Digamos que sim, que tem estado fresquinho.
Esta semana e na anterior, tenho vindo trabalhar com temperaturas próximas dos 0º. Eu gosto do frio. Gosto de sentir o ar frio na cara. Não gosto de sentir frio no corpo, mas nas mãos e nariz nem me faz grande diferença.
Ontem quando cheguei a casa tinha os pés gelados. Mesmo gelados. Felizmente existem mantas e sacos de água quente e tu. Sim! Tu! Que me aqueces os pés, as mãos, o coração e o espírito. É bom receber o teu quentinho quando chego a casa. O teu abraço e o calor do teu sorriso.
Compensa largamente o frio que se apanha na rua!
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Ir
Ando novamente com vontade de partir.
Partir sem data de regresso. Ir indo. Começar por qualquer lugar e fazer caminho sem ter de me preocupar com data de regresso, prazos, dinheiro. Comer quando se tem fome, beber quando se tem sede, dormir quando se está cansado, falar quando se tem algo a dizer, cantar quando apetece, parar porque a paisagem é bonita, porque o sol nos aquece a pele, porque é tempo de parar. Tempo de sorrir.
Descobrir lugares e culturas e pessoas. A pé, de comboio, à boleia. Fazer fotografias. Escrever. Ler. Ser tudo e não ser nada. Ser ninguém.
Não sei o que fazer ao que sei.
O que aprendi não me leva a lado nenhum.
E é pena.
Porque tenho vontade de ir.
Partir sem data de regresso. Ir indo. Começar por qualquer lugar e fazer caminho sem ter de me preocupar com data de regresso, prazos, dinheiro. Comer quando se tem fome, beber quando se tem sede, dormir quando se está cansado, falar quando se tem algo a dizer, cantar quando apetece, parar porque a paisagem é bonita, porque o sol nos aquece a pele, porque é tempo de parar. Tempo de sorrir.
Descobrir lugares e culturas e pessoas. A pé, de comboio, à boleia. Fazer fotografias. Escrever. Ler. Ser tudo e não ser nada. Ser ninguém.
Não sei o que fazer ao que sei.
O que aprendi não me leva a lado nenhum.
E é pena.
Porque tenho vontade de ir.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
É, não é?
"É engraçado, como por vezes, o encadeamento lógico de acontecimentos, ao princípio banais, podem tomar proporções gigantescas."
É isso!
É isso!
Things I don't understand
"Things I Don't Understand"
How tides control the sea
And what becomes of me
How little things can slip out of your hands
How often people change
No two remain the same
Why things don't always turn out as you planned
These are things that I don't understand
Yeah these are things that I don't understand
I can't (and I can't)
Decide
Wrong (oh my wrong)
From right
Day (oh my day)
From night
Dark (oh my dark)
From light
I love (but I love)
This life
How infinite is space
And who decides your fate
Why everything will dissolve into sand
How to avoid defeat
Where truth and fiction meet
Why nothing ever turns out as you planned
These are things that I don't understand
Yeah these are things that I don't understand
I can't (and I can't)
Decide
Wrong (oh my wrong)
From right
Day (oh my day)
From night
Dark (oh my dark)
From light
I love (but I love)
This life.
Cinema para desligar o pensador
Despretensioso, descontraído e divertido.
Não é nenhuma obra-prima nem o pretende ser. É mais da fórmula Quim Roscas e Zeca Estacionâncio mas com menos palavrões. Os rapazes foram contidos. Ainda assim tem cenas engraçadas e pormenores a descobrir. Principalmente na festa popular em honra de Sta. Vânia, padroeira do soalho flutuante.
Já se calavam!
Porque motivo, nos programas de televisão, espectáculos e concertos o público acompanha os aplausos de gritos, berros e urros?
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Epifania
O momento em que falas e te apercebes que se estão mas tintas para o que dizes faz-te pensar em tirar bilhete.
