quinta-feira, 15 de março de 2012

cheiros

Sempre fui esquisito com cheiros. Mas gosto de cheirar. Adoro cheirar a comida, o pão acabadinho de cozer, a pele do meu amor. Cheiro a roupa que visto. Escolher um desodorizante, quando o supermercado não tem o que uso, é uma tortura, porque não posso, simplesmente começar a experimentar todos as embalagens de desodorizante.

Trabalhar numa escola, dá para tudo: desde as pseudo-dondocas que se perfumam da cabeça aos pés e que deixam um rasto de perfume, que de tão intenso até enjoa, até ao cheiro dos alunos, que muitas vezes tem pouco de agradável e que torna os meus passeios pela sala de aula, um trilho de armadilhas e de caminhos a evitar para não ter de estar por perto de determinados alunos.  Acreditem: eu sei que os miúdos no início da adolescência têm uma relação complicada com o banho. Mas custa-me (MESMO) sentir que um aluno ou aluna cheire mal. Não estamos na Idade Média em que banho era miragem e perfumes um luxo. Os hábitos de higiene são algo tão básico como comer e beber: previnem doenças, são motivo de bem-estar, promovem saúde. E acima de tudo são facilitadoras de estabelecer novos conhecimentos sociais, na medida em que as pessoas não fogem afastadas pelo bedum.

Vem isto a propósito da quantidade de alunos que tenho que tem, digamos, problemas de higiene. Numa das turmas, já praticamente todos os professores falaram do assunto, já se deram aulas de porta e janela aberta por não se aguentar o cheiro. É de tal forma mau que há professores à beira de recusarem dar aulas à turma. É que ainda não começou o Verão.

Se agora é assim, quando as temperaturas chegarem aos 30ºC...

2 comentários:

  1. Quando falo em mau cheiros falo daqueles perfumes que não sei como alguém consegue usar... Falta de higiene não tem comentário possivel!

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    1. Plenamente de acordo. Bom senso faz muita falta. Em tudo. Até na quantidade de perfume a usar...

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