de nos recordarmos que temos de levar o carro à inspecção.
leituras
Enquanto não deito as mãos ao último volume da série millenium, de Stieg Larsson, li esta semana este livro, igualmente de um escritor nórdico. Não tem a profundidade do Stieg Larsson, mas está bem esgalhado. A forma como descreve o percurso de vida de um velhote que faz cem anos e a sua fuga do lar da terceira idade, arrancou-me algumas gargalhadas de quem eu estava à espera.
Leve e lê-se num instante.
Leve e lê-se num instante.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
apontamento
Fizeste anos, e praticamente nem te deixei uma palavra. Bem sei que sabes que tem sido tempos difíceis estes. Ainda assim, estou em dívida para contigo. Porque faz tempo que não te digo o quanto (Tanto!) que me és e me dás. E o quanto ainda vou pensando que não sei que obras fiz para te merecer. Para te ter encontrado e sem saber como, te ter cativado e querer ser teu. E tu deixares. O importante é saber que é assim! é que já o disse várias vezes e também o escrevi, tu seres tudo o que sonhei (bem, não tudo, mas mais ainda!)
Por isso parabéns! E um beijo. (sim, um de cada vez).
Por isso parabéns! E um beijo. (sim, um de cada vez).
Suplente
Vem esta "posta" a propósito de uma foto que tirei há dias enquanto decorria uma prova de exame, para a qual fui nomeado professor vigilante suplente. Nesta espécie de escola em que estou colocado este ano dão uns quase crachás aos professores, para que, caso se esqueçam do que estão a fazer, possam olhar para o crachá e recordar qual o seu papel.
A ironia da foto é que diz precisamente aquilo que tem sido a minha vida profissional nos últimos quinze anos: suplente. Necessidade residual do sistema. Quinze anos é muito tempo. Ser um trabalhados precário há quinze anos é injusto. Custa. E é ilegal. Em todas as empresas, menos no Estado português (ou será da troika?)
Sim, eu sei que me tenho queixado muito. Mas acredite quem quiser que não me tenho queixado aqui. Aliás, a pouca produtividade escrita neste blog deve-se à falta de ânimo para escrever, proporcionada por uma série de acontecimentos que se tem passado cá na escola e que parece interminável. Apesar de as minhas férias começarem a 24 de Julho. O dia, não a avenida.
Este tipo de sentimentos não me fazem bem. Não me deixam feliz, nem tão pouco aos que me rodeiam. Hoje o dia de trabalho ainda só vai a meio e já estou a deitar escola por todos os poros. Olhar para isto faz-me mal.
Suplente?
Certamente. Suplente utilizado, mas suplente.
A ironia da foto é que diz precisamente aquilo que tem sido a minha vida profissional nos últimos quinze anos: suplente. Necessidade residual do sistema. Quinze anos é muito tempo. Ser um trabalhados precário há quinze anos é injusto. Custa. E é ilegal. Em todas as empresas, menos no Estado português (ou será da troika?)
Sim, eu sei que me tenho queixado muito. Mas acredite quem quiser que não me tenho queixado aqui. Aliás, a pouca produtividade escrita neste blog deve-se à falta de ânimo para escrever, proporcionada por uma série de acontecimentos que se tem passado cá na escola e que parece interminável. Apesar de as minhas férias começarem a 24 de Julho. O dia, não a avenida.
Este tipo de sentimentos não me fazem bem. Não me deixam feliz, nem tão pouco aos que me rodeiam. Hoje o dia de trabalho ainda só vai a meio e já estou a deitar escola por todos os poros. Olhar para isto faz-me mal.
Suplente?
Certamente. Suplente utilizado, mas suplente.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Greve #2: Motivos
Diálogos imaginários. Imaginemos os seguintes diálogos entre um professor e cidadão (alguém com capacidade de argumentar e perceber os contra-argumentos apresentados, sem se deixar contaminar pelas opiniões veiculadas pelos meios de comunicação social)
Se quisermos deixar de lado as questões económicas, as colocações a centenas de quilómetros de distância de casa, o pouco interesse dos alunos e dos pais, a falta generalizada de condições de trabalho que a maioria das escolas apresenta, são motivos para fazer a greve:
Professor: Pretendem aumentar o horário de trabalho para as quarenta horas semanais.
Cidadão: Mas os trabalhadores do privado trabalham as 40 horas.