A que horas fecha a bilheteira?
A que horas fecha a bilheteira?
Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades
Não vou falar dos 20€, nem da anormalidade que é fazer uma prova que não conta para os professores que estão com contrato no presente ano lectivo, mesmo que tenham classificação negativa. Nem tão pouco vou discorrer sobre a imbecilidade de marcarem a prova para um dia que será, em muitas escolas, de reuniões de avaliação de final do primeiro período. Também não me quero alongar sobre a pertinência de uma prova que qualquer pessoa medianamente capaz e letrada resolve sem dificuldades, uma vez que já há notícias que provam isso mesmo (aqui, por exemplo). Vão avaliar o quê?
Tal como eu, a esmagadora maioria dos professores que se submeterem à prova (espero que sejam poucos) têm largos anos de experiência profissional, devidamente avaliada anualmente.
Se durante anos (nalguns casos, mais de uma década!) fui competente para ensinar, ser diretor de turma, professor de áreas que não são as da minha formação inicial, (que é a de Geografia) como Área de Projecto, Estudo Acompanhado, Formação Cívica, Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho, Ciências Sociais e Humanas, Cidadania e Empregabilidade, Cidadania e Profissionalidade; dei aulas a turmas regulares, Cursos Educação Formação, Percursos Curriculares Alternativos, Cursos Profissionais; Formação num Centro Novas Oportunidades (RVCC), aulas no ensino noturno (SEUC), dinamizei clubes e atividades em diferentes escolas, participei e organizei visitas de estudo, exposições, mostras, debates, concursos e sei lá o que mais.
Fiz o meu curso universitário numa universidade pública, fiz estágio pedagógico durante um ano em que tive a orientação de uma professora mais experiente, tive aprovação em todos estas etapas, Após o estágio o mesmo Estado que me quer agora fazer uma prova para avaliar as minhas competências e conhecimentos, reconheceu-me as qualidades e competências para ser professor profissionalizado. E sou profissionalizado e dou aulas há quinze anos lectivos consecutivos. Fiz formação ao longo dos anos, fiz um mestrado em Ciências da Educação e tudo isso não vale para ser professor em Portugal? Valha-nos o psicotécnico que o MEC inventou para separar o trigo do joio e (finalmente!) disciplinar o acesso à profissão. Sim, que esta prova é para permitir o acesso à profissão. Será que agora, finalmente, irão passar aos quadros dezenas de milhar de professores, uma vez que já fizeram a prova de acesso à profissão? Não me parece.
Esta prova é um atestado de incompetência que o Governo passa a ele mesmo, por não reconhecer o papel formativo das Universidades, dos professores universítários, dos professores orientadores de estágio e formadores da universidade que supervisionam os estágios, dos curricula académicos que o MEC aprova/aprovou, das etapas de formação inicial e formação contínua de professores.
Os professores continuam a ser a fonte de todos os males e o alvo a abater neste país.
E vai-se a ver, até é verdade.
Quando somos confrontados com o género de decisões inteligentes que os membros dos sucessivos Governos têm regurgitado, de facto, temos de reflectir muito sobre a educação em Portugal.
Mas não com este tipo de instrumentos.
Tal como eu, a esmagadora maioria dos professores que se submeterem à prova (espero que sejam poucos) têm largos anos de experiência profissional, devidamente avaliada anualmente.
Se durante anos (nalguns casos, mais de uma década!) fui competente para ensinar, ser diretor de turma, professor de áreas que não são as da minha formação inicial, (que é a de Geografia) como Área de Projecto, Estudo Acompanhado, Formação Cívica, Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho, Ciências Sociais e Humanas, Cidadania e Empregabilidade, Cidadania e Profissionalidade; dei aulas a turmas regulares, Cursos Educação Formação, Percursos Curriculares Alternativos, Cursos Profissionais; Formação num Centro Novas Oportunidades (RVCC), aulas no ensino noturno (SEUC), dinamizei clubes e atividades em diferentes escolas, participei e organizei visitas de estudo, exposições, mostras, debates, concursos e sei lá o que mais.
