Quero sempre. Viajar. Mais e mais. Conhecer sítios, locais, culturas e tradições. Pessoas, também. Mas o que mais gosto mesmo é das paisagens, dos monumentos, da montanha, da praia, das línguas novas nos ouvidos, dos cartazes e anúncios misteriosos, porque pouco perceptíveis. Da descoberta de novas comidas ou de novas formas de preparar e apresentar ingredientes conhecidos. Viajar para longe. Viajar para perto. Chegar ao destino, perder-me, tomar uma estrada desconhecida. Alterar os planos feitos em função de uma esplanada, de um pôr-do-sol, de uns conhecimentos de ocasião. Desafiar limites e com isso criar novos limites. Chegar mais alto, andar sobre um glaciar, percorrer veredas floridas, ouvir o silêncio, alcançar um miradouro, um abrigo, montar a tenda, armar barraca, rir porque sim, porque estou contigo, porque nos fazemos felizes, porque queremos.
Viajar para outros sítios para nos encontrarmos por dentro, para sabermos quem e o que somos. E aprender. Viajar para aprender a ser, a respeitar, a apreciar. Dizer sim e dizer não. Viajar para abalar certezas e convicções: desconstruir preconceitos i ideias feitas e aceitar que tudo muda e que quando tudo, nós permanecemos. Diferentes, talvez. Mas permanecemos.
Viajar para sermos nós mesmos. Sem termos de ser sempre a mesma pessoa.
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