Professor: Os professores também. Até muito mais do que as 40h que agora pretendem oficializar. Dessas horas há 22h horas lectivas que estão marcadas no horário (embora este ano tenha marcadas no horário 28h) e as restantes são componente não lectiva uma vez que se entende, e bem, que é necessário tempo de preparação das aulas, elaboração de materiais, elaboração e correcção de trabalhos, testes, questões de aula e afins. Ainda está por provar que o facto de se ter horas de trabalho, resulte num aumento de produtividade, havendo até a percepção de que o contrário será mais provável.
Cidadão: Então mas não achas injusto que uns trabalhem 40 horas e outros apenas 35h?
Professor: Acho. Por isso defendo a redução do horário de trabalho de todos os trabalhadores para as 35h. Isso iria contribuir para um aumento do emprego e consequente diminuição do desemprego em Portugal. Embora, não me pareça que o Governo esteja realmente preocupado com isso. Acresce que por esse acréscimo de horas de trabalho, não está previsto o respectivo aumento salarial. O que significa na prática que te estão, mais uma vez, a reduzir o vencimento.
Cidadão: Sim, está bem, e isso é injusto, mas ainda assim não me parece motivo para prejudicar os alunos que precisam de fazer exames nacionais para entrar na Universidade.
Professor: e quem te disse que são prejudicados?
Cidadão: É o que se ouve na rádio, vê na tv, lê nos jornais... A maior parte das pessoas que conheço acham isso.
Professor: Pois é pena. Nenhum aluno vai deixar de fazer exames, na pior das hipóteses, vai fazê-los mais tarde, o que pode causar algum stress, mas ao mesmo tempo lhes dá mais tempo para se prepararem. Além disso, o MEC pode sempre alterar o calendário dos exames, para dias em que não haja greve. A greve aos exames só acontece no dia 17 de Junho. Os outros dias são de greve às avaliações. O que quer dizer que os exames decorrerão com normalidade uma vez que o MEC já decidiu admitir todos os alunos a exame condicionalmente. Não há prejuízo para os alunos. O próprio Colégio Arbitral presidido por um Juíz Conselheiro jubilado foi da opinião que não há lugar à marcação de serviços mínimos aos exames. Só mais uma coisa: Os professores também são prejudicados pela greve: Perdem o salário correspondente.
Cidadão: Ainda assim, os pais queixam-se do que isso poderá causar aos filhos, por estarem reféns dos professores.
Professor: Xiiiii! Tanto que há para dizer sobre isso... Onde estavam os pais, quando os governos acabaram com os pares pedagógicos? Isso não foi comprometedor para a qualidade do ensino? E quando o Governo alterou os currículos e terminou com as áreas disciplinares de Estudo Acompanhado e de Formação Cívica? Isso não prejudicou os alunos? Não em lembro de ouvir os pais queixarem-se quando as cargas horárias das disciplinas foram alteradas e os programas curriculares foram mantidos, fazendo com que algumas matérias fossem dadas "pela rama" ou, muito simplesmente, não fossem dadas por falta de tempo. E quando o racio de alunos/auxiliar de ação educativa cresceu para 100 para um? Onde estavam os pais? E o no aumento de alunos por turma? Não se queixaram? Não é melhore ter turmas de vinte alunos em vez de termos turmas de trinta alunos? Não há mais probabilidades de sucesso escolar quando os grupos de alunos são menores? Já reparaste que quando os miúdos têm "explicações" os grupos são sempre muito reduzidos? Porque será? Nessa altura ouviste pais a queixarem-se? Não quiseram defender os interesses dos filhos nessa altura? É que em todas estas ocasiões os filhos foram claramente prejudicados. São os professores que estão a prejudicas os alunos? Não me parece... Nós precisamos de todos, colegas, pais e alunos e até (imagine-se!) do Ministério para melhorar as condições das escolas, do ensino. Não estamos a prejudicar alunos. Estamos a defendê-los! A eles e à Escola Pública.
Cidadão: Dito assim, parece outra coisa, na verdade...
Professor: Não parece. É! Infelizmente os órgãos de comunicação social generalistas passam as notícias de acordo com o ângulo que mais lhes interessa, tomando partido e escolhendo lados, esquecendo que deveriam informar e que isso se faz apresentando factos e argumentos de forma isenta. Na verdade, contribuem muitas vezes para a desinformação com análises parciais.
Cidadão: Então e que mais motivos existem para fazer greve?
Professor: Bem, posso sempre referir a Mobilidade Especial que vai mandar para o desemprego mais uns milhares de funcionários públicos...