Fiz o meu curso universitário numa universidade pública, fiz estágio pedagógico durante um ano em que tive a orientação de uma professora mais experiente, tive aprovação em todos estas etapas, Após o estágio o mesmo Estado que me quer agora fazer uma prova para avaliar as minhas competências e conhecimentos, reconheceu-me as qualidades e competências para ser professor profissionalizado. E sou profissionalizado e dou aulas há quinze anos lectivos consecutivos. Fiz formação ao longo dos anos, fiz um mestrado em Ciências da Educação e tudo isso não vale para ser professor em Portugal? Valha-nos o psicotécnico que o MEC inventou para separar o trigo do joio e (finalmente!) disciplinar o acesso à profissão. Sim, que esta prova é para permitir o acesso à profissão. Será que agora, finalmente, irão passar aos quadros dezenas de milhar de professores, uma vez que já fizeram a prova de acesso à profissão? Não me parece.
Esta prova é um atestado de incompetência que o Governo passa a ele mesmo, por não reconhecer o papel formativo das Universidades, dos professores universítários, dos professores orientadores de estágio e formadores da universidade que supervisionam os estágios, dos curricula académicos que o MEC aprova/aprovou, das etapas de formação inicial e formação contínua de professores.
Os professores continuam a ser a fonte de todos os males e o alvo a abater neste país.
E vai-se a ver, até é verdade.
Quando somos confrontados com o género de decisões inteligentes que os membros dos sucessivos Governos têm regurgitado, de facto, temos de reflectir muito sobre a educação em Portugal.
Mas não com este tipo de instrumentos.
Portas
Ponderar.
Ficar? Partir?
Continuar, permanecer, perseverar? Ou mudar, agitar, alterar, modificar, transformar?
Experimentar, arriscar, deitar para o ar. Apanhar, agarrar, tentar. Aprender.
Inconstância, inconsciência, inconformismo, resistência, resiliência, desconforto, experiência.
Crescimento.
Tomar decisões.
Mas só quando for a hora.
Ficar? Partir?
Continuar, permanecer, perseverar? Ou mudar, agitar, alterar, modificar, transformar?
Experimentar, arriscar, deitar para o ar. Apanhar, agarrar, tentar. Aprender.
Inconstância, inconsciência, inconformismo, resistência, resiliência, desconforto, experiência.
Crescimento.
Tomar decisões.
Mas só quando for a hora.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Parte X
Subir a serra permite-lhe arejar as ideias. Baixa o vidro, estica o braço pela janela e sente o vento entre os dedos. Faz uma concha com a mão e, devido à velocidade, sente o impacto do ar contra a palma da mão, como se deixasse de estar no estado gasoso e fosse um sólido, maleável. Estica os dedos, sente o vento entre eles. Vai agora mais devagar, que isto de conduzir só com uma mão no volante é um pouco mais arriscado. O suave trotar do motor, a luz do sol a bater no pára-brisas e o cheiro da floresta a entrar-lhe pelas narinas... Há momentos em que a vida parece perfeita. E de repente uma curva com areia na parte exterior, feita mais por fora, a traseira a atravessar-se à frente do carro, como se a estrada de montanha se tornasse na dita. Mas russa. E o fizesse falar todas as línguas e dialectos do mundo para tentar acalmar aquele casulo de aço e ferro roncador, com pés de borracha, para tornar evitável o inevitável despiste e subsequente estilhaçar de vidros, retorcer de chapas e estalar de tinta.
Retomado o controlo, abrandou. Encostou ainda tremendo e deixou que o travassem. Que raio estavas a fazer? Não chega ainda?
Retomado o controlo, abrandou. Encostou ainda tremendo e deixou que o travassem. Que raio estavas a fazer? Não chega ainda?
