Arranjar desculpas esfarrapadas que não têm o mínimo sentido e que são claramente isso: desculpas. Atirar a responsabilidade para cima do outro, seja o outro quem for.
Numa aula de autoavaliação, ao conversar com os alunos sobre a proposta de classificação que vai para a reunião de Conselho de Turma, questionei uma aluna (que se tinha auto-avaliado com nível 3, mesmo não tendo uma única positiva nos testes!) sobre o trabalho que tinha feito ao longo do período. De voz sumida, respondeu-me "Nada." Retorqui-lhe que se não faz nada, não pode ter positiva.
É extraordinária a forma como os garotos assumem que não trabalham perante o professor, mas perante os pais sacodem a água do capote e arranjam desculpas atrás de desculpas... Ao ponto de os pais virem tirar satisfações à escola, confrontando professores e Direção. Não sou daqueles que defende que a responsabilidade dos meninos não aprenderem é dos pais. Até acho que a responsabilidade dos meninos não aprenderem será certamente partilhada por todos os intervenientes no processo.
Contudo, entendo que primeiramente será necessário que os alunos queiram aprender. Eu não sei ensinar quem não quer aprender. E hoje, as matérias que a escola ensina são aquelas que a esmagadora maioria dos alunos não quer aprender. Frustrante? Sim. É só uma questão de gestão de expectativas.
As minhas expectativas? Em termos de trabalho têm vindo a diminuir.
Contudo, entendo que primeiramente será necessário que os alunos queiram aprender. Eu não sei ensinar quem não quer aprender. E hoje, as matérias que a escola ensina são aquelas que a esmagadora maioria dos alunos não quer aprender. Frustrante? Sim. É só uma questão de gestão de expectativas.
As minhas expectativas? Em termos de trabalho têm vindo a diminuir.
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