Cidadão: Mas se vão para a mobilidade especial é porque não têm horário na escola. Se não têm horário, não estão lá a fazer nada, porque não irem embora?
Professor: Porque esses professores só são dispensáveis por opção política. Porque, por exemplo, com o aumento da carga horária para as 40 horas, há professores que vão passar a ter oito, nove, dez ou onze turmas. Tens ideia do que é teres onze turmas de trinta alunos? Estás a imaginar o estado em que se chega ao final de uma semana em que tens de dar aulas a onze turmas diferentes? Em que nem tens tempo para saber o nome dos alunos, quanto mais de te aperceberes das necessidades que eles têm!
Se quisermos deixar de lado as questões económicas, as colocações a centenas de quilómetros de distância de casa, o pouco interesse dos alunos e dos pais, a falta generalizada de condições de trabalho que a maioria das escolas apresenta, são motivos para fazer a greve:
Professor: Pretendem aumentar o horário de trabalho para as quarenta horas semanais.
Cidadão: Mas os trabalhadores do privado trabalham as 40 horas.
Professor: Os professores também. Até muito mais do que as 40h que agora pretendem oficializar. Dessas horas há 22h horas lectivas que estão marcadas no horário (embora este ano tenha marcadas no horário 28h) e as restantes são componente não lectiva uma vez que se entende, e bem, que é necessário tempo de preparação das aulas, elaboração de materiais, elaboração e correcção de trabalhos, testes, questões de aula e afins. Ainda está por provar que o facto de se ter horas de trabalho, resulte num aumento de produtividade, havendo até a percepção de que o contrário será mais provável.
Cidadão: Então mas não achas injusto que uns trabalhem 40 horas e outros apenas 35h?
Professor: Acho. Por isso defendo a redução do horário de trabalho de todos os trabalhadores para as 35h. Isso iria contribuir para um aumento do emprego e consequente diminuição do desemprego em Portugal. Embora, não me pareça que o Governo esteja realmente preocupado com isso. Acresce que por esse acréscimo de horas de trabalho, não está previsto o respectivo aumento salarial. O que significa na prática que te estão, mais uma vez, a reduzir o vencimento.
Cidadão: Sim, está bem, e isso é injusto, mas ainda assim não me parece motivo para prejudicar os alunos que precisam de fazer exames nacionais para entrar na Universidade.
Professor: e quem te disse que são prejudicados?
Cidadão: É o que se ouve na rádio, vê na tv, lê nos jornais... A maior parte das pessoas que conheço acham isso.
Professor: Pois é pena. Nenhum aluno vai deixar de fazer exames, na pior das hipóteses, vai fazê-los mais tarde, o que pode causar algum stress, mas ao mesmo tempo lhes dá mais tempo para se prepararem. Além disso, o MEC pode sempre alterar o calendário dos exames, para dias em que não haja greve. A greve aos exames só acontece no dia 17 de Junho. Os outros dias são de greve às avaliações. O que quer dizer que os exames decorrerão com normalidade uma vez que o MEC já decidiu admitir todos os alunos a exame condicionalmente. Não há prejuízo para os alunos. O próprio Colégio Arbitral presidido por um Juíz Conselheiro jubilado foi da opinião que não há lugar à marcação de serviços mínimos aos exames. Só mais uma coisa: Os professores também são prejudicados pela greve: Perdem o salário correspondente.
Cidadão: Ainda assim, os pais queixam-se do que isso poderá causar aos filhos, por estarem reféns dos professores.
Professor: Xiiiii! Tanto que há para dizer sobre isso... Onde estavam os pais, quando os governos acabaram com os pares pedagógicos? Isso não foi comprometedor para a qualidade do ensino? E quando o Governo alterou os currículos e terminou com as áreas disciplinares de Estudo Acompanhado e de Formação Cívica? Isso não prejudicou os alunos? Não em lembro de ouvir os pais queixarem-se quando as cargas horárias das disciplinas foram alteradas e os programas curriculares foram mantidos, fazendo com que algumas matérias fossem dadas "pela rama" ou, muito simplesmente, não fossem dadas por falta de tempo. E quando o racio de alunos/auxiliar de ação educativa cresceu para 100 para um? Onde estavam os pais? E o no aumento de alunos por turma? Não se queixaram? Não é melhore ter turmas de vinte alunos em vez de termos turmas de trinta alunos? Não há mais probabilidades de sucesso escolar quando os grupos de alunos são menores? Já reparaste que quando os miúdos têm "explicações" os grupos são sempre muito reduzidos? Porque será? Nessa altura ouviste pais a queixarem-se? Não quiseram defender os interesses dos filhos nessa altura? É que em todas estas ocasiões os filhos foram claramente prejudicados. São os professores que estão a prejudicas os alunos? Não me parece... Nós precisamos de todos, colegas, pais e alunos e até (imagine-se!) do Ministério para melhorar as condições das escolas, do ensino. Não estamos a prejudicar alunos. Estamos a defendê-los! A eles e à Escola Pública.
