Adeus ano velho.
Deixas poucas saudades. Algumas, mas poucas. Nem tudo foi mau. Houve algumas coisas muito boas. Mas vai lá descansado para o teu cantinho, ganhar pó, gozar a tua reforma... Deves ser um daqueles velhos que fica amargo com o tempo... que se queixa só por dois motivos: por tudo e por nada! Daqueles que tem um semblante triste porque ninguém gosta de ti. Eu gosto de ti um bocadinho, mas só um bocadinho...
Olá Ano Novo!
Bem-vindo! Espero que sejas bem mais fácil de suportar que o teu antecessor, que vai ali de andarilho para o Lar do Passado. Que tragas contigo as coisas que precisamos: Saúde, Trabalho, Esperança e muito, muito Amor. Que é o que todos precisamos!
Bom Ano Novo! A todos.
Sem excepções!
sábado, 31 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Balanço?!
2011 está à beira de terminar. Não que seja algo de extraordinário. É apenas a marcha do tempo, que alguém decidiu começar a contar, não se se sabe bem quando.
Por estes dias, há uma tendência generalizada para analisar e avaliar o ano que está a terminar. Canais de televisão, jornais, revistas fazem o balanço do que foram os últimos 365 dias. Reportagens, artigos, e peças jornalisticas mostram o que de melhor e pior aconteceu nas mais diversas áreas da sociedade a nível interno e internacional.
Se tivesse de fazer um balanço do ano, o que dizer? Que conclusão tirar relativamente à globalidade de 2011? Não sei se me apetece pensar em tanta coisa que aconteceu. Foi um ano agitado. De grandes mudanças a nível pessoal. Umas dolorosas, outras agradáveis, mas de mudança. Porém, para melhor muda-se sempre, não é?
A situação económica e financeira do país é o que todos sabemos e conhecemos. As incertezas sobre o futuro são imensas. As dificuldades que se avizinham, vão ser um teste muito duro à capacidade de resistência e persistência das pessoas. O ano de 2012 vai criar muitos problemas a quem não for capaz de antever as mudanças e assim, se precaver contra os seus efeitos menos positivos. Sim, desde já aviso que durante o ano que vem me irei queixar. Mas também não vou baixar os braços e desistir. Posso até ser forçado a emigrar, a procurar noutro local o que o meu país não me sabe dar, mas não vou desistir.
Tenho um motivo muito forte para continuar a tentar: eu e tu. E os seis meses de que falamos há pouco. E o que dissemos que iriamos tentar realizar depois desse tempo. Mais do que perder tempo a falar do passado, a relembrar o que foi, como foi e porque foi, quero pôr os olhos no horizonte e fazer caminho.
Caminhar contigo. Nem ir à tua frente, nem me deixar ficar para trás. Caminhar contigo ao mesmo ritmo, umas vezes mais rápido, outras mais devagar. Parar para descansar. Parar para ver a paisagem, o céu, as estrelas. Parar para escutar o que temos para dizer um ao outro. Parar porque o outro precisa. Parar para depois avançar com mais vontade e mais determinação, rumo a sermos mais e melhor. Juntos e cada um de nós.
Por estes dias, há uma tendência generalizada para analisar e avaliar o ano que está a terminar. Canais de televisão, jornais, revistas fazem o balanço do que foram os últimos 365 dias. Reportagens, artigos, e peças jornalisticas mostram o que de melhor e pior aconteceu nas mais diversas áreas da sociedade a nível interno e internacional.
Se tivesse de fazer um balanço do ano, o que dizer? Que conclusão tirar relativamente à globalidade de 2011? Não sei se me apetece pensar em tanta coisa que aconteceu. Foi um ano agitado. De grandes mudanças a nível pessoal. Umas dolorosas, outras agradáveis, mas de mudança. Porém, para melhor muda-se sempre, não é?
A situação económica e financeira do país é o que todos sabemos e conhecemos. As incertezas sobre o futuro são imensas. As dificuldades que se avizinham, vão ser um teste muito duro à capacidade de resistência e persistência das pessoas. O ano de 2012 vai criar muitos problemas a quem não for capaz de antever as mudanças e assim, se precaver contra os seus efeitos menos positivos. Sim, desde já aviso que durante o ano que vem me irei queixar. Mas também não vou baixar os braços e desistir. Posso até ser forçado a emigrar, a procurar noutro local o que o meu país não me sabe dar, mas não vou desistir.
Tenho um motivo muito forte para continuar a tentar: eu e tu. E os seis meses de que falamos há pouco. E o que dissemos que iriamos tentar realizar depois desse tempo. Mais do que perder tempo a falar do passado, a relembrar o que foi, como foi e porque foi, quero pôr os olhos no horizonte e fazer caminho.
Caminhar contigo. Nem ir à tua frente, nem me deixar ficar para trás. Caminhar contigo ao mesmo ritmo, umas vezes mais rápido, outras mais devagar. Parar para descansar. Parar para ver a paisagem, o céu, as estrelas. Parar para escutar o que temos para dizer um ao outro. Parar porque o outro precisa. Parar para depois avançar com mais vontade e mais determinação, rumo a sermos mais e melhor. Juntos e cada um de nós.
Quantas pessoas é que conhecem?
Que vos fariam companhia numa viagem de quase 70km, por telefone, depois da meia-noite, tendo sido acordadas por essa mesma chamada telefónica, estando cheia de sono, sem emitir um único protesto e que só desliga o telefone depois de estarmos no quarto?
Que vos ama de tal forma que chega, por vezes, a assustar a intensidade com que se sente o amor dela por nós? Que nos faz pensar: ISTO é ser amado! Então porque utilizei a palavra amor para o que tive antes, se não me parece que tenha sido sequer parecido com o que sinto com por esta pessoa?
Que estão dispostas a ir convosco para qualquer lado, sem fazer perguntas, sem levantar obstáculos, que vos diz que sim a tudo, mesmo às coisas mais disparatadas, improváveis e espontâneas do momento?
Que vos inspiram a querer ser mais e melhor? A tentar fazer o que de melhor se sabe; a estar disponível para aprender mais; a querer dividir quanto se tem, tudo o que se é, em nome de um sentimento tão puro e natural, tão profundo e experimentado; tão desejado e completo que por vezes apetece dançar sem razão, sorrir porque sim; e deixar sair do peito, espalhar-se pelas células do corpo através da corrente sanguínea e sentir o pulsar da vida, do Amor, do desejo e das vontades que se sente, de dois fazer UM. Um completo, mais perfeito com menos defeitos; mais positivo, mais calmo, mais ponderado, mais decidido, mais certo, mais destemido, mais humanos.
Quantas pessoas é que conhecem que têm a capacidade de vos fazerem sentir perfeitos? (Perfeito com defeitos, claro!) Mesmo sabendo que os defeitos são mais que muitos?
Que vos ama de tal forma que chega, por vezes, a assustar a intensidade com que se sente o amor dela por nós? Que nos faz pensar: ISTO é ser amado! Então porque utilizei a palavra amor para o que tive antes, se não me parece que tenha sido sequer parecido com o que sinto com por esta pessoa?
Que estão dispostas a ir convosco para qualquer lado, sem fazer perguntas, sem levantar obstáculos, que vos diz que sim a tudo, mesmo às coisas mais disparatadas, improváveis e espontâneas do momento?
Que vos inspiram a querer ser mais e melhor? A tentar fazer o que de melhor se sabe; a estar disponível para aprender mais; a querer dividir quanto se tem, tudo o que se é, em nome de um sentimento tão puro e natural, tão profundo e experimentado; tão desejado e completo que por vezes apetece dançar sem razão, sorrir porque sim; e deixar sair do peito, espalhar-se pelas células do corpo através da corrente sanguínea e sentir o pulsar da vida, do Amor, do desejo e das vontades que se sente, de dois fazer UM. Um completo, mais perfeito com menos defeitos; mais positivo, mais calmo, mais ponderado, mais decidido, mais certo, mais destemido, mais humanos.
Quantas pessoas é que conhecem que têm a capacidade de vos fazerem sentir perfeitos? (Perfeito com defeitos, claro!) Mesmo sabendo que os defeitos são mais que muitos?
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Ah, saudade!
Não matei a saudade, mas dei-lhe uma coça!
E que bem que me soube!
Abençoada Terça-feira!
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
O mundo ao contrário
"Se gosto de ti
Se gostas de mim
Se isto não chego
Tens o mundo ao contrário"
Há alturas em que apetece dar uma sacudidela à vida. Pendurá-la numa corda e dar-lhe umas pancadas para tirar o pó que está entranhado e que nos impede de ver os desenhos que tem, como se fazia antigamente com os tapetes, antes de haver aspirador.
Agora que o ano está a chegar ao fim, e que se começam a tomar as resoluções de ano novo (que raramente servem para alguma coisa, mas que aliviam a cabeça por alguns momentos!) gostava de conseguir dar uma monumental vassourada naquilo que me impede de ver os desenhos do meu tapete. Naquelas coisas que tenho em mim e que me impedem de ver o sol, por entre as nuvens; que me fazem, uma e outra vez, cair em desânimo e por isso estragar aquilo que sendo bom poderia ser ótimo, não fosse este meu talento natural para complicar o que é simples e para querer TUDO!, JÁ!, AQUI! e AGORA!
Gostaria de ter a presença de espírito, a paciência, a tranquilidade para conseguir aproveitar melhor as oportunidades que me são oferecidas; para saber esperar pela melhor altura (mas como saber?); ter a sabedoria para escolher as palavras certas para o momento; o gesto indicado para cada ocasião; a atitude mais adequada para cada situação. Gostaria de ser capaz de entender e aceitar o que me dizes. De não ser capaz de te causar dano, dor ou sofrimento.
Mas não sou nada disto que escrevi atrás.
Sofro por antecipação. Tento não o fazer, mas da mesma forma que fico feliz com antecedência fico triste por antecipação. E sim, isso provoca-me sofrimento. E dói. Não estou a falar só de dor psicológica, mas de dor física. Sou parvo, eu sei. Não entendo porque raio tenho de sentir no corpo as dores da alma. Mas se somos um só e se tudo é a mesma coisa, se somos pó e em pó nos vamos tornar, é capaz de fazer algum sentido, ter em mim todas as dores do que vivi e do que tenho para viver, e ainda do que imagino que possa vir a passar, mesmo que não se concretize.
Tenho medos. E os medos levam a atitudes irracionais, ilógicas e potencialmente perigosas para mim e para os outros que comigo estão. Fazem-me reagir a quente. Dizer coisas que emocionalmente sinto mas que vistas pelas lentes da lógica não fazem sentido (e ainda assim, eu sinto-as!).
Não quero perder oportunidades. Não quero perder mais oportunidades de fazermos aquilo que (sabemos bem!) temos de fazer. Custa saber que elas são oferecidas e que consciente ou inconscientemente, as deixamos passar. Fico triste. Chego a pensar porque não aproveitamos a oferta? Medo? Cansaço? Falta de lembrança? Bloqueio? A sério. Tira-me do sério!
Não sou perfeito. Sinto as coisas assim, desta maneira estúpida e forte. E isso faz-me oscilar entre os extremos da alegria e da tristeza... Não consigo, por mais que tente, e eu tenho tentado, passar por aquilo que experimento de uma forma menos intensa, menos sentida, menos vivida...
É desgaste ser eu. E acredito que seja muito desgastante estar e viver comigo.
Tenho dias em que nem eu me aguento!
Se gostas de mim
Se isto não chego
Tens o mundo ao contrário"
Há alturas em que apetece dar uma sacudidela à vida. Pendurá-la numa corda e dar-lhe umas pancadas para tirar o pó que está entranhado e que nos impede de ver os desenhos que tem, como se fazia antigamente com os tapetes, antes de haver aspirador.
Agora que o ano está a chegar ao fim, e que se começam a tomar as resoluções de ano novo (que raramente servem para alguma coisa, mas que aliviam a cabeça por alguns momentos!) gostava de conseguir dar uma monumental vassourada naquilo que me impede de ver os desenhos do meu tapete. Naquelas coisas que tenho em mim e que me impedem de ver o sol, por entre as nuvens; que me fazem, uma e outra vez, cair em desânimo e por isso estragar aquilo que sendo bom poderia ser ótimo, não fosse este meu talento natural para complicar o que é simples e para querer TUDO!, JÁ!, AQUI! e AGORA!
Gostaria de ter a presença de espírito, a paciência, a tranquilidade para conseguir aproveitar melhor as oportunidades que me são oferecidas; para saber esperar pela melhor altura (mas como saber?); ter a sabedoria para escolher as palavras certas para o momento; o gesto indicado para cada ocasião; a atitude mais adequada para cada situação. Gostaria de ser capaz de entender e aceitar o que me dizes. De não ser capaz de te causar dano, dor ou sofrimento.
