Um desses aspectos são as luzes. Gosto das luzes de natal. Gosto de as ver acender e apagar. Gosto das sombras coloridas que projectam nas paredes, nas janelas. No clarão indefinido de cor que espalham nas casas, nas ruas e, invariavelmente nas caras das pessoas.
Lá em casa havia sempre duas ou três gambiarras. Na árvore de natal e no Presépio. Fazíamos a coisa de forma a que piscassem alternadamente. Lembro-me bem de irmos buscar o pinheiro, apanhar musgo e fazer a decoração da árvore de natal e a montagem do Presépio. Algumas dessas memórias, desses natais, eram passados em casa da minha bisavó, na Régua. Lembro-me da casa, do fogão baixinho, da cozinha onde deixávamos o sapatinho depois do jantar de Natal, para de manhã irmos buscar as prendas. Sim, que esperávamos pela manhã seguinte. Já era bem mais crescido quando começamos a abrir as prendas à meia-noite.
Lembro-me das rabanadas, do arroz doce e da aletria. Dos bolos de bacalhau e das outras coisas que a minha mãe e avó faziam para a ceia de Natal. Lembro-me de irmos todos um ano à missa. Lembro-me de um Natal diferente em que tivemos toda a gente lá em casa. E ainda era a casa pequena. Vieram os meus tios e prima e avós do Porto. E a minha bisavó também lá estava. Que Natal! A nossa casa pequena tornou-se ainda maior para ter lá tanta gente naqueles dias. Foi um Natal memorável. Pelas minhas contas eramos doze pessoas à mesa. Não me lembro das prendas, mas lembro-me de sentir que fazia parte de uma família grande.
E sim, havia luzes. E luz. E rostos iluminados.
Era Natal!
:) Querido, um feliz e terno Natal...com muita, muita luz!!!
ResponderEliminarObrigado minha querida! Um Natal feliz e cheio do que mais precisam. Abreijos!
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