Cidadão: Dito assim, parece outra coisa, na verdade...
Professor: Não parece. É! Infelizmente os órgãos de comunicação social generalistas passam as notícias de acordo com o ângulo que mais lhes interessa, tomando partido e escolhendo lados, esquecendo que deveriam informar e que isso se faz apresentando factos e argumentos de forma isenta. Na verdade, contribuem muitas vezes para a desinformação com análises parciais.
Cidadão: Então e que mais motivos existem para fazer greve?
Professor: Bem, posso sempre referir a Mobilidade Especial que vai mandar para o desemprego mais uns milhares de funcionários públicos...
Cidadão: Mas se vão para a mobilidade especial é porque não têm horário na escola. Se não têm horário, não estão lá a fazer nada, porque não irem embora?
Professor: Porque esses professores só são dispensáveis por opção política. Porque, por exemplo, com o aumento da carga horária para as 40 horas, há professores que vão passar a ter oito, nove, dez ou onze turmas. Tens ideia do que é teres onze turmas de trinta alunos? Estás a imaginar o estado em que se chega ao final de uma semana em que tens de dar aulas a onze turmas diferentes? Em que nem tens tempo para saber o nome dos alunos, quanto mais de te aperceberes das necessidades que eles têm!
sexta-feira, 7 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Do unto
O unto, também chamada de graxa, é a actividade praticada por um conjunto de pessoas a quem o Miguel Esteves Cardoso chamou, há muitos anos num artigo escrito no extinto Independente, os cu-lambistas. Os cu-lambistas seriam assim uma espécie de lambe-botas, mas num nível mais avançado, com mais requinte. Quando era estudante chamavamos-lhes apenas graxistas.
Porque é que me lembrei disto? Porque tenho alguns alunos que durante o ano pouco fizeram de estudo, de trabalho, em suma, de alunos aplicados! que desde há umas semanas a esta parte, despudoramente me rondam cheios de simpatia e de sorriso afivelado na cara, com o único propósito de me darem graxa. Não gosto de me sentir pressionado. Não gosto de me sentir condicionado, muito menos por quem durante uma parte do ano me fez a vida um pouco mais difícil e que agora que o ano se aproxima do seu fim, tirar vantagens ilegítimas de algo que não fez e, por conseguinte, não merece. Porém, esta atitude até é compreensível por parte dos alunos. São miúdos, estão a tentar safar-se utilizando as poucas estratégias que consideram eficazes.
Assistir e ter de lidar com pressões de colegas que são directores de turma é bem pior. E no entanto, hoje mesmo, por mais de uma vez me questionaram relativamente aos níveis que iria atribuir a determinados alunos. Depois da minha resposta, os comentários, as expressões faciais, os olhares eram de claro desagrado e quando acrescentava que se quisessem podiam colocar a nota à votação do Conselho de Turma mas que faria questão de deixar em acta o meu desacordo isso valeu-me costas voltadas, ser apelidade de sapo, o cruel e outros mimos.
Lamento. Eu sei que são miúdos. Eu sei que têm contextos familiares difíceis. Mas também sei, e os próprios alunos também sabem, que fizeram muito pouco para obter aproveitamento. Que se empenharam pouco. Que brincaram demasiado. Que o ano lectivo só termina em Junho e houve casos de alunos que só começaram a fazer alguma coisa em Abril e outros que nunca deixaram de estar de férias, desde o Verão passado. Não é nenhum drama. Para o ano há novamente escola (se o Crato não acabar com isto tudo entretanto).
Porque é que me lembrei disto? Porque tenho alguns alunos que durante o ano pouco fizeram de estudo, de trabalho, em suma, de alunos aplicados! que desde há umas semanas a esta parte, despudoramente me rondam cheios de simpatia e de sorriso afivelado na cara, com o único propósito de me darem graxa. Não gosto de me sentir pressionado. Não gosto de me sentir condicionado, muito menos por quem durante uma parte do ano me fez a vida um pouco mais difícil e que agora que o ano se aproxima do seu fim, tirar vantagens ilegítimas de algo que não fez e, por conseguinte, não merece. Porém, esta atitude até é compreensível por parte dos alunos. São miúdos, estão a tentar safar-se utilizando as poucas estratégias que consideram eficazes.