Mas não sou nada disto que escrevi atrás.
Sofro por antecipação. Tento não o fazer, mas da mesma forma que fico feliz com antecedência fico triste por antecipação. E sim, isso provoca-me sofrimento. E dói. Não estou a falar só de dor psicológica, mas de dor física. Sou parvo, eu sei. Não entendo porque raio tenho de sentir no corpo as dores da alma. Mas se somos um só e se tudo é a mesma coisa, se somos pó e em pó nos vamos tornar, é capaz de fazer algum sentido, ter em mim todas as dores do que vivi e do que tenho para viver, e ainda do que imagino que possa vir a passar, mesmo que não se concretize.
Tenho medos. E os medos levam a atitudes irracionais, ilógicas e potencialmente perigosas para mim e para os outros que comigo estão. Fazem-me reagir a quente. Dizer coisas que emocionalmente sinto mas que vistas pelas lentes da lógica não fazem sentido (e ainda assim, eu sinto-as!).
Não quero perder oportunidades. Não quero perder mais oportunidades de fazermos aquilo que (sabemos bem!) temos de fazer. Custa saber que elas são oferecidas e que consciente ou inconscientemente, as deixamos passar. Fico triste. Chego a pensar porque não aproveitamos a oferta? Medo? Cansaço? Falta de lembrança? Bloqueio? A sério. Tira-me do sério!
Não sou perfeito. Sinto as coisas assim, desta maneira estúpida e forte. E isso faz-me oscilar entre os extremos da alegria e da tristeza... Não consigo, por mais que tente, e eu tenho tentado, passar por aquilo que experimento de uma forma menos intensa, menos sentida, menos vivida...
É desgaste ser eu. E acredito que seja muito desgastante estar e viver comigo.
Tenho dias em que nem eu me aguento!
domingo, 25 de dezembro de 2011
Natal II
Está a acabar o dia de Natal. Tão esperado e desejado por uns e tão pouco importante para outros.
Ontem, numa das conversas que tive com Amigos a quem telefonei a desejar Boas Festas, disse que o Natal cada vez me diz menos. Que as compras, as decorações, as comidas, as sms para os amigos e conhecidos, os mails, as actualizações de estado no Facebook, as prendinhas, as luzes e os pinheiros acompanhados da figura omnipresente do "pai natal" estão de tal forma "entranhados" que chegam a enjoar. Quando disse isto ao meu Amigo, ele sugeriu que arranjasse uma criança. Que depois o natal volta a ganhar sentido. Ainda nos rimos. Ainda dissemos uns disparates à volta do assunto, mas ficou a ideia a dar-me a volta ao miolo (sim, é uma volta pequenina, proporcional ao tamanho do cérebro!)
Arranjar uma criança: até que ponto é uma ideia viável?
Arranjar uma criança: até que ponto é uma ideia viável?
Arranjar uma criança, seria aos olhos de muita gente, um bilhete de entrada na porta do internamento de uma qualquer instituição de saúde mental, com direito a estada prolongada em regime de tudo incluído (é uma ideia! Com a crise que aqui vai, mais vale arranjar uma forma de alguém nos sustentar!)
Natal? Até para o ano...
Natal? Até para o ano...
sábado, 24 de dezembro de 2011
Natal
Passei a manhã na cozinha.
Sim, o sapo também cozinha. E gosta! Por ser Natal, para não sobrecarregar ainda mais o pessoal cá de casa, levantei-me cedo, cozi as batatas e o bacalhau, fiz o puré, desfiei o bacalhau e amassei os bolos de bacalhau que foram depois fritos. Entretanto, tomei o pequeno-almoço lavei a louça que se sujou ao longo do processo e fui ajudando a fritar os bolos, enquanto comecei a preparar o almoço.
Acabei agora de lavar a louça e arrumar a cozinha. É tempo de pausa para lá por volta das 19h começar a tratar do jantar, que cá em casa, sempre foi o bacalhau cozido com batatas e couves, regado com bom azeite. Ao olhar para a mesa da sala, já por lá se amontoam doces. Sendo que só as rabanadas e a aletria foram feitos cá em casa: pudim de pão, tarte de amêndoa, filhós, bolo rei, bolo de aniversário (sim, há quem faça anos hoje cá em casa!!) e sei lá o que mais... Quase que fico sem vontade de comer. Notem bem que disse QUASE! :p
Falta cá o meu irmão e cunhada e sobrinhos para a festa da família ser mais completa. Para mim, vai ser um Natal diferente. Mas nem por isso menos bom. Cada vez mais acho que tenho mais do que preciso e que logo que o Menino me dê saúde, o resto a gente faz. Com maior ou menor dificuldade, mais rápido ou mais devagar, mas as coisas acabam por acontecer. Se soubermos conter a urgência das vontades e aguardar serenamente que o tempo passe (e ele passa sempre!) o que é nosso, às nossas mãos vem parar.
É Natal! É tempo de parar para pensar nas pessoas que realmente contam para nós. E dizer-lhes isso mesmo. Amanhã pode ser tarde!
Sim, o sapo também cozinha. E gosta! Por ser Natal, para não sobrecarregar ainda mais o pessoal cá de casa, levantei-me cedo, cozi as batatas e o bacalhau, fiz o puré, desfiei o bacalhau e amassei os bolos de bacalhau que foram depois fritos. Entretanto, tomei o pequeno-almoço lavei a louça que se sujou ao longo do processo e fui ajudando a fritar os bolos, enquanto comecei a preparar o almoço.
Acabei agora de lavar a louça e arrumar a cozinha. É tempo de pausa para lá por volta das 19h começar a tratar do jantar, que cá em casa, sempre foi o bacalhau cozido com batatas e couves, regado com bom azeite. Ao olhar para a mesa da sala, já por lá se amontoam doces. Sendo que só as rabanadas e a aletria foram feitos cá em casa: pudim de pão, tarte de amêndoa, filhós, bolo rei, bolo de aniversário (sim, há quem faça anos hoje cá em casa!!) e sei lá o que mais... Quase que fico sem vontade de comer. Notem bem que disse QUASE! :p
Falta cá o meu irmão e cunhada e sobrinhos para a festa da família ser mais completa. Para mim, vai ser um Natal diferente. Mas nem por isso menos bom. Cada vez mais acho que tenho mais do que preciso e que logo que o Menino me dê saúde, o resto a gente faz. Com maior ou menor dificuldade, mais rápido ou mais devagar, mas as coisas acabam por acontecer. Se soubermos conter a urgência das vontades e aguardar serenamente que o tempo passe (e ele passa sempre!) o que é nosso, às nossas mãos vem parar.
É Natal! É tempo de parar para pensar nas pessoas que realmente contam para nós. E dizer-lhes isso mesmo. Amanhã pode ser tarde!
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Ressacar
Não da bebida.
Não de drogas. Mas da falta que me fazes.
Acordar e andar o dia todo a sentir a tua ausência é algo doloroso que as mensagens e os telefonemas clandestinos não conseguem aplacar totalmente. Ajudam a suportar, mas não resolvem. Penso que o síndrome de abstinência deve ser algo semelhante a isto.
E sim, eu vejo as fotos das nossas escapadas, relembro as conversas e episódios que, de serem tão nossos, são indescritíveis aqui. Releio os emails, as sms, ouço as mensagens de voz, tenho-te no pensamento o dia todo e quando te ouço ao telefone, salta o coração no peito. Quando me cruzo com um carro semelhante ao teu, fico à espera de te ver ao volante...
Estás em todo o lado, sabes? Estás presente e és o presente que mais quero receber este Natal. Um presente para a Vida. Daqueles presentes que não se esquecem. Que marcam!
Beijo-te!
Não de drogas. Mas da falta que me fazes.
Acordar e andar o dia todo a sentir a tua ausência é algo doloroso que as mensagens e os telefonemas clandestinos não conseguem aplacar totalmente. Ajudam a suportar, mas não resolvem. Penso que o síndrome de abstinência deve ser algo semelhante a isto.
E sim, eu vejo as fotos das nossas escapadas, relembro as conversas e episódios que, de serem tão nossos, são indescritíveis aqui. Releio os emails, as sms, ouço as mensagens de voz, tenho-te no pensamento o dia todo e quando te ouço ao telefone, salta o coração no peito. Quando me cruzo com um carro semelhante ao teu, fico à espera de te ver ao volante...
Estás em todo o lado, sabes? Estás presente e és o presente que mais quero receber este Natal. Um presente para a Vida. Daqueles presentes que não se esquecem. Que marcam!
Beijo-te!
Porque é (quase!) Natal
A quem frequenta aqui o charco do sapo, se não escrever nada nos próximos dias, não estranhem. É que estou à espera de uma estrela brilhante no Céu, de três Reis Magos vindos de Oriente (será que são os chineses que compraram a EDP?!) e de que tenham um Feliz Natal junto de quem é importante!
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Passar tempo...
Perco muito tempo a pensar.
No que fiz, no que não fiz, no que gostaria de ter feito, no que gostaria que me fizessem, no que hei-de fazer... Enfim! Perco tempo a pensar em vez de aproveitar o tempo para viver!
Já aqui disse que não quero um dia acordar e dar conta que a vida passou por mim, e que me deixei ficar a vê-la passar, em vez de me atirar a ela e deixar que a vida aconteça, com todas as coisas boas e menos boas que possa trazer, com todas as surpresas agradáveis ou nem tanto que encerra. Quero ser o actor principal da minha vida e não apenas um mero figurante ou pior ainda!: um espectador.
Por isso, sinto, aqui e ali urgência de viver. De me sentir vivo! De me aperceber que a vida me acontece, tal como se dá conta do tempo a passar: as sombras que as árvores e os prédios projectam no chão e que mudam ao longo dia; a luminosidade que vai modificando ao longo do dia; o cansaço que se instala sem pedir licença nos corpos à medida que o dia de trabalho avança; as rugas que começamos a reconhecer no espelho; as manchas da pele que a idade traz consigo; o perder cabelo ou assistir, impotente, que vai mudando de cor..
E no entanto, dou por mim a pensar que quero envelhecer. Com uma condição: quero envelhecer contigo! Ao teu lado!
às voltas pela cidade
Tudo está na mesma.
Obras, trânsito, buracos, pó, centros comerciais a rebentar pelas costuras e gente carregada com sacos, saquinhos, embrulhos, laços, fitas, criancinhas a correr, mães e pais a berrarem pelas criancinhas...
Ainda bem que é quase Natal. Entrei num centro comercial e só se via gente a entrar e sair das lojas. Sim, com sacos nas mãos. O consumismo desenfreado está no seu auge, por estes dias. Parece um concurso a ver quem consegue transportar mais coisas nas mãos...
Já tinha saudades de Coimbra. Apesar de tudo, é a minha cidade. Mesmo que isso me valha algumas piadas! E hoje o dia esteve bonito. Sol brilhante e céu azul. À tarde cheguei a sentir calor.
Fiz algumas das coisas que tinha previsto fazer. Não fiz tudo. Mas amanhã também é dia.
E agora, com licença, que vou ali embrulhar umas coisas que comprei e preparar a lista das coisas a fazer amanhã de manhã!
Obras, trânsito, buracos, pó, centros comerciais a rebentar pelas costuras e gente carregada com sacos, saquinhos, embrulhos, laços, fitas, criancinhas a correr, mães e pais a berrarem pelas criancinhas...
Ainda bem que é quase Natal. Entrei num centro comercial e só se via gente a entrar e sair das lojas. Sim, com sacos nas mãos. O consumismo desenfreado está no seu auge, por estes dias. Parece um concurso a ver quem consegue transportar mais coisas nas mãos...
Já tinha saudades de Coimbra. Apesar de tudo, é a minha cidade. Mesmo que isso me valha algumas piadas! E hoje o dia esteve bonito. Sol brilhante e céu azul. À tarde cheguei a sentir calor.
Fiz algumas das coisas que tinha previsto fazer. Não fiz tudo. Mas amanhã também é dia.
E agora, com licença, que vou ali embrulhar umas coisas que comprei e preparar a lista das coisas a fazer amanhã de manhã!
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Back to basics
De volta a casa! Por mais do que três dias, o que é sempre bom!
Dormir em minha casa, no meu quarto, na minha cama, saber onde está tudo sem ter de abrir todos os armários e gavetas, poder deslocar-me para qualquer lado em casa sem esbarrar em móveis e portas e outros obstáculos porque tenho a planta da casa gravada na memória; ir ao frigorífico e ver coisas familiares e poder tirar qualquer coisa que ninguém se chateia; não ter de andar em "bicos de pés" para não aborrecer ninguém... estas pequenas coisas não têm preço.
