Não com saudades do que passou. Olhar para trás, para perceber o que se percorreu, o caminho que se fez e o que se atingiu. Em jeito de retrospectiva, não de balanço. Porque que o balanço será sempre positivo, porque estou vivo e isso, não sendo um fim em si mesmo, dá pelo menos o conforto de ter tomado algumas decisões certas e em simultâneo a possibilidade de emendar algumas decisões menos certas e de mitigar os efeitos menos positivos que essas decisões menos certas trouxeram (trazem?) consigo.
Assim, olhar para trás pode ser entendido como um exercício de crescimento.
Deste ponto de vista: andamos tantas vezes ocupados com as tarefas do dia-a-dia, que nos esquecemos de dar acordo de nós mesmos. Corremos o risco de passar dias e semanas e meses e anos, convencidos de que vivemos e na verdade, apenas sobrevivemos, entretidos que estamos com as coisas comezinhas das rotinas diárias. Em atingir objectivos concretos, do que é tangível e palpável esquecendo de procurar o sonho, a miragem, o irreal, aquilo que é mágico e que nos dá sentido enquanto seres capazes de sentir o que se pensa e pensar o que sente.
Gosto muito quando te perdes assim na escrita.
ResponderEliminarPersegue o sonho, a miragem, o irreal... :)
Preciso de me perder na escrita para me encontrar.
EliminarEmbora corra o risco de me perder nos mundos que existem na minha mente de tortuosa que é. :)