No que fiz, no que não fiz, no que gostaria de ter feito, no que gostaria que me fizessem, no que hei-de fazer... Enfim! Perco tempo a pensar em vez de aproveitar o tempo para viver!
Já aqui disse que não quero um dia acordar e dar conta que a vida passou por mim, e que me deixei ficar a vê-la passar, em vez de me atirar a ela e deixar que a vida aconteça, com todas as coisas boas e menos boas que possa trazer, com todas as surpresas agradáveis ou nem tanto que encerra. Quero ser o actor principal da minha vida e não apenas um mero figurante ou pior ainda!: um espectador.
Por isso, sinto, aqui e ali urgência de viver. De me sentir vivo! De me aperceber que a vida me acontece, tal como se dá conta do tempo a passar: as sombras que as árvores e os prédios projectam no chão e que mudam ao longo dia; a luminosidade que vai modificando ao longo do dia; o cansaço que se instala sem pedir licença nos corpos à medida que o dia de trabalho avança; as rugas que começamos a reconhecer no espelho; as manchas da pele que a idade traz consigo; o perder cabelo ou assistir, impotente, que vai mudando de cor..
E no entanto, dou por mim a pensar que quero envelhecer. Com uma condição: quero envelhecer contigo! Ao teu lado!
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