Claro que, como tudo na vida, há um lado menos bom: ter de dar algumas satisfações ao pessoal cá de casa, horas para comer, conversas nem sempre agradáveis...
Mas globalmente estou contente por estar em casa! Já precisava de respirar outros ares! E de ver gente! É tempo de retomar o contacto com os amigos que têm estado um pouco de lado. Sair um pouco, ""tomar uns cafés", fazer umas visitas sociais.
E vou ter saudades, vou. Mas sei que vou poder ir doseando as saudades com telefonemas, sms e msn ou fb. Não é a mesma coisa, mas vai dar para o gasto! ;)
Além disso, o Natal está aí à porta e embora ainda não esteja minimamente dentro do espírito da época, pode ser que entretanto a coisa se dê!
Dormir em minha casa, no meu quarto, na minha cama, saber onde está tudo sem ter de abrir todos os armários e gavetas, poder deslocar-me para qualquer lado em casa sem esbarrar em móveis e portas e outros obstáculos porque tenho a planta da casa gravada na memória; ir ao frigorífico e ver coisas familiares e poder tirar qualquer coisa que ninguém se chateia; não ter de andar em "bicos de pés" para não aborrecer ninguém... estas pequenas coisas não têm preço.
Claro que, como tudo na vida, há um lado menos bom: ter de dar algumas satisfações ao pessoal cá de casa, horas para comer, conversas nem sempre agradáveis...
Mas globalmente estou contente por estar em casa! Já precisava de respirar outros ares! E de ver gente! É tempo de retomar o contacto com os amigos que têm estado um pouco de lado. Sair um pouco, ""tomar uns cafés", fazer umas visitas sociais.
E vou ter saudades, vou. Mas sei que vou poder ir doseando as saudades com telefonemas, sms e msn ou fb. Não é a mesma coisa, mas vai dar para o gasto! ;)
Além disso, o Natal está aí à porta e embora ainda não esteja minimamente dentro do espírito da época, pode ser que entretanto a coisa se dê!
domingo, 18 de dezembro de 2011
Sons! #4
O original:
A versão:
Depois de ouvir é escolher!
Eu gosto das duas. Por motivos diferentes!
Mudar
Acredito que mudar é bom!
Introduzir alterações na nossa vida, de forma a não permitir que a rotina se instale é bom. Viver em mudança e provocar a mudança é melhor que sermos forçados a mudar de forma inesperada ou do que sermos confrontados com mudanças repentinas que nos são impostas. A chave para lidar com a mudança é estarmos preparados; não nos deixarmos acomodar e, se possível, antecipá-la!
Por isso, vou introduzir, com efeitos a partir de Janeiro mais uma mudança. Estou confiante de que esta é uma mudança (muito!) positiva para a minha vida! Estamos, aos poucos, a criar condições para dar passos no sentido do que se deseja para a nossa vida, para se poder ser um pouco mais feliz, para aumentar a partilha e tornar o sonho um pouco menos sonho e um pouco mais real.
Por isso mudar é bom! Porque nos aproxima mais do que desejamos, do que queremos para a nossa vida e nos retira da expectativa causada pela espera. Deixar de estar à espera e passar à acção, deixar de ser espectador e assumir a condição de agente da mudança, sermos a mudança que queremos ver na nossa vida e na dos que nos rodeiam é a forma de lutar contra o conformismo e contra o tão português "deixa andar".
Vou mudar. Quem me acompanha?
Introduzir alterações na nossa vida, de forma a não permitir que a rotina se instale é bom. Viver em mudança e provocar a mudança é melhor que sermos forçados a mudar de forma inesperada ou do que sermos confrontados com mudanças repentinas que nos são impostas. A chave para lidar com a mudança é estarmos preparados; não nos deixarmos acomodar e, se possível, antecipá-la!
Por isso, vou introduzir, com efeitos a partir de Janeiro mais uma mudança. Estou confiante de que esta é uma mudança (muito!) positiva para a minha vida! Estamos, aos poucos, a criar condições para dar passos no sentido do que se deseja para a nossa vida, para se poder ser um pouco mais feliz, para aumentar a partilha e tornar o sonho um pouco menos sonho e um pouco mais real.
Por isso mudar é bom! Porque nos aproxima mais do que desejamos, do que queremos para a nossa vida e nos retira da expectativa causada pela espera. Deixar de estar à espera e passar à acção, deixar de ser espectador e assumir a condição de agente da mudança, sermos a mudança que queremos ver na nossa vida e na dos que nos rodeiam é a forma de lutar contra o conformismo e contra o tão português "deixa andar".
Vou mudar. Quem me acompanha?
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
F5
Às vezes dá a ideia que temos esta tecla na nossa vida. Que, de quando em vez, nos dão a hipótese de fazer um "refresh" ou "reload" na nossa vida. Que temos a possibilidade, e temo-la sempre embora muitas vezes nos esqueçamos disso, de mudar o que não queremos, o que nos incomoda, o que nos impede de ser felizes.
Fazer F5 à nossa vida, coloca em perspectiva quem somos, na medida que aquilo que não é coisa própria nossa, se vai, desaparece, esfuma-se e fica a essência, o núcleo do que somos e trazemos por dentro; que é nosso. Que na maior parte das vezes é o mais importante. E que nos esquecemos com demasiado frequência devido à lufa-lufa do dia-a-dia. Porque damos demasiada importância ao que os outros podem pensar, acabamos por ir de encontro às expectativas que pensamos que eles têm de nós.
Fazer F5, dar um "refresh" à nossa vida, nem que seja para agitar a rotina, sair do marasmo, ver o que fica e o que surge de novo no nosso caminho é positivo!
Fazer F5 à nossa vida, coloca em perspectiva quem somos, na medida que aquilo que não é coisa própria nossa, se vai, desaparece, esfuma-se e fica a essência, o núcleo do que somos e trazemos por dentro; que é nosso. Que na maior parte das vezes é o mais importante. E que nos esquecemos com demasiado frequência devido à lufa-lufa do dia-a-dia. Porque damos demasiada importância ao que os outros podem pensar, acabamos por ir de encontro às expectativas que pensamos que eles têm de nós.
Fazer F5, dar um "refresh" à nossa vida, nem que seja para agitar a rotina, sair do marasmo, ver o que fica e o que surge de novo no nosso caminho é positivo!
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Absurdo
Absurdo significa numa tradução algo literal, desagradável ao ouvido.
Absurdo tem como tradução corrente, que não faz sentido.
Absurdo é esperar que as nossas acções não provoquem reacções. Absurdo é pensarmos que só nós sentimos as coisas que os outros nos fazem e que o que fazemos aos outros (consciente e/ou inconscientemente!) não lhes faz mossa a eles. Absurdo pensar que o que nós pensamos e sentimos é mais importante do que o que os outros pensam e sentem. É absurdo imaginar que a razão só está do nosso lado.
É absurdo adiar a resolução de uma situação por nos mantermos irredutíveis na nossa torre de marfim, indiferentes a quem passa cá em baixo.
É absurdo invocar o respeito pelo outro como pretexto para não resolver uma situação que incomoda e causa desconforto. É absurdo mas é real. Acontece. Com muita frequência. E por vezes, a necessidade de manter as amizades ou uma relação próxima (ou pelo menos tentar!) deveria ter prioridade relativamente ao dito "respeito" que nos impede de provocar o contacto e obter a explicação que precisamos para perceber o outro.
Às vezes prefiro que me "respeitem" menos e que sejam mais meus amigos.
Mas isto sou eu. Um sapo estranho.
Absurdo tem como tradução corrente, que não faz sentido.
Absurdo é esperar que as nossas acções não provoquem reacções. Absurdo é pensarmos que só nós sentimos as coisas que os outros nos fazem e que o que fazemos aos outros (consciente e/ou inconscientemente!) não lhes faz mossa a eles. Absurdo pensar que o que nós pensamos e sentimos é mais importante do que o que os outros pensam e sentem. É absurdo imaginar que a razão só está do nosso lado.
É absurdo adiar a resolução de uma situação por nos mantermos irredutíveis na nossa torre de marfim, indiferentes a quem passa cá em baixo.
É absurdo invocar o respeito pelo outro como pretexto para não resolver uma situação que incomoda e causa desconforto. É absurdo mas é real. Acontece. Com muita frequência. E por vezes, a necessidade de manter as amizades ou uma relação próxima (ou pelo menos tentar!) deveria ter prioridade relativamente ao dito "respeito" que nos impede de provocar o contacto e obter a explicação que precisamos para perceber o outro.
Às vezes prefiro que me "respeitem" menos e que sejam mais meus amigos.
Mas isto sou eu. Um sapo estranho.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Agradecer
É um acto de educação.
É um gesto bonito que fica bem a quem o faz e que cai bem a quem o recebe.
E por isso agora, que a chuva abrandou, quero agradecer ao meu Amigo, meu irmão de ideias e de sentir que só conheci aos dezoito anos, por tudo o que é para mim. Por tudo o que representa de Amizade, de discernimento, de capacidade de análise e de retirar o que exagera, às coisas que de alguma forma me preocupam, me fazem telefonar-lhe quase à beira do desespero.
Agradecer à minha Amiga, mulher, amante, companheira, Amor recente e ainda assim, que parece de e para sempre que tem a capacidade de me deixar melhor só com a sua presença, com um gesto, uma palavra.
Agradecer pelos pais que tenho, que mesmo a 260km se preocupam comigo. E mesmo não o verbalizando sei que gostam de mim e que estão sempre à minha espera.
Agradecer pelas irmãs e pelo irmão, cunhada e sobrinhos. São a minha família, e embora raramente saibamos dizer o quanto gostamos uns dos outros (mais um aspecto a trabalhar!), sei que estão lá para mim, caso precise.
Agradecer pelos amigos. Por aqueles que se vão lembrando do sapo e que ficam felizes por saber dele. Que se preocupam e que gostam de ter novidades e ficam felizes, verdadeiramente felizes por me verem e por estarem comigo.
Agradecer pelo trabalho, bem raro e cada vez mais escasso. Pela ocupação, rendimento e oportunidade que me dá de conhecer novas pessoas, novas terras, novas formas de fazer, de ser e de estar. Não é que seja tudo bom, que não é, mas até de algo mau se pode aprender qualquer coisa!
Agradecer pela saúde. Não está perfeita, mas está tudo bem. Sem grandes sobressaltos, o que já é muito hoje em dia!
Agradecer pela possibilidade de partilhar convosco algumas das coisas que sinto, que vivo, que experimento. E pela sorte de ter quem se interesse pelo que escrevo e que interaja comigo através dos comentários ou do mail.
Agradecer pelo facto de ter em mim um sopro de vida que me permite fazer boa parte do que me apetece, sem grandes restrições físicas e mentais.
Agradecer pela fortuna de ter tido a possibilidade de ter visto mais uma vez, a luz do dia. A possibilidade de ter sentido na pele o vento, o frio, a chuva, o toque doce dos teus lábios e o contacto morno das tuas mãos que tornam cada dia, cada instante, um momento único e irrepetível de cumplicidade e de amor.
É um gesto bonito que fica bem a quem o faz e que cai bem a quem o recebe.
E por isso agora, que a chuva abrandou, quero agradecer ao meu Amigo, meu irmão de ideias e de sentir que só conheci aos dezoito anos, por tudo o que é para mim. Por tudo o que representa de Amizade, de discernimento, de capacidade de análise e de retirar o que exagera, às coisas que de alguma forma me preocupam, me fazem telefonar-lhe quase à beira do desespero.
Agradecer à minha Amiga, mulher, amante, companheira, Amor recente e ainda assim, que parece de e para sempre que tem a capacidade de me deixar melhor só com a sua presença, com um gesto, uma palavra.
Agradecer pelos pais que tenho, que mesmo a 260km se preocupam comigo. E mesmo não o verbalizando sei que gostam de mim e que estão sempre à minha espera.
Agradecer pelas irmãs e pelo irmão, cunhada e sobrinhos. São a minha família, e embora raramente saibamos dizer o quanto gostamos uns dos outros (mais um aspecto a trabalhar!), sei que estão lá para mim, caso precise.
Agradecer pelos amigos. Por aqueles que se vão lembrando do sapo e que ficam felizes por saber dele. Que se preocupam e que gostam de ter novidades e ficam felizes, verdadeiramente felizes por me verem e por estarem comigo.
Agradecer pelo trabalho, bem raro e cada vez mais escasso. Pela ocupação, rendimento e oportunidade que me dá de conhecer novas pessoas, novas terras, novas formas de fazer, de ser e de estar. Não é que seja tudo bom, que não é, mas até de algo mau se pode aprender qualquer coisa!
