Ou como as pessoas facilmente se esquecem do seu lugar e tomam inciativas e posições que não apenas não são da sua competência como para ale´m disso se acham no direito de meter a foice em seara alheia.
Como já escrevi aqui algumas vezes, sou adepto do vive e deixa viver. Mas quando se começa a ultrapassar os limites da sã convivência e da razoabilidade e do bom senso e se mandam bocas e comentários sobre assuntos que não lhes dizem respeito, tenho uma certa tendência para mandar a boa educação às malvas e partir para a ignorância. No meu local de trabalho existe uma quantidade de pessoas, que ocupando cargos e desempenhando funções na estrutura se esquece de cumprir as obrigações de que está incumbido, parecendo que apenas tem direitos. Como é que os alunos hão-de pensar diferente, se são estes os exemplos com que convivem diariamente?
Ao longo deste ano, rara foi a vez que tive necessidade de um funcionário no piso e que este estivesse no seu local de trabalho. Rara a vez em que o meu superior hierárquico soube responder a alguma questão de uma forma clara e inequívoca. De resto, na maior parte do tempo, embrulhou-se com as palavras e acaba por balbuciar qualquer coisa semelhante com um "Não sei. Vai lá abaixo perguntar".
A inércia de quem ocupa lugares de quadro, ganha o dinheiro gordo (eu sei que as coisas estão difíceis, mas ganhar 1100 euros mensais, com sete turmas, três disciplinas e sete níveis a 300km de casa é substancialmente menos que ganhar cerca de 3000 euros mensais à porta de casa, ter quatro turmas, marcar reuniões por email, na véspera e nem sequer cópia da convocatória ou ordem de trabalhos enviar.
É injusto. A vida é injusta, eu sei. Mas também prevejo que dado o estado de coisas será necessário que haja mudança. Não por força de Lei ou da troika, mas força da consciência individual e colectiva que nos deve ir orientando. Ganhar consciência do que se é, do que se poderá ser, trabalhar nesse sentido é uma das formas de conseguirmos ser todos mais produtivos, mais felizes e menos amargos.
Sou só eu que sinto orgulho num trabalho bem feito?
Desculpa o comentário mas quem ganha 3000€????????? Eu sou do quadro há 16 anos, ganho 1300€ e estou a 60km de casa, ou seja, faço 120km por dia onde também gasto combustível e portagens. E para efectivar há 16 anos tive de ir para o Algarve, perto de 700km e deixar o meu filho com 3 meses. Por isso antes de criticarmos os profs do quadro deveriamos pensar que se calhar eles também já passaram por situações difíceis só para conseguir alguma estabilidade sendo do quadro!
ResponderEliminarOlá Isa. Nada para desculpar. Estava a referir-me a um caso em particular, como terás certamente percebido pela leitura que fizeste do post. Não pretendo caracterizar grupos. Não é esse o meu objectivo. Este blog é um espaço pessoal onde, entre outras coisas, me permito deixar por escrito o que por variadas razões não posso dizer. Não questiono as dificuldades que alguns professores do quadro passaram para conseguir efectivar, como é o teu caso. Questiono apenas o facto de professores do quadro, por serem do quadro acharem que não precisam de continuar a realizar o seu trabalho e a sua função com profissionalismo, rigor e exigência. Bem hajas!
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