Ao longo da vida, vamo-nos cruzando com pessoas. Algumas incorporamo-las na nossa história, de forma mais ou menos prolongada, para connosco fazerem parte do caminho. A maior parte passa-nos ao lado, por acasos da sorte, pelo acumular de acontecimentos fortuitos e ocasionais que resultam em nada, fruto do aleatório e da casuística a que muitos chamam de sorte e de azar.
Vem isto a propósito de uma conversa, em que a dada altura relembrei algo que teimamos esquecer, "ocupados" que andamos no "lufa-lufa" da rotina diária. Encontrar o amor, falo daquele amor maior que a amizade, que o sexo, que o carinho, mas que inclui tudo isto mas vai ainda muito mais além, pela partilha, pela comunhão de dois corpos e dois espíritos que juntos são tão maiores que a soma das partes resulta de um acaso da sorte e da nossa preparação para o vermos e mais importante reconhecermos nos olhos e nos gestos do outro.
É tão fácil sermos mal-entendidos, confundidos pelos supostos brilhos de alguém, que não notamos na luz que vem de dentro e que tudo aquece e ilumina de uma forma tão clara e perfeita, sem criar zonas de sombra, de quem, mantendo-se no seu lugar, nos cativa e atrai.
Sim! Estou apaixonado. Por uma mulher fantástica. Extraordinária da ponta dos dedos sobrepostos dos pés que não gosta, à extremidade do seu cabelo branco (sim, direi sempre que é só um! Porque é MESMO só um, claro!) Já aqui o disse antes várias vezes. Mas hoje, ao ter a tal conversa apercebi-me do privilégio raro que é encontrar alguém que nos completa de uma forma tão radical que faz ter vontade de viver de forma radical em função dela e desse amor que não tendo nunca sido prometido se tornou na certeza que hoje vivo.
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