Agradecer pela saúde. Não está perfeita, mas está tudo bem. Sem grandes sobressaltos, o que já é muito hoje em dia!
Agradecer pela possibilidade de partilhar convosco algumas das coisas que sinto, que vivo, que experimento. E pela sorte de ter quem se interesse pelo que escrevo e que interaja comigo através dos comentários ou do mail.
Agradecer pelo facto de ter em mim um sopro de vida que me permite fazer boa parte do que me apetece, sem grandes restrições físicas e mentais.
Agradecer pela fortuna de ter tido a possibilidade de ter visto mais uma vez, a luz do dia. A possibilidade de ter sentido na pele o vento, o frio, a chuva, o toque doce dos teus lábios e o contacto morno das tuas mãos que tornam cada dia, cada instante, um momento único e irrepetível de cumplicidade e de amor.
Chuva miudinha
Há coisas que não matam mas moem. Que não sendo motivo suficiente para provocar o caos, vão provocando desordem e confusão. Que vão minando e provocando estragos à partida conjunturais e que se não forem contidos a tempo se podem tornar estruturais. E, confesso, começam a fazer danos. Uns maiores que os outros. E uns de efeitos mais duradouros que outros.
Sinto-me como se andasse à chuva. Daquela fininha, que quase parece que não molha, mas encharca. Daquela que ao princípio, nem se sente. Mal se dá por ela, mas depois vamos dando conta que afinal, molha.
E nesta fase, não consigo, não quero e não tenho condições para suportar mais. Estou a chegar aos meus limites. Da paciência, da compreensão, da resistência. Sinto-me, aqui e ali, preso por arames. Prestes a rebentar. Ou a deixar-me cair. Não quero. Não é disso que preciso. Há caminhos alternativos: ignorar, (o que não é fácil, não me ajuda a entender, nem resolve nada) ou perguntar o porquê (que não me apetece, não tenho vontade mas se começa a afigurar como a saída mais provável).
Estou tão farto disto. Sinto-me tão cansado de ser saco de pancada, sem perceber o porquê... Se existe o conceito de bullying, estou a senti-lo na pele. E quem conhece um pouquinho dos sapos, sabe o quão sensível é a sua pele. Não sou excepção. E dói. Muito. :'(
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Dias de descanso
Os dias de descanso estão quase à porta. De amanhã a uma semana, começa a interrupção lectiva do Natal. E confesso que estou mesmo a precisar de sair daqui. Preciso de ir para o meu meio, de estar perto das pessoas que me fazem sentido: família e amigos. Preciso! Preciso de dar descanso a esta cabeça e de estar perto das outras pessoas que me fazem bem; que me fazem sorrir e com quem também posso ser um pouquinho mais eu. Não sei porquê, mas ir a casa deixa-me um pouquinho mais de baterias carregadas portanto, preciso de ir a casa
Preciso de estar com os meus amigos. Preciso de ir fazer algumas comprinhas de natal, sobretudo para as crianças, que os adultos este ano vão ter de se contentar com pouco. Preciso de acordar num dia de sol e muito frio, de me meter a caminho da Serra da Estrela e de ir tirar fotos tolas na neve; de ir descer uma encosta nevada com um saco de plástico, de atirar bolas de neve mal amassadas a alguém, de levar com bolas de neve, de sentir os dedos enregelados, de ficar com a cara vermelha do frio, de ver o pôr-do-sol no cimo da Serra ou a fazer o caminho em direcção a Seia (ou a Manteigas, tanto dá!) e lá chegados, entrar num café, pedir uma chávena de chocolate quente e ficar a ver as fotos e a rir dos disparates!
Depois fico a pensar que ter estes dias de interrupção lectiva também pode ser menos bom. Porque significa que não vou estar perto de quem, em tão pouco tempo, se tornou tão importante. Tão importante, ao ponto de ser muito difícil equacionar a minha vida longe dela. Menos bom, porque no Natal, apetece estar perto de quem se gosta, e este Natal, isso não sei se vai ser possível.
De amanhã a uma semana, começa a interrupção lectiva. E vem com ela a oportunidade de parar para pensar em tanto que tem acontecido desde o início de Setembro. Para perspectivar, com um pouco mais de tempo, o que o futuro pode trazer. E dessa forma, tentar tomar melhor decisões. Fazer melhores escolhas.
De amanhã a uma semana, começa a interrupção lectiva. E ainda falta tanto trabalho até lá!
domingo, 11 de dezembro de 2011
No meio da ponte (capitulo 10)
"Já está!
Já conversei o que tinha a conversar.
Disse o que tinha a dizer, ouvi o que quis ouvir e arrumei a maior parte do que tinha para arrumar. No fundo, fui coerente com a decisão que tinha tomado. O que fica agora é alguma mágoa, alguma dor. Muitas memórias. Algumas boas, outras nem por isso. Mas quero guardar todas. Porque se com as boas me alegro, com as menos boas recordo o que não quero mais para mim.
Agora já sei onde falhamos. Onde falhei. E não quero falhar mais nos mesmos sítios. A falhar, (e sim, eu sei que é inevitável) vou procurar falhar melhor. Errar melhor. Porque com o erro também se aprende. E eu aprendi! Quero levar tudo quanto sou para o novo caminho. Mas também vou aproveitar a travessia da ponte para deixar para trás o peso do que não fiz, do que não sou, mas permiti que me tornasse. Vou deixar para trás as mágoas e as tristezas e as falsas esperanças que criei e que deixei que semeassem em mim. Vou despertar a parte de mim que fui escondendo sob a capa de uma pretensa, (sei-o agora), alegria e felicidade.
Assumo o compromisso de ser eu mesma! De dizer não, de dizer sim, de dizer talvez quando é exatamente isso que sinto e que quero dizer. De não criar castelos no ar. De não permitir ser outra coisa que não FELIZ. Mesmo estando consciente (sempre a consciência, não é?) que a felicidade é efémera e não-permanente. Mas sabendo também que é possível transformar pequenos momentos de felicidade, em períodos mais alargados desse estado inebriante que me faz sentir ser feita de luz e cor!
Vou abraçar o novo caminho. Vou dedicar-me a ele como ele se tem dedicado a mim. Juntos, vamos construir algo de extraordinário. De único! Vou fazer, com ele, tudo para sermos felizes.
Porque eu acredito que fui feita para este caminho.
Porque ele me espera do outro lado da ponte. Onde disse que estaria desde o primeiro momento.
Porque eu quero ser feliz, sendo eu mesma!"
Já conversei o que tinha a conversar.
Disse o que tinha a dizer, ouvi o que quis ouvir e arrumei a maior parte do que tinha para arrumar. No fundo, fui coerente com a decisão que tinha tomado. O que fica agora é alguma mágoa, alguma dor. Muitas memórias. Algumas boas, outras nem por isso. Mas quero guardar todas. Porque se com as boas me alegro, com as menos boas recordo o que não quero mais para mim.
Agora já sei onde falhamos. Onde falhei. E não quero falhar mais nos mesmos sítios. A falhar, (e sim, eu sei que é inevitável) vou procurar falhar melhor. Errar melhor. Porque com o erro também se aprende. E eu aprendi! Quero levar tudo quanto sou para o novo caminho. Mas também vou aproveitar a travessia da ponte para deixar para trás o peso do que não fiz, do que não sou, mas permiti que me tornasse. Vou deixar para trás as mágoas e as tristezas e as falsas esperanças que criei e que deixei que semeassem em mim. Vou despertar a parte de mim que fui escondendo sob a capa de uma pretensa, (sei-o agora), alegria e felicidade.
Assumo o compromisso de ser eu mesma! De dizer não, de dizer sim, de dizer talvez quando é exatamente isso que sinto e que quero dizer. De não criar castelos no ar. De não permitir ser outra coisa que não FELIZ. Mesmo estando consciente (sempre a consciência, não é?) que a felicidade é efémera e não-permanente. Mas sabendo também que é possível transformar pequenos momentos de felicidade, em períodos mais alargados desse estado inebriante que me faz sentir ser feita de luz e cor!
Vou abraçar o novo caminho. Vou dedicar-me a ele como ele se tem dedicado a mim. Juntos, vamos construir algo de extraordinário. De único! Vou fazer, com ele, tudo para sermos felizes.
Porque eu acredito que fui feita para este caminho.
Porque ele me espera do outro lado da ponte. Onde disse que estaria desde o primeiro momento.
Porque eu quero ser feliz, sendo eu mesma!"
Não há dúvidas!
Nem pode haver!
Quando o que se sente cá dentro, e que é afirmado e confirmado vezes sem conta através de palavras, mas principalmente de gestos e de atitudes, de olhares, de acções concretas, não há dúvidas. Não pode haver dúvidas. E não há!
Quando tens oportunidade de ver que o outro corre riscos por ti, se arrisca, se atravessa para estar, para falar, para te ver, para te tocar e de uma maneira geral, para se fazer presente na tua vida, não tens dúvidas. Quando sentes o coração pesado e apertado de saudades ou tão leve que tens de o manter preso dentro do peito quando estás com o outro; quando te parece que um cavalo te galopa no peito, porque recebeste um olhar, um toque de pele na pele, um beijo clandestino que te incendeia, não há lugar para dúvidas.
Se te apercebes do que o outro faz por ti, por ambos, pela relação; se dás conta de quanto se investe e do que se coloca e se dá, do valor das apostas que estão a ser feitas, se ficas, se estás presente, se tens vontade de continuar a estar, a fazer, a criar, a cultivar, a colher, a dar-te e a receber o outro, deixa a cautela. Deixa as precauções. Deixa tudo e vai! Lança-te na maior aventura da tua vida!
Vive!
Entrega-te!
Atira-te de cabeça!
Sem capacete, sem pára-quedas, sem preparação e sem rede.
Apenas porque tens a certeza que o outro está lá para te apanhar.
Apenas porque acreditas que amas e és amado/a.
Apenas porque só assim, te tornas o motor principal da tua vida. Entras na acção e deixas de ser o espectador que se limita a ver a vida passar.
Não há dúvidas! Amo-te!
Quando o que se sente cá dentro, e que é afirmado e confirmado vezes sem conta através de palavras, mas principalmente de gestos e de atitudes, de olhares, de acções concretas, não há dúvidas. Não pode haver dúvidas. E não há!
Quando tens oportunidade de ver que o outro corre riscos por ti, se arrisca, se atravessa para estar, para falar, para te ver, para te tocar e de uma maneira geral, para se fazer presente na tua vida, não tens dúvidas. Quando sentes o coração pesado e apertado de saudades ou tão leve que tens de o manter preso dentro do peito quando estás com o outro; quando te parece que um cavalo te galopa no peito, porque recebeste um olhar, um toque de pele na pele, um beijo clandestino que te incendeia, não há lugar para dúvidas.
Se te apercebes do que o outro faz por ti, por ambos, pela relação; se dás conta de quanto se investe e do que se coloca e se dá, do valor das apostas que estão a ser feitas, se ficas, se estás presente, se tens vontade de continuar a estar, a fazer, a criar, a cultivar, a colher, a dar-te e a receber o outro, deixa a cautela. Deixa as precauções. Deixa tudo e vai! Lança-te na maior aventura da tua vida!
Vive!
Entrega-te!
Atira-te de cabeça!
Sem capacete, sem pára-quedas, sem preparação e sem rede.
Apenas porque tens a certeza que o outro está lá para te apanhar.
Apenas porque acreditas que amas e és amado/a.
Apenas porque só assim, te tornas o motor principal da tua vida. Entras na acção e deixas de ser o espectador que se limita a ver a vida passar.
Não há dúvidas! Amo-te!
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Distâncias
Distâncias são medidas. Medidas daquilo que nos separa ou daquilo que nos une. Depende do ponto de vista, como aquela história do copo meio cheio ou meio vazio... Para mim, se está meio, está meio. Não consigo imaginar uma coisa cheia, se está pela metade, nem vazia, se tem conteúdo, ainda que não preencha totalmente. As distâncias são medidas em unidades diferentes dependendo do grau, do género e da relação que se estabelece entre a distância em si, e os sujeitos distantes. (pessoas, locais, objectos, sentimentos, recordações, desejos... querem que continue?...)
Podem medir-se distâncias em unidades de tempo e de espaço. E essas toda a gente sabe medir. Existem réguas e esquadros, transferidores, curvímetros, conta-quilómetros, satélites e lasers que nos dão distâncias lineares e áreas com grande precisão.
