A minha ética é démodée.
Não gosto de dar trabalho aos outros escusadamente. Defendo a honestidade como melhor política. Tento ser correcto com os outros com quem trabalho independentemente de serem meus superiores, pares ou inferiores na hierarquia do meu local de trabalho. Comprometo-me com as pessoas e com as instituições onde estou a desempenhar funções. Não sei tudo. Não sou dono da verdade. Não tento pisar os calos de ninguém. Apenas tentar que tudo corra pelo melhor. Gosto de olhar as pessoas nos olhos. Aprecio quem me olha de igual maneira. Quando tenho dúvidas pergunto. Quando tenho sugestões, faço-as, sem estar a pensar que me poderei estar a prejudicar por outras pessoas se puderem aproveitar das ideias e fazerem-nas suas. Estou-me nas tintas para isso.
Aprecio a honestidade e a frontalidade. É fácil apontar (supostas) falhas de olhos fixos no teclado do computador ou no ecrã.
Incomoda-me que alguém que nos conhece há pouco mais de dois meses tenha a presunção de que sabe tudo sobre nós. Que se arrogue no direito de emitir juízos de valor, não sobre o trabalho ou o desempenho (isso é outra conversa), mas sobre a pessoa que sou. Não é uma questão de direito ou não.
Para quem ocupa um lugar de direcção e que precisa de ter uma equipa alinhada e motivada para colaborar num projecto e em tarefas de forma empenhada e positiva, a capacidade de gerir as susceptibilidades e as expectativas dos indivíduos parece-me ser fundamental. Se podemos facilitar, porquê dificultar e levantar obstáculos, criando animosidades com comentários despropositados.
.Pena que haja quem julgue que a simples acumulação de conhecimentos teóricos de legislação, códigos e procedimentos, é suficiente para o desempenho de funções de elevada responsabilidade.
Presunção a mais, decência a menos.
A vida ainda se encarregará de lhes preencher essas lacunas.
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