Ao que parece, o título deste post é da autoria de José Saramago. Eu pecador me confesso: que nunca li nada do defunto, que não me sinto com especial vontade de ler o que quer que seja do falecido e que não me senti especialmente orgulhoso da atribuição do prémio Nobel da Literatura ao homem.
A frase é boa. E adequa-se a uma série de situações que me estão a surgir na cabeça, neste instante: desde a hora de agir no combate à crise, passando pelas acções necessárias para minimizar problemas ambientais graves ou pela necessidade de agitar consciências e mudar o modelo de desenvolvimento económico que assenta única e exclusivamente na criação de necessidade artificiais que leva ao consumo exarcebado de bens, na maioria dos casos supérfluos e inúteis.
O que me chamou a atenção na frase, foi a maneira como o posso adequar a situações concretas da vida, em que se deseja muito um conjunto de coisas, mas em que nos temos de limitar ao desejo, pela necessidade de resolver algumas questões pendentes, antes de se poder avançar para o nível seguinte. Hoje em particular, sinto que e sei que não devo ter pressa alguma. Preciso de tempo para consolidar alguns aspectos na minha vida. Mas preciso de saber, (e sei! Mesmo!!) que não vou perder tempo. Porque todo o tempo que for necessário passar, para que não se apresse a felicidade, nunca será tempo perdido: será tempo investido no apuramento da vontade interior, no conhecimento do eu, na descoberta do outro, na construção de tempos e espaços em comum, na construção de um nível de consciência elevado relativamente ao que sou e ao que quero ser.
Não tenhamos pressa, mas não precisamos de perder tempo, quando ambos temos a certeza do que queremos para o outro e para nós. ;)
Sem comentários:
Enviar um comentário