Mas que unidade usamos para medir a distância entre uma palavra proferida e as diferentes interpretações que essa palavra vai ter quando ouvida por pessoas diferentes,cada uma com o seu quadro de referência e estrutura mental diferentes? Como se mede a distância entre um batimento de coração e outro? Qual a unidade que se usa? E para medir a distância que vai entre um olhar apaixonado e um olhar de desejo? Um abraço de amizade e um abraço quente e húmido de amor, cheio de paixão e desejo? Como se mede a intensidade de um olhar? Qual o instrumento? E a unidade de medida?
E como se mede a saudade? Pelo intensidade do sofrimento causado pela ausência do outro? Ou pela quantidade de vezes que se recorda o cheiro do cabelo e do corpo, o som do riso e das gargalhadas, os abraços, o perfume e o cabelo, o peso do corpo, o calor ou o frio das mãos, a suavidade da pele, os gestos tantas vezes repetidos?
Como se mede a distância entre duas pessoas que se amam, que se querem e se desejam? Pelo tempo que passam juntas? Pelo tempo que querem passar juntas? Pela forma como aproveitam o tempo quando estão juntas? Pela forma como se disponibilizam um para o outro e se ajudam mutuamente? Pela atenção, carinho e cuidado que dedicam ao outro? Pela vontade que sentem de fazerem a distância real e física que existe entre eles, mais pequena e dessa forma estarem mais próximos, de serem um?
A distância é mais imaginada que real.
A distância, muitas vezes, não é mais do que um obstáculo que colocamos a nós mesmos quando nos sentimos incapazes de saltar os muros que erguemos ou que outros ergueram por nós. Muros como o embaraço, a vergonha, a timidez, as ideias feitas, a opinião dos outros, as convenções sociais, as regras da sociedade, a educação que recebemos, a nossa herança cultural e moral judaico-cristã que nos prende, nos corta os movimentos, as ideias, os desejos e as vontades e nos leva a pensar em coisas tão sem sentido como culpas e medos...
A distância tem os limites que nos colocamos. Se somos livres, não há barreiras, não há limites. Porque a nossa liberdade é só isso. Liberdade. Sem limites barreiras nem prisões.
Podem medir-se distâncias em unidades de tempo e de espaço. E essas toda a gente sabe medir. Existem réguas e esquadros, transferidores, curvímetros, conta-quilómetros, satélites e lasers que nos dão distâncias lineares e áreas com grande precisão.
Mas que unidade usamos para medir a distância entre uma palavra proferida e as diferentes interpretações que essa palavra vai ter quando ouvida por pessoas diferentes,cada uma com o seu quadro de referência e estrutura mental diferentes? Como se mede a distância entre um batimento de coração e outro? Qual a unidade que se usa? E para medir a distância que vai entre um olhar apaixonado e um olhar de desejo? Um abraço de amizade e um abraço quente e húmido de amor, cheio de paixão e desejo? Como se mede a intensidade de um olhar? Qual o instrumento? E a unidade de medida?
E como se mede a saudade? Pelo intensidade do sofrimento causado pela ausência do outro? Ou pela quantidade de vezes que se recorda o cheiro do cabelo e do corpo, o som do riso e das gargalhadas, os abraços, o perfume e o cabelo, o peso do corpo, o calor ou o frio das mãos, a suavidade da pele, os gestos tantas vezes repetidos?
Como se mede a distância entre duas pessoas que se amam, que se querem e se desejam? Pelo tempo que passam juntas? Pelo tempo que querem passar juntas? Pela forma como aproveitam o tempo quando estão juntas? Pela forma como se disponibilizam um para o outro e se ajudam mutuamente? Pela atenção, carinho e cuidado que dedicam ao outro? Pela vontade que sentem de fazerem a distância real e física que existe entre eles, mais pequena e dessa forma estarem mais próximos, de serem um?
A distância é mais imaginada que real.
A distância, muitas vezes, não é mais do que um obstáculo que colocamos a nós mesmos quando nos sentimos incapazes de saltar os muros que erguemos ou que outros ergueram por nós. Muros como o embaraço, a vergonha, a timidez, as ideias feitas, a opinião dos outros, as convenções sociais, as regras da sociedade, a educação que recebemos, a nossa herança cultural e moral judaico-cristã que nos prende, nos corta os movimentos, as ideias, os desejos e as vontades e nos leva a pensar em coisas tão sem sentido como culpas e medos...
A distância tem os limites que nos colocamos. Se somos livres, não há barreiras, não há limites. Porque a nossa liberdade é só isso. Liberdade. Sem limites barreiras nem prisões.
Preparar o fim do primeiro período
Implica preparar sete grelhas de avaliação, estar presente em sete reuniões de Conselho de Turma, corrigir sete turmas de testes (7!) redigir uma acta, ir ao jantar de natal da escola (mal posso esperar...) ter reuniões o Sábado TODO, rebentar com o fim-de-semana anterior (este que agora começa) a trabalhar que nem um louco, para durante a semana poder ter tempo para fazer outras coisas que não apenas trabalhar, comer e dormir.
Por isso, amanhã, para além de ir às compras, dar um jeito ao quarto, pôr roupa a lavar e a secar, tenho uma turma de testes para corrigir, trabalhos para ler e classificar, preparar as grelhas de avaliação, fazer as grelhas, terminar as planificações das disciplinas, verificar as adaptações curriculares e preparar o palavreado para colocar nos planos de recuperação/acompanhamento dos meninos e meninas. Parece bem? A mim, não me parece nada bem... Mas tem de ser!
Ai a vida de um sapo professor é muito dura!!! :D
post scriptum: hoje, pela primeira vez, fui citado. Aqui. É estranho, ver num outro blog aquilo que escrevi. Ao mesmo tempo massaja-me o ego. Será errado ficar contente por alguém ver sentido no que escrevo, ao ponto de me citar?
Por isso, amanhã, para além de ir às compras, dar um jeito ao quarto, pôr roupa a lavar e a secar, tenho uma turma de testes para corrigir, trabalhos para ler e classificar, preparar as grelhas de avaliação, fazer as grelhas, terminar as planificações das disciplinas, verificar as adaptações curriculares e preparar o palavreado para colocar nos planos de recuperação/acompanhamento dos meninos e meninas. Parece bem? A mim, não me parece nada bem... Mas tem de ser!
Ai a vida de um sapo professor é muito dura!!! :D
post scriptum: hoje, pela primeira vez, fui citado. Aqui. É estranho, ver num outro blog aquilo que escrevi. Ao mesmo tempo massaja-me o ego. Será errado ficar contente por alguém ver sentido no que escrevo, ao ponto de me citar?
Feriado
Foi ontem, mas bem que podia ser novamente hoje.
Não pela ausência da obrigação de ir trabalhar, mas pelo prazer que me dá partilhar dias contigo. Pela simplicidade e facilidade que sinto possível e tão real! quando estamos juntos. Passear por sítios novos, descobrir locais de cortar a respiração, viver experiências, partilhar cumplicidades, desejos e sonhos. Conversar. Conversar muito. E sentir que, por vezes, se diz mais com um gesto, com um olhar, do que com todas as palavras do mundo.
Repetir até à exaustão os planos de sempre, mas sentir que se vão dando passos para concretizar esses planos faz-me sentir que estamos a caminhar na direcção certa. Que este é, sem sombra de dúvida o nosso caminho, o nosso tempo, e que poderá ser, muito provavelmente é, a nossa vida. Nos feriados. Mas também nos dias de semana, e nos fins-de-semana. E nas férias. E nos dias de chuva. E nos dias de tempestade.
Porque somos mais do que um feriado ocasional. Somos todos os dias. O dia todo.
Sim, e a noite também! ;)
Não pela ausência da obrigação de ir trabalhar, mas pelo prazer que me dá partilhar dias contigo. Pela simplicidade e facilidade que sinto possível e tão real! quando estamos juntos. Passear por sítios novos, descobrir locais de cortar a respiração, viver experiências, partilhar cumplicidades, desejos e sonhos. Conversar. Conversar muito. E sentir que, por vezes, se diz mais com um gesto, com um olhar, do que com todas as palavras do mundo.
Repetir até à exaustão os planos de sempre, mas sentir que se vão dando passos para concretizar esses planos faz-me sentir que estamos a caminhar na direcção certa. Que este é, sem sombra de dúvida o nosso caminho, o nosso tempo, e que poderá ser, muito provavelmente é, a nossa vida. Nos feriados. Mas também nos dias de semana, e nos fins-de-semana. E nas férias. E nos dias de chuva. E nos dias de tempestade.
Porque somos mais do que um feriado ocasional. Somos todos os dias. O dia todo.
Sim, e a noite também! ;)
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Se cuidas de mim, eu cuido de ti também.
E isso é a essência do gostar.
Do sentir que somos importantes para o outro, mais do que dizem as palavras.
De percebermos que apesar de termos de ser (necessariamente!) a nossa prioridade, precisamos que o outro se sinta bem, para que nós possamos estar melhor.
E sentir que existe sintonia, que funcionamos no mesmo comprimento de onda e que estamos cá um para o outro é simplesmente perfeito. Mesmo que aqui e ali a antena perca o sinal de emissão e apareça um bocadinho de ruído, de estática a perturbar a compreensão da mensagem. Mesmo que de vez em quando nos percamos no meio de tanta informação, de tanto querer e gostar. Ainda que, por vezes, pareça difícil lidar com tanto gostar, com tanto querer, com tanto Amor.
Do sentir que somos importantes para o outro, mais do que dizem as palavras.
De percebermos que apesar de termos de ser (necessariamente!) a nossa prioridade, precisamos que o outro se sinta bem, para que nós possamos estar melhor.
E sentir que existe sintonia, que funcionamos no mesmo comprimento de onda e que estamos cá um para o outro é simplesmente perfeito. Mesmo que aqui e ali a antena perca o sinal de emissão e apareça um bocadinho de ruído, de estática a perturbar a compreensão da mensagem. Mesmo que de vez em quando nos percamos no meio de tanta informação, de tanto querer e gostar. Ainda que, por vezes, pareça difícil lidar com tanto gostar, com tanto querer, com tanto Amor.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
E se, de repente...
As coisas mudarem?
Sem contar, inesperadamente e sem que se tenha feito alguma coisa para isso, a atitude que outros têm perante ti mudar, sem que te tenhas dado conta que tenhas feito algo que o justifique?
Não tenho de entender, eu sei. Mas era mais fácil. Não tenho de saber o porquê, mas gostava! Se não souber onde estou a falhar, não tenho como melhorar. Respeito a opção dos outros, mas gostava de tentar entender onde falhei.
O charco a que cheguei com tanta esperança no início do ano, está a transformar-se numa poça de água suja e lamacenta onde gosto, hoje, um pouco menos de estar. Tem coisas positivas? Certamente! E é a esses aspectos positivos que me agarro 'com unhas e dentes' para me manter à tona das águas sujas e lamacentas que estão a tomar conta do charco.
Vou tratar de decantar as águas para que voltem a ser limpas e cristalinas!
Sugestões, alguém tem?
Sem contar, inesperadamente e sem que se tenha feito alguma coisa para isso, a atitude que outros têm perante ti mudar, sem que te tenhas dado conta que tenhas feito algo que o justifique?
Não tenho de entender, eu sei. Mas era mais fácil. Não tenho de saber o porquê, mas gostava! Se não souber onde estou a falhar, não tenho como melhorar. Respeito a opção dos outros, mas gostava de tentar entender onde falhei.
O charco a que cheguei com tanta esperança no início do ano, está a transformar-se numa poça de água suja e lamacenta onde gosto, hoje, um pouco menos de estar. Tem coisas positivas? Certamente! E é a esses aspectos positivos que me agarro 'com unhas e dentes' para me manter à tona das águas sujas e lamacentas que estão a tomar conta do charco.
Vou tratar de decantar as águas para que voltem a ser limpas e cristalinas!
Sugestões, alguém tem?
domingo, 4 de dezembro de 2011
O tempo
O tempo é um conceito muito relativo. Às vezes corre lento, outras anda rápido. Dizem que o tempo tem tempo. Que quem apressa a vida, atrasa a felicidade. Que o tempo cura tudo. Que tudo a seu tempo. Que tempo é dinheiro. Que o tempo ajuda a esquecer e a consertar o que está avariado ou estragado.
Para mim, o tempo resume-se ao existir. Por muitos livros, por muitos relatos que existam escritos, gravados com som e/ou imagem. Mesmo o que se encontra nas mediatecas, nas videotecas, só existe enquanto eu existir. Quando morrer, mesmo que esses registos continuem a existir, a mim pouca diferença me farão. Estarei morto. Não enterrado. Quero ser cremado. E que deitem fora as minhas cinzas. Do alto de uma qualquer serra. Pode ser que das minhas cinzas algo de bom nasça. Uma flor ou uma folhinha de erva. Ou um cogumelo! Qualquer coisa de mais simples, logo, melhor do que o que sou hoje. Este sapo feio e verde que habita em mim. Que não gosta de se ver ao espelho do charco onde habita. Que por mais que o beijem, não consegue ser um verdadeiro príncipe. Não tem cavalo branco. Nem escudo ou lança. Nem espada ou armadura.
