Vem esta "posta" a propósito de uma foto que tirei há dias enquanto decorria uma prova de exame, para a qual fui nomeado professor vigilante suplente. Nesta espécie de escola em que estou colocado este ano dão uns quase crachás aos professores, para que, caso se esqueçam do que estão a fazer, possam olhar para o crachá e recordar qual o seu papel.
A ironia da foto é que diz precisamente aquilo que tem sido a minha vida profissional nos últimos quinze anos: suplente. Necessidade residual do sistema. Quinze anos é muito tempo. Ser um trabalhados precário há quinze anos é injusto. Custa. E é ilegal. Em todas as empresas, menos no Estado português (ou será da troika?)
Sim, eu sei que me tenho queixado muito. Mas acredite quem quiser que não me tenho queixado aqui. Aliás, a pouca produtividade escrita neste blog deve-se à falta de ânimo para escrever, proporcionada por uma série de acontecimentos que se tem passado cá na escola e que parece interminável. Apesar de as minhas férias começarem a 24 de Julho. O dia, não a avenida.
Este tipo de sentimentos não me fazem bem. Não me deixam feliz, nem tão pouco aos que me rodeiam. Hoje o dia de trabalho ainda só vai a meio e já estou a deitar escola por todos os poros. Olhar para isto faz-me mal.
Suplente?
Certamente. Suplente utilizado, mas suplente.
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