Tirar outro curso e fazer algo que me permita ajudar as pessoas. Ajudá-las a melhorar. Não sei se a torná-las melhor, se a dar-lhes ferramentas para que, se assim o entenderem, façam e sejam mais e melhor.
Eu mesmo sinto que estou a precisar de fazer alguma coisa que me ajude a entrar novamente nessa via de ser mais e melhor. Não que esteja mal, mas simplesmente não estou bem. Eu noto-o e os que me rodeiam também. Até porque têm de levar com o meu lendário mau feitio a toda a hora e instante.
Já considerei a hipótese de me matricular novamente na Universidade para tirar uma nova licenciatura. Já pensei em fazer um curso de fisioterapia. Pondero ainda a possibilidade de fazer um outro curso. Uma outra aprendizagem não formal, que não confere diplomas nem certificados de habilitações. Para isso, precisaria de me desprender de coisas, de pegar em poucas outras coisas, traçar um plano e ir.
E é uma ideia recorrente, esta de ir. Tenho dias em que adormeço a pensar nisto e me consigo ver de mochila às costas a caminhar por estradas e caminhos e atalhos, por montes e vales. Viver a aprender a viver. Sem filtro e sem rede. Sem plano B. Indo e aprendendo.
Às vezes penso em mudar de vida. E acobardo-me e acomodo-me por receio de não ser capaz e por temer as reacções dos outros.
Às vezes penso em mudar de vida.
Penso.
Mas ainda aqui estou.
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