Dava jeito que o beijo, para além de mudar o aspecto do sapo, mudasse também o feitio, a maneira de ser.
O tempo (lá está!) encarrega-se disso. Devagar, devagarinho, o tempo vai-me ensinando que aspectos são de manter e quais os que têm de ser polidos, aprimorados, burilados, para que fiquem não só com melhor cara mas também menos agrestes ao contacto.
Um mês é muito pouco tempo, estamos de acordo?
Depende. Um mês de vida num doente em fase terminal (Estranho como sempre achei curiosa esta expressão! Como se fossem só as pessoas portadoras de alguma doença incurável os que se encontram em fase terminal! A vida é ela própria uma doença de prognóstico reservado. E esta doença tem cura. Chama-se morte!), mas dizia eu, um mês de vida num doente em fase terminal pode ser considerado pouco tempo. Mas e a paz de se saber, ainda que aproximadamente, quando se vai deixar esta vida?
Um bebé com um mês de vida, já está um bocadinho diferente do dia em que nasceu. Maior, mais pesado. E os bebés com um mês de vida precisam de que olhem por eles. Que os alimentem, que lhes mudem a fralda, que lhes dêem banho, que os vistam. Que os aconcheguem, lhes aturem as birras, que lhes dêem colo e mimos. Que amparem nas noites mal dormidas. Que acarinhem e tratem bem. Que o levem ao médico e às consultas do peso e às vacinas...
Não se deixa morrer um bebé. Especialmente um bebé de um mês. Tudo farei para que haja tempo de vida para este bebé. Afinal, ele não surgiu de geração espontânea. Não foi planeado? Não! Mas está cá e agora tem de se tratar dele, de lhe dar as oportunidades todas que ele precisar para vingar, crescer forte, saudável e tornar-se no mais importante das nossas vidas.
Porque é(s) assim: o mais importante das nossas vidas!
Para mim, o tempo resume-se ao existir. Por muitos livros, por muitos relatos que existam escritos, gravados com som e/ou imagem. Mesmo o que se encontra nas mediatecas, nas videotecas, só existe enquanto eu existir. Quando morrer, mesmo que esses registos continuem a existir, a mim pouca diferença me farão. Estarei morto. Não enterrado. Quero ser cremado. E que deitem fora as minhas cinzas. Do alto de uma qualquer serra. Pode ser que das minhas cinzas algo de bom nasça. Uma flor ou uma folhinha de erva. Ou um cogumelo! Qualquer coisa de mais simples, logo, melhor do que o que sou hoje. Este sapo feio e verde que habita em mim. Que não gosta de se ver ao espelho do charco onde habita. Que por mais que o beijem, não consegue ser um verdadeiro príncipe. Não tem cavalo branco. Nem escudo ou lança. Nem espada ou armadura.
Dava jeito que o beijo, para além de mudar o aspecto do sapo, mudasse também o feitio, a maneira de ser.
O tempo (lá está!) encarrega-se disso. Devagar, devagarinho, o tempo vai-me ensinando que aspectos são de manter e quais os que têm de ser polidos, aprimorados, burilados, para que fiquem não só com melhor cara mas também menos agrestes ao contacto.
Um mês é muito pouco tempo, estamos de acordo?
Depende. Um mês de vida num doente em fase terminal (Estranho como sempre achei curiosa esta expressão! Como se fossem só as pessoas portadoras de alguma doença incurável os que se encontram em fase terminal! A vida é ela própria uma doença de prognóstico reservado. E esta doença tem cura. Chama-se morte!), mas dizia eu, um mês de vida num doente em fase terminal pode ser considerado pouco tempo. Mas e a paz de se saber, ainda que aproximadamente, quando se vai deixar esta vida?
Um bebé com um mês de vida, já está um bocadinho diferente do dia em que nasceu. Maior, mais pesado. E os bebés com um mês de vida precisam de que olhem por eles. Que os alimentem, que lhes mudem a fralda, que lhes dêem banho, que os vistam. Que os aconcheguem, lhes aturem as birras, que lhes dêem colo e mimos. Que amparem nas noites mal dormidas. Que acarinhem e tratem bem. Que o levem ao médico e às consultas do peso e às vacinas...
Não se deixa morrer um bebé. Especialmente um bebé de um mês. Tudo farei para que haja tempo de vida para este bebé. Afinal, ele não surgiu de geração espontânea. Não foi planeado? Não! Mas está cá e agora tem de se tratar dele, de lhe dar as oportunidades todas que ele precisar para vingar, crescer forte, saudável e tornar-se no mais importante das nossas vidas.
Porque é(s) assim: o mais importante das nossas vidas!
Desancorar por dentro quem se amou
Não é tarefa fácil. Até porque amar alguém, em algum ponto da nossa vida, cria alterações em nós mesmos. De tal maneira que, já me aconteceu questionar-me porque deixei de fazer isto ou aquilo, ou porque deixei de estar com pessoas amigas, ou ainda porque mudei os meus hábitos e quem sou. Para todas as questões a mesma resposta: porque nalgum momento achei que era importante para a relação que deixasse de ser, fazer ou estar.
Não me arrependo de nada. Só do que não fiz. Do que fiz e faço, tento manter uma perspectiva de aprendizagem constante independentemente das consequências serem mais ou menos agradáveis. Não poucas vezes dou por mim a valorizar mais as consequências negativas, as dificuldades e os problemas do que as consequências positivas. O que não implica esforço, o que não nos custa temos tendência a não dar valor.
Desatar laços, cortar amarras, virar a página, encerrar um capítulo da vida, terminar uma relação leva-nos a descobrir em nós mesmos, novos aspectos da nossa maneira de ser que sempre estiveram lá, mas que nem sempre fomos/somos capazes de ver. Da mesma forma, também descobrimos no outro com quem partilhamos tanto tempo da nossa vida, aspectos, facetas, atitudes e comportamentos que não tínhamos visto (ou não quisemos ver!) por aquele prisma.
Não sou daquelas pessoas que quando termina uma relação queima as cartas, devolve os presentes recebidos, destrói fotografias, deita coisas para o lixo, e afins. Tenho guardadas numa caixa cartas, bilhetes, fotos, recados, pequenos nadas que já foram muito. Não consigo apagar pessoas da minha vida, pelo simples facto que se fizesse isso, estaria a apagar o período correspondente que estive com essas pessoas da minha história. E eu preciso de sentir que fiz caminho. Que vivi, senti e experimentei. Que amei e fui amado. Que construí memórias e que fui feliz.
Terminar uma relação implica pegar no que resta de nós, juntar os fragmentos do nosso amor-próprio, do que resta da nossa auto-estima e sair porta fora. Levar connosco o que sobrou. O que o outro e nós mesmos fomos capazes de preservar, de manter.
O resto, as coisas que se juntaram, que se foram colecionando, amontoando e que em muitas casos constituem tanta bagagem que só de pensar em carregar tudo, nos parece mais fácil ir ficando como se está, são coisas. E as coisas não são importantes, por muito que tenham custado, por difícil e injusta que seja a divisão dos tarecos. Por irracionais que as pessoas se tornem quando por incapacidade de lidar com a frustração ou rejeição pretendem correr com o outro para fora da sua vida. Haja a presença de espírito para que, pelo menos uma das partes, se mantenha calma, tranquila e ponderada.
Acredito que as pessoas que se cruzam na nossa vida estão lá por uma razão. Por um motivo. Mesmo que agora não seja capaz de o perceber, de ver isso, creio que serei capaz de perceber o porquê mais tarde. E se não o perceber, paciência. Também não vem mal ao mundo.
Acredito que foi preciso passar por tudo o que passei até agora, para poder ir aprendendo a dar valor às pessoas que tenho na minha vida no momento. E que tenho de agradecer por TUDO o que tive oportunidade de viver, de fazer, de ser e de experimentar e que me tornou o que hoje sou. Não que me ache alguém de extraordinariamente bom ou de positivo, mas pelo menos vou-me conhecendo um pouco mais e melhor. E esse é o objectivo: mais e melhor!
Não me arrependo de nada. Só do que não fiz. Do que fiz e faço, tento manter uma perspectiva de aprendizagem constante independentemente das consequências serem mais ou menos agradáveis. Não poucas vezes dou por mim a valorizar mais as consequências negativas, as dificuldades e os problemas do que as consequências positivas. O que não implica esforço, o que não nos custa temos tendência a não dar valor.
Desatar laços, cortar amarras, virar a página, encerrar um capítulo da vida, terminar uma relação leva-nos a descobrir em nós mesmos, novos aspectos da nossa maneira de ser que sempre estiveram lá, mas que nem sempre fomos/somos capazes de ver. Da mesma forma, também descobrimos no outro com quem partilhamos tanto tempo da nossa vida, aspectos, facetas, atitudes e comportamentos que não tínhamos visto (ou não quisemos ver!) por aquele prisma.
Não sou daquelas pessoas que quando termina uma relação queima as cartas, devolve os presentes recebidos, destrói fotografias, deita coisas para o lixo, e afins. Tenho guardadas numa caixa cartas, bilhetes, fotos, recados, pequenos nadas que já foram muito. Não consigo apagar pessoas da minha vida, pelo simples facto que se fizesse isso, estaria a apagar o período correspondente que estive com essas pessoas da minha história. E eu preciso de sentir que fiz caminho. Que vivi, senti e experimentei. Que amei e fui amado. Que construí memórias e que fui feliz.
Terminar uma relação implica pegar no que resta de nós, juntar os fragmentos do nosso amor-próprio, do que resta da nossa auto-estima e sair porta fora. Levar connosco o que sobrou. O que o outro e nós mesmos fomos capazes de preservar, de manter.
O resto, as coisas que se juntaram, que se foram colecionando, amontoando e que em muitas casos constituem tanta bagagem que só de pensar em carregar tudo, nos parece mais fácil ir ficando como se está, são coisas. E as coisas não são importantes, por muito que tenham custado, por difícil e injusta que seja a divisão dos tarecos. Por irracionais que as pessoas se tornem quando por incapacidade de lidar com a frustração ou rejeição pretendem correr com o outro para fora da sua vida. Haja a presença de espírito para que, pelo menos uma das partes, se mantenha calma, tranquila e ponderada.
Acredito que as pessoas que se cruzam na nossa vida estão lá por uma razão. Por um motivo. Mesmo que agora não seja capaz de o perceber, de ver isso, creio que serei capaz de perceber o porquê mais tarde. E se não o perceber, paciência. Também não vem mal ao mundo.
Acredito que foi preciso passar por tudo o que passei até agora, para poder ir aprendendo a dar valor às pessoas que tenho na minha vida no momento. E que tenho de agradecer por TUDO o que tive oportunidade de viver, de fazer, de ser e de experimentar e que me tornou o que hoje sou. Não que me ache alguém de extraordinariamente bom ou de positivo, mas pelo menos vou-me conhecendo um pouco mais e melhor. E esse é o objectivo: mais e melhor!
sábado, 3 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Frases tuas #1
"Quando tu nasceste, já eu fazia cocó duro!"
Foi das primeiras coisas que me disseste quando começamos a conversar sobre cada um de nós. Ri-me, claro! Não sabia que fazer cocó duro era sinal de "status". Muito menos que isso pudesse ser usado com orgulho e galhardia!! Mas pensando bem, à quantidade de porcaria que faz quem nos tem governado...
Sempre disseste esta frase, referindo-te à nossa pequena diferença de idades. Mas como se fosse para ti um orgulho o seres um pouquinho mais velha do que eu. Velha, não! Experiente! Experiente, não! Vivida! Eh pá... Vivida pode ter outro tipo de conotações... Gasta?! Usada?! Experimentada?! Acho que qualquer palavra que procure é passível de ser mal interpretada. Assim sendo, vou avançar. :D
Na verdade, não é por fazeres cocó duro há mais tempo que gosto de ti. Bem vistas as coisas, só gosto da frase porque me lembro sempre da tua expressão quando a disseste. Faz parte da nossa história!
Olha, lembras-te disto?
Olha, lembras-te disto?
Break!
3 dias sem escrever.
Parecia-me menos. Sim, que se conseguir acabar de escrever este post e publicá-lo antes da meia-noite, tecnicamente, serão apenas dois dias sem publicar. Não que haja obrigação ou compromisso. Não houve, há ou haverá.
Motivos para não ter escrito nestes dois dias? Só há um: chama-se viver!
