terça-feira, 18 de setembro de 2012

A ditadura da felicidade (ou o direito a estar triste)

Parece que impera numa parte da sociedade, é notícia de televisão e motivo de partilhas nas redes sociais, as acções que pessoas, isoladamente ou em grupo, tomam para fazer os outros felizes. Nada tenho contra isso. Acho até que um abraço grátis, vindo de um(a) estranho(a) pode fazer o nosso dia bem melhor. Já começo a achar preocupante, quando de repente, parece que não se pode estar triste. Como se a felicidade fosse algo que se pudesse criar por decreto. Por isso me faz alguma confusão aquelas pessoas que em determinados dias do ano têm de estar felizes como no seu aniversário ou na passagem de ano.

Deviamos ser todos felizes. Estou de acordo. Estou tão de acordo que quero acreditar que nós nascemos para sorrir e ser felizes. MESMO. Mas isso não significa que não tenhamos o direito de estar tristes.

Porque a tristeza é necessária para valorizarmos a felicidade e a alegria. É como a doença: existe para que saibamos dar valor à boa saúde e para que saibamos assumir comportamentos que a promovam. Por isso, defendo que não se deve tentar arrancar alguém, à força, à sua tristeza. É necessário que dentro de cada um surja a consciência que tem mais vantagens em estar alegre do que em estar triste. Que o que quer que seja que motivou a tristeza é transitório e não pode, não deve e não vai determinar por muito tempo o estado de espírito que apresentamos.

Eu sei que vamos ter motivos para sorrir. Em breve!

2 comentários:

  1. Claro que temos o direito de estarmos tristes... mas também temos a obrigação de fazermos os possíveis para sermos felizes!!

    Eu acredito que apesar de momentos menos bons que temos passado, está para chegar dias mais felizes!!

    (lobita)

    ResponderEliminar