Ética
A minha ética é démodée.
Não gosto de dar trabalho aos outros escusadamente. Defendo a honestidade como melhor política. Tento ser correcto com os outros com quem trabalho independentemente de serem meus superiores, pares ou inferiores na hierarquia do meu local de trabalho. Comprometo-me com as pessoas e com as instituições onde estou a desempenhar funções. Não sei tudo. Não sou dono da verdade. Não tento pisar os calos de ninguém. Apenas tentar que tudo corra pelo melhor. Gosto de olhar as pessoas nos olhos. Aprecio quem me olha de igual maneira. Quando tenho dúvidas pergunto. Quando tenho sugestões, faço-as, sem estar a pensar que me poderei estar a prejudicar por outras pessoas se puderem aproveitar das ideias e fazerem-nas suas. Estou-me nas tintas para isso.
Aprecio a honestidade e a frontalidade. É fácil apontar (supostas) falhas de olhos fixos no teclado do computador ou no ecrã.
Incomoda-me que alguém que nos conhece há pouco mais de dois meses tenha a presunção de que sabe tudo sobre nós. Que se arrogue no direito de emitir juízos de valor, não sobre o trabalho ou o desempenho (isso é outra conversa), mas sobre a pessoa que sou. Não é uma questão de direito ou não.
Para quem ocupa um lugar de direcção e que precisa de ter uma equipa alinhada e motivada para colaborar num projecto e em tarefas de forma empenhada e positiva, a capacidade de gerir as susceptibilidades e as expectativas dos indivíduos parece-me ser fundamental. Se podemos facilitar, porquê dificultar e levantar obstáculos, criando animosidades com comentários despropositados.
.Pena que haja quem julgue que a simples acumulação de conhecimentos teóricos de legislação, códigos e procedimentos, é suficiente para o desempenho de funções de elevada responsabilidade.
Presunção a mais, decência a menos.
A vida ainda se encarregará de lhes preencher essas lacunas.
Não gosto de dar trabalho aos outros escusadamente. Defendo a honestidade como melhor política. Tento ser correcto com os outros com quem trabalho independentemente de serem meus superiores, pares ou inferiores na hierarquia do meu local de trabalho. Comprometo-me com as pessoas e com as instituições onde estou a desempenhar funções. Não sei tudo. Não sou dono da verdade. Não tento pisar os calos de ninguém. Apenas tentar que tudo corra pelo melhor. Gosto de olhar as pessoas nos olhos. Aprecio quem me olha de igual maneira. Quando tenho dúvidas pergunto. Quando tenho sugestões, faço-as, sem estar a pensar que me poderei estar a prejudicar por outras pessoas se puderem aproveitar das ideias e fazerem-nas suas. Estou-me nas tintas para isso.
Aprecio a honestidade e a frontalidade. É fácil apontar (supostas) falhas de olhos fixos no teclado do computador ou no ecrã.
Incomoda-me que alguém que nos conhece há pouco mais de dois meses tenha a presunção de que sabe tudo sobre nós. Que se arrogue no direito de emitir juízos de valor, não sobre o trabalho ou o desempenho (isso é outra conversa), mas sobre a pessoa que sou. Não é uma questão de direito ou não.
Para quem ocupa um lugar de direcção e que precisa de ter uma equipa alinhada e motivada para colaborar num projecto e em tarefas de forma empenhada e positiva, a capacidade de gerir as susceptibilidades e as expectativas dos indivíduos parece-me ser fundamental. Se podemos facilitar, porquê dificultar e levantar obstáculos, criando animosidades com comentários despropositados.
.Pena que haja quem julgue que a simples acumulação de conhecimentos teóricos de legislação, códigos e procedimentos, é suficiente para o desempenho de funções de elevada responsabilidade.
Presunção a mais, decência a menos.
A vida ainda se encarregará de lhes preencher essas lacunas.
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