Viver ao vivo e a cores, experimentando sítios, visitando locais. Travando conhecimento com cheiros, gostos, cores, formas, sabores. Viver a sentir o frio nas mãos e nos pés gelados, o vento na cara, o calor tímido do sol nestes dias de temperaturas de um só dígito. Viver com uma chávena de chá quente nas mãos, para afastar a sensação de "frescura" que paira no interior da boca.
Viver a companhia de alguém que é (muito!) amado, querido, desejado e acarinhado. Alguém com quem um monte de coisas (algumas novas!) fazem TODO o sentido. Alguém que mora comigo, no coração e na nova casa de janelas verdes. Na casa onde quero viver todos os dias. Onde quero acordar e adormecer. De preferência contigo nos braços.
Parecia-me menos. Sim, que se conseguir acabar de escrever este post e publicá-lo antes da meia-noite, tecnicamente, serão apenas dois dias sem publicar. Não que haja obrigação ou compromisso. Não houve, há ou haverá.
Motivos para não ter escrito nestes dois dias? Só há um: chama-se viver!
Viver ao vivo e a cores, experimentando sítios, visitando locais. Travando conhecimento com cheiros, gostos, cores, formas, sabores. Viver a sentir o frio nas mãos e nos pés gelados, o vento na cara, o calor tímido do sol nestes dias de temperaturas de um só dígito. Viver com uma chávena de chá quente nas mãos, para afastar a sensação de "frescura" que paira no interior da boca.
Viver a companhia de alguém que é (muito!) amado, querido, desejado e acarinhado. Alguém com quem um monte de coisas (algumas novas!) fazem TODO o sentido. Alguém que mora comigo, no coração e na nova casa de janelas verdes. Na casa onde quero viver todos os dias. Onde quero acordar e adormecer. De preferência contigo nos braços.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Saudades
Saudades de ti.
Saudades de estar contigo.
Saudades de te poder abraçar.
Saudades de sentir o toque da tua mão.
Saudades da leve pressão dos teus lábios nos meus.
Saudades de tocar-te a pele com a ponta dos dedos e provocar arrepios. De despertar desejos.
Saudades de te ver juntinho a mim, no carro, na cama, na banheira cheia de água e de conversarmos.
Saudades de te massajar as costas e assim te aliviar as dores, te deixar descontraída e relaxada e mais tu.
Saudades de te sussurrar ao ouvido com voz rouca (de emoção) que te amo e que és a mulher que toda a vida procurei.
E que encontrei, quando não estava à procura e até já pensava que te não iria encontrar nunca.
Mas nunca é uma palavra demasiado definitiva. E a vida teima em mostrar-nos que não há nunca, nem sempre nem certezas absolutas. E tu surgiste. E aqui estás. Aqui estamos. E que extraordinária viagem que tem sido esta nossa viagem!
Não tenho bilhete, destino ou percurso. Mas tenho companhia. E isso é o fundamental. A felicidade é possível de alcançar sozinho. Mas repartir a felicidade que se traz dentro com alguém que pretende fazer o mesmo connosco é uma outra forma de atingir o máximo de nós mesmos. Sem falsas expectativas. Que vamos ter momentos e situações menos boas. É inevitável!
Assim como é possível que as consigamos vencer se nos mantivermos, ambos, focados em algo maior do que o ego: no amor que somos e sentimos.
Saudades de estar contigo.
Saudades de te poder abraçar.
Saudades de sentir o toque da tua mão.
Saudades da leve pressão dos teus lábios nos meus.
Saudades de tocar-te a pele com a ponta dos dedos e provocar arrepios. De despertar desejos.
Saudades de te ver juntinho a mim, no carro, na cama, na banheira cheia de água e de conversarmos.
Saudades de te massajar as costas e assim te aliviar as dores, te deixar descontraída e relaxada e mais tu.
Saudades de te sussurrar ao ouvido com voz rouca (de emoção) que te amo e que és a mulher que toda a vida procurei.
E que encontrei, quando não estava à procura e até já pensava que te não iria encontrar nunca.
Mas nunca é uma palavra demasiado definitiva. E a vida teima em mostrar-nos que não há nunca, nem sempre nem certezas absolutas. E tu surgiste. E aqui estás. Aqui estamos. E que extraordinária viagem que tem sido esta nossa viagem!
Não tenho bilhete, destino ou percurso. Mas tenho companhia. E isso é o fundamental. A felicidade é possível de alcançar sozinho. Mas repartir a felicidade que se traz dentro com alguém que pretende fazer o mesmo connosco é uma outra forma de atingir o máximo de nós mesmos. Sem falsas expectativas. Que vamos ter momentos e situações menos boas. É inevitável!
Assim como é possível que as consigamos vencer se nos mantivermos, ambos, focados em algo maior do que o ego: no amor que somos e sentimos.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Sons! #2
Se cuidas de mim
Eu cuido de ti também
Dentro da minha mão
Eu guardo te bem
Se amarmos do princípio
Se perdermos tudo outra vez
Vou marcar-te bem
Como um sonho vão
Dentro da minha mão
Eu cuido de ti também
Dentro da minha mão
Eu guardo te bem
Se amarmos do princípio
Se perdermos tudo outra vez
Vou marcar-te bem
Como um sonho vão
Dentro da minha mão
Se cuidas de mim
Eu cuido de ti também
Se vens em paz
Eu venho por bem
Se formos bebendo
O chão deste caminho
Vou guardar-te bem
Agora que sei
Que não vou sozinho
Eu cuido de ti também
Se vens em paz
Eu venho por bem
Se formos bebendo
O chão deste caminho
Vou guardar-te bem
Agora que sei
Que não vou sozinho
Há uma praia depois da sombra
Uma clareira p'ra iluminar
Há um abrigo no meio das ondas
Tu a caminho p'ra iluminar
Uma clareira p'ra iluminar
Há um abrigo no meio das ondas
Tu a caminho p'ra iluminar
Por isso vem...
Redes sociais
O sapo tem uma página no facebook. Ultimamente o sapo pouco tem usado o facebook. Vai vendo as novidades, dando os parabéns, adicionando uma ou outra pessoa. O sapo gosta de fotografia e o facebook do sapo tem uns poucos de álbuns de fotografias.
Hoje vi pelo facebook este vídeo.
Muita gente a comentar. Que iam "desamigar-se" de algumas pessoas, que iam fazer uma limpeza étnica, ao melhor estilo conflito dos Balcãs, à lista de amizades do fb. Que era inadmissível ter pessoas na lista de "amigos" que nunca tinham comentado o que se publica, com quem nunca tinham interagido(?) na rede social, e patati, patatá...
Penso que será relativamente fácil fazer um video (está interessante e tem o mérito de pôr as pessoas a reflectir sobre as práticas relacionais, ainda que virtuais!) onde se exprima uma opinião e um ponto de vista. Não sei até que ponto será eficaz do ponto de vista da mudança de hábitos das pessoas. Porque ver o video e pensar "é isto mesmo! vou já eliminar este e aquela e mais o outro!" é uma coisa bem diferente de chegar à lista de amigos e eliminar mesmo as pessoas! Ou limitar o acesso ao que podem ver da nossa página. Parece que ficamos com alguma forma de sentimento de culpa (gosto muito pouco desta palavra!). Como se estivéssemos a defraudar as expectativas das pessoas a quem fizéssemos isso!
O conceito do facebook é interessante. Mas rapidamente descamba quando chama a todos os nossos contactos "amigos". Já nos aconteceu a todos receber um pedido de "amizade" de alguém e pensar "Ãh?! Quem? Este quer ser meu amigo/a? Antes rebentar-me uma veia na cabeça!!!" E aí, o vídeo toca na ferida: ou o conceito de amigo da esmagadora maioria de nós é muito muito relativo ou anda muita gente desesperada! Sempre me fez alguma confusão a rapidez com que as pessoas se chamam de amigos. Eu tenho amigos. Poucos. Mas os suficientes!
Tenho alguns amigos que fiam melindrados quando lhes digo que não são os meus amigos de todas as horas. Mas que são os amigos de muitas horas. Não o digo para chatear, para os fazer sentir mal ou para de alguma forma me salientar no meio deles. Digo porque é o que sinto. Se os meus amigos todos se juntassem, conseguiriam escrever toda a minha vida. (ou quase toda porque há coisas que nem a mim confesso!) Mas há amigos com quem gosto de estar mais numas situações e outros noutras. E isto não faz de mim melhor nem pior.
Tenho amigos indefectíveis. Daqueles que não viram as costas nem que eu mate a avó para vender os dentes de ouro. E esses são os que habitam comigo na minha reserva da vida privada. Que vão sabendo de tudo, embora nem sempre na altura em que as coisas acontecem. Que me levantam quando fui atropelado por uma manada em fúria. Levantam, cuidam de mim, ajudam a tratar das feridas e, no processo, me dão forte e feio na cabeça para ver se ganho juízo. E sim, estão no facebook. Mas não é por lá que interajo com eles. Não é por comentar o que escrevem ou publicam no fb que me sinto mais próximo deles.
Engraçado como as ferramentas de comunicação podem servir para nos afastarmos das pessoas e mantermos as pessoas afastadas de nós. Pôr um gosto ou um :) ou lol numa qualquer publicação, faz com que sintamos, que de certa forma, a nossa obrigação de contacto com aquela pessoa está cumprida. E isso é como desenhar uma linha, um limite que não queremos que seja ultrapassado. Isso ou pura e simplesmente deixar de comentar (seja de que forma for) o que pessoas que já foram importantes, mas que deixaram de o ser, fazem, escrevem, onde estiveram... Mas quem fala do facebook, fala dos telemóveis... Quem é que nunca deu graças por estar ao telemóvel quando se cruzou com alguém na rua com quem não quer falar? Ou pior: quem é que nunca fingiu estar ao telemóvel para evitar conversar com alguém?
Tchiiiiiii! tantos braços no ar! :D
Hoje vi pelo facebook este vídeo.
Muita gente a comentar. Que iam "desamigar-se" de algumas pessoas, que iam fazer uma limpeza étnica, ao melhor estilo conflito dos Balcãs, à lista de amizades do fb. Que era inadmissível ter pessoas na lista de "amigos" que nunca tinham comentado o que se publica, com quem nunca tinham interagido(?) na rede social, e patati, patatá...
Penso que será relativamente fácil fazer um video (está interessante e tem o mérito de pôr as pessoas a reflectir sobre as práticas relacionais, ainda que virtuais!) onde se exprima uma opinião e um ponto de vista. Não sei até que ponto será eficaz do ponto de vista da mudança de hábitos das pessoas. Porque ver o video e pensar "é isto mesmo! vou já eliminar este e aquela e mais o outro!" é uma coisa bem diferente de chegar à lista de amigos e eliminar mesmo as pessoas! Ou limitar o acesso ao que podem ver da nossa página. Parece que ficamos com alguma forma de sentimento de culpa (gosto muito pouco desta palavra!). Como se estivéssemos a defraudar as expectativas das pessoas a quem fizéssemos isso!
O conceito do facebook é interessante. Mas rapidamente descamba quando chama a todos os nossos contactos "amigos". Já nos aconteceu a todos receber um pedido de "amizade" de alguém e pensar "Ãh?! Quem? Este quer ser meu amigo/a? Antes rebentar-me uma veia na cabeça!!!" E aí, o vídeo toca na ferida: ou o conceito de amigo da esmagadora maioria de nós é muito muito relativo ou anda muita gente desesperada! Sempre me fez alguma confusão a rapidez com que as pessoas se chamam de amigos. Eu tenho amigos. Poucos. Mas os suficientes!
Tenho alguns amigos que fiam melindrados quando lhes digo que não são os meus amigos de todas as horas. Mas que são os amigos de muitas horas. Não o digo para chatear, para os fazer sentir mal ou para de alguma forma me salientar no meio deles. Digo porque é o que sinto. Se os meus amigos todos se juntassem, conseguiriam escrever toda a minha vida. (ou quase toda porque há coisas que nem a mim confesso!) Mas há amigos com quem gosto de estar mais numas situações e outros noutras. E isto não faz de mim melhor nem pior.
Tenho amigos indefectíveis. Daqueles que não viram as costas nem que eu mate a avó para vender os dentes de ouro. E esses são os que habitam comigo na minha reserva da vida privada. Que vão sabendo de tudo, embora nem sempre na altura em que as coisas acontecem. Que me levantam quando fui atropelado por uma manada em fúria. Levantam, cuidam de mim, ajudam a tratar das feridas e, no processo, me dão forte e feio na cabeça para ver se ganho juízo. E sim, estão no facebook. Mas não é por lá que interajo com eles. Não é por comentar o que escrevem ou publicam no fb que me sinto mais próximo deles.