Assistir e ter de lidar com pressões de colegas que são directores de turma é bem pior. E no entanto, hoje mesmo, por mais de uma vez me questionaram relativamente aos níveis que iria atribuir a determinados alunos. Depois da minha resposta, os comentários, as expressões faciais, os olhares eram de claro desagrado e quando acrescentava que se quisessem podiam colocar a nota à votação do Conselho de Turma mas que faria questão de deixar em acta o meu desacordo isso valeu-me costas voltadas, ser apelidade de sapo, o cruel e outros mimos.
Lamento. Eu sei que são miúdos. Eu sei que têm contextos familiares difíceis. Mas também sei, e os próprios alunos também sabem, que fizeram muito pouco para obter aproveitamento. Que se empenharam pouco. Que brincaram demasiado. Que o ano lectivo só termina em Junho e houve casos de alunos que só começaram a fazer alguma coisa em Abril e outros que nunca deixaram de estar de férias, desde o Verão passado. Não é nenhum drama. Para o ano há novamente escola (se o Crato não acabar com isto tudo entretanto).
Hoje acordei com
dores nas costas. Devo ter dado um jeito (um mau jeito, claramente!) ao dormir que me deixou com dores nas costas, do lado esquerdo, mais ou menos a meio. Não há massagens, fisioterapia, adesivos e exercícios que me valham. Já estive de saco de água quente, por duas vezes e pelo menos isso aliviou qualquer coisa as dores. Agora estou a escrever e não me doem. Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos.
Stieg Larsson
Comecei a ler a semana passada a trilogia Millenium deste jornaliste e escritor sueco. Já li os dois primeiros livros. Falta apenas o último. Lê-se rápido, a história prende, a escrita tem ritmo e a vontade é de chegar ao fim das cerca de seiscentas páginas para saber como termina. Há algum tempo que não lia tanto e com tanta vontade. Os títulos dos livros são apelativos e desde que os vi à venda que fiquei com vontade de os ler. Proporcionou-se agora e não me arrependo!
Sei que não é nenhuma novidade, que já têm uns anos e que inclusive já foram feitos filmes, tendo por base os livros. Os mais antigos filmes são suecos, os mais recentes incluem o James Bond Daniel Craig no papel do personagem principal Mikael Blomkvist.
Sim, estou a contar ver os filmes depois de ler o livro que me falta.
Sei que não é nenhuma novidade, que já têm uns anos e que inclusive já foram feitos filmes, tendo por base os livros. Os mais antigos filmes são suecos, os mais recentes incluem o James Bond Daniel Craig no papel do personagem principal Mikael Blomkvist.
Sim, estou a contar ver os filmes depois de ler o livro que me falta.
Costelas
O sapo é estranho.
E não é estranho que o seja. Seria mais estranho se não o fosse. Estranho, está claro!
O sapo é o resultado de uma mistura caótica de geografias dispersas pelo Norte e Centro de Portugal. Ainda recentemente descobri que uma avó que não conheci tinha raízes na Guarda. Porém a origem materna é do Porto. A bisavó de Santa Marta de Penaguião. A família paterna é geograficamente mais estável: Coimbra e arredores. Tenho um tio que não conheço no Algarve, primos que não faço ideia de quem sejam pela zona de Coimbra, mas também Porto, Algarve, Guarda, Régua, Chaves, Vila Real e sabe-se lá onde mais.
Eles andam aí.
Um dia dedico-me a conhecer a família incógnita.
Hoje não é o dia!
E não é estranho que o seja. Seria mais estranho se não o fosse. Estranho, está claro!
O sapo é o resultado de uma mistura caótica de geografias dispersas pelo Norte e Centro de Portugal. Ainda recentemente descobri que uma avó que não conheci tinha raízes na Guarda. Porém a origem materna é do Porto. A bisavó de Santa Marta de Penaguião. A família paterna é geograficamente mais estável: Coimbra e arredores. Tenho um tio que não conheço no Algarve, primos que não faço ideia de quem sejam pela zona de Coimbra, mas também Porto, Algarve, Guarda, Régua, Chaves, Vila Real e sabe-se lá onde mais.
Eles andam aí.
Um dia dedico-me a conhecer a família incógnita.
Hoje não é o dia!
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