Engraçado como as ferramentas de comunicação podem servir para nos afastarmos das pessoas e mantermos as pessoas afastadas de nós. Pôr um gosto ou um :) ou lol numa qualquer publicação, faz com que sintamos, que de certa forma, a nossa obrigação de contacto com aquela pessoa está cumprida. E isso é como desenhar uma linha, um limite que não queremos que seja ultrapassado. Isso ou pura e simplesmente deixar de comentar (seja de que forma for) o que pessoas que já foram importantes, mas que deixaram de o ser, fazem, escrevem, onde estiveram... Mas quem fala do facebook, fala dos telemóveis... Quem é que nunca deu graças por estar ao telemóvel quando se cruzou com alguém na rua com quem não quer falar? Ou pior: quem é que nunca fingiu estar ao telemóvel para evitar conversar com alguém?
Tchiiiiiii! tantos braços no ar! :D
domingo, 27 de novembro de 2011
Domingo à noite
Momento de balanço.
Momento de pôr em perspectiva o que sucedeu nos últimos dias e mais uma vez o saldo é francamente positivo. Dois dias foras daqui a fazer caminho novo, na casa nova de janelas verdes. Dois dias a ser feliz. Completamente feliz. Dois dias sem ter de me preocupar com o quê, onde, a que horas, porquê, de que forma, o que é preciso, como se resolve, porque pura e simplesmente não houve motivos de tensão.
Dois dias de passeio, passeio e bom trato. É bom sair da rotina, estar com quem se gosta, conhecer algo de novo, sítios, monumentos, localidades e conhecer-te melhor em situações diferentes. É bom sentir-te tranquila e descansada. E feliz e sorridente e despreocupada e sem dores de cabeça, sejam elas quais forem. Sabe bem desligar a ficha e lançar-me em nós, na bolha, no nosso mar da tranquilidade em que tudo parece mais simples e fácil de resolver. É bom ver-te alimentar-te de tudo o que te faz falta: comida, paz, tranquilidade e calma, para mais facilmente poderes enfrentar o que ainda aí vem.
Continuo a pensar que o pior, o mais difícil, já é passado. Que os desafios que se colocam agora são bem mais fáceis de resolver. Que no último mês se resolveu o mais difícil, o que mais sofrimento causava e que de mais difícil resolução parecia. Continuo a sentir que vale a pena apostar em nós. Que nada se alterou, para menos bom. Que temos uma margem de progressão imensa para o que pretendemos criar para nós. Que por mais difíceis que pareçam os obstáculos, acredito que nos colocam os obstáculos de acordo com a nossa capacidade de os superar. E que se chegamos (chegaste) até aqui, foi porque não somos um obstáculo na vida um do outro. Antes uma oportunidade de crescer. De sermos mais e melhor. De juntos sermos bem mais do que a soma de tu e eu.
Este é o caminho certo.
Este é o caminho.
És tu!
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Casas
Sempre tive o sonho de comprar uma casa antiga, daquelas em que as paredes têm quase dois metros de espessura, com chão de soalho corrido, portas com bandeira, escadas de pedra no exterior gastas pelo uso escadas de madeira no interior. Tão usadas que ganharam a forma adoçada dos pés que as subiram e desceram.
Com quintal, porta de madeira, janelas de guilhotina, lareira de pedra e pias de pedra mármore, gastas pelo tempo e pelo uso.
Gosto de casas com história, de casas que foram vividas. Com lágrimas e sorrisos, com marcas de uso. E ultimamente dou por mim a gostar de uma casa em particular. Uma casa nova. Uma casa de janelas verdes e grandes. Lavadinhas. Transparentes. Que deixam ver o que lá vai dentro. Dou por mim a desejar habitar nesta casa. Morar nela. Ocupá-la. Entrar, (com licença!), e ir descobrindo os recantos, as divisões, os armários de parede, onde me posso esconder quando quero fugir do mundo. De ir conhecendo os cheiros e as cores das diferentes divisões. De ver as vistas que dela se alcançam. Subir ao sótão, chegar ao telhado. Abrir as janelas e as varandas, sentir o ar a circular pela casa, evitar que as portas batam com o vento. Varrer o pó, sacudir os tapetes, lavar as cortinas. Não quero mudar nada nesta casa. Fica tudo como está
Descer à cave. Procurar os segredos que nela se escondem. Arranjar um pouquinho de espaço para arrumar nela algumas das memórias que tenho. Um pouco do que fui e muito do que sou ainda.
Abrir as torneiras, sentir a água a jorrar da torneira e permitir que leve consigo, pelos canos, o que me deixa menos alegre, menos sorridente, menos feliz. Permitir que a casa seja uma oportunidade de continuar a mudar a minha vida, rumo ao objectivo que me propus, de ser mais e melhor.
Gosto desta casa nova!
Muito!
Com quintal, porta de madeira, janelas de guilhotina, lareira de pedra e pias de pedra mármore, gastas pelo tempo e pelo uso.
Gosto de casas com história, de casas que foram vividas. Com lágrimas e sorrisos, com marcas de uso. E ultimamente dou por mim a gostar de uma casa em particular. Uma casa nova. Uma casa de janelas verdes e grandes. Lavadinhas. Transparentes. Que deixam ver o que lá vai dentro. Dou por mim a desejar habitar nesta casa. Morar nela. Ocupá-la. Entrar, (com licença!), e ir descobrindo os recantos, as divisões, os armários de parede, onde me posso esconder quando quero fugir do mundo. De ir conhecendo os cheiros e as cores das diferentes divisões. De ver as vistas que dela se alcançam. Subir ao sótão, chegar ao telhado. Abrir as janelas e as varandas, sentir o ar a circular pela casa, evitar que as portas batam com o vento. Varrer o pó, sacudir os tapetes, lavar as cortinas. Não quero mudar nada nesta casa. Fica tudo como está
Descer à cave. Procurar os segredos que nela se escondem. Arranjar um pouquinho de espaço para arrumar nela algumas das memórias que tenho. Um pouco do que fui e muito do que sou ainda.
Abrir as torneiras, sentir a água a jorrar da torneira e permitir que leve consigo, pelos canos, o que me deixa menos alegre, menos sorridente, menos feliz. Permitir que a casa seja uma oportunidade de continuar a mudar a minha vida, rumo ao objectivo que me propus, de ser mais e melhor.
Gosto desta casa nova!
Muito!
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Do trabalho
Já aqui disse, e repito, que gosto do que faço.
Gosto de dar aulas, gosto de ensinar, de despertar curiosidade nos alunos, de os espicaçar, de estimular a sua criatividade, de os ver de olhos brilhantes e com expressões, de alguma forma, emocionadas, pelo que viram, pelo que aprenderam.
Vem isto a propósito de algumas cenas lamentáveis que têm ocorrido dentro e fora da escola em que alunas (!) se têm agredido fisicamente (sim, que as agressões verbais, são muito muito mais frequentes!), em que grassa o desinteresse pela escola e pelas actividades propostas para as aulas, sejam elas mais ou menos práticas.
É difícil saber o que fazer com os alunos, porquanto os alunos não sabem o que andam a fazer na escola, porque motivo têm de aprender conteúdos e matérias e interiorizar normas e regras de saber estar e fazer. Há muita falta de curiosidade, falta de vontade de aprender, de saber, de descobrir o porquê de algumas coisas. Os espíritos estão muito pouco inquietos, aceitam com passividade o que lhes é proposto. Quando não aceitam, não esboçam mais do que um tímido protesto. E mesmo quando o protesto é um pouco mais vigoroso não vão mais além: não há propostas, não têm alternativas, não sabem ou não querem saber.
É desmotivante lidar com pessoas assim. Principalmente com pessoas jovens, que têm hoje acesso a meios de informação e cultura poderosíssimos como a internet e todo o potencial de informação e conteúdos que disponibiliza, na sua maioria gratuitamente. Não deixa de ser curioso que a utilização que os alunos do 3.º ciclo fazem da internet e das TIC em geral não seja mais do que jogar, utilizar as redes sociais (msn, facebook), email, sites de partilha de ficheiros P2P, e muito pouco mais. A ideia de os alunos fazerem um trabalho de um qualquer tema, para uma qualquer disciplina é traduzido por eles como vai a um motor de busca, faz uma pesquisa, vê o primeiro resultado, selecciona, copia, cola num documento, muda o tipo de letra, junta duas figuras, diz que foste tu que o fizeste e entrega. Lembro-me de, no ano lectivo de 2008/2009 ter dado 0 (zero) à maioria dos alunos de uma turma de oitavo ano que tinha de fazer uns trabalhos individuais. Houve dois alunos que tiveram avaliação positiva.
Os miúdos até gostam da escola. Não gostam é daqueles bocados de 45 ou 90 minutos, que ocorrem dentro das salas, e a que se chama aulas. Os professores são uma seca, as aulas são uma seca, aprender é uma seca, a escola é uma seca. Mas não deixam de vir. Não deixam de aproveitar a internet wireless gratuita da escola; nem a electricidade com que carregam todos os aparelhos electrónicos possíveis e imaginários: pc's, telemóveis, mp3 e mp4, playstations e outras consolas, os preços mais baixos do bar da escola, nem o aquecimento.
Sim, eu sei. Estou a pintar o quadro demasiado negro. Mas quando há uma semana disse a uma turma, que na aula de 90 minutos da semana seguinte teriam de trazer o material resultante da pesquisa para fazer cartolinas sobre um conjunto de países que tinhamos estado a estudar; quando entro na sala no dia em que, tudo o que teriam a fazer seria fazer as colagens da cartolina, e me deparo com três dos seis grupos, sem qualquer tipo de material, e com as desculpas do costume (o cão comeu, está na pen, esqueci-me, foi o outro elemento que ficou de trazer e não trouxe) e se tem meia turma a olhar para o tecto... E quando isto acontece menos de duas semanas depois de na mesma turma lhes ter pedido para fazerem resumos que seriam analisados e completados e que serviriam para que estudassem para o teste de avaliação e não houve um único aluno que o tivesse feito...
Sim. A frustração instala-se. Não totalmente. Não é desânimo ou descrença, mas começa a faltar qualquer coisa que me faça ter vontade de preparar aulas diferentes e mais activas para os alunos. Os meninos queixam-se de falta de motivação. Eu chamo-lhe preguiça e falta de objectivos pessoais e de vida.
Gosto de dar aulas, gosto de ensinar, de despertar curiosidade nos alunos, de os espicaçar, de estimular a sua criatividade, de os ver de olhos brilhantes e com expressões, de alguma forma, emocionadas, pelo que viram, pelo que aprenderam.
Vem isto a propósito de algumas cenas lamentáveis que têm ocorrido dentro e fora da escola em que alunas (!) se têm agredido fisicamente (sim, que as agressões verbais, são muito muito mais frequentes!), em que grassa o desinteresse pela escola e pelas actividades propostas para as aulas, sejam elas mais ou menos práticas.
É difícil saber o que fazer com os alunos, porquanto os alunos não sabem o que andam a fazer na escola, porque motivo têm de aprender conteúdos e matérias e interiorizar normas e regras de saber estar e fazer. Há muita falta de curiosidade, falta de vontade de aprender, de saber, de descobrir o porquê de algumas coisas. Os espíritos estão muito pouco inquietos, aceitam com passividade o que lhes é proposto. Quando não aceitam, não esboçam mais do que um tímido protesto. E mesmo quando o protesto é um pouco mais vigoroso não vão mais além: não há propostas, não têm alternativas, não sabem ou não querem saber.
É desmotivante lidar com pessoas assim. Principalmente com pessoas jovens, que têm hoje acesso a meios de informação e cultura poderosíssimos como a internet e todo o potencial de informação e conteúdos que disponibiliza, na sua maioria gratuitamente. Não deixa de ser curioso que a utilização que os alunos do 3.º ciclo fazem da internet e das TIC em geral não seja mais do que jogar, utilizar as redes sociais (msn, facebook), email, sites de partilha de ficheiros P2P, e muito pouco mais. A ideia de os alunos fazerem um trabalho de um qualquer tema, para uma qualquer disciplina é traduzido por eles como vai a um motor de busca, faz uma pesquisa, vê o primeiro resultado, selecciona, copia, cola num documento, muda o tipo de letra, junta duas figuras, diz que foste tu que o fizeste e entrega. Lembro-me de, no ano lectivo de 2008/2009 ter dado 0 (zero) à maioria dos alunos de uma turma de oitavo ano que tinha de fazer uns trabalhos individuais. Houve dois alunos que tiveram avaliação positiva.
Os miúdos até gostam da escola. Não gostam é daqueles bocados de 45 ou 90 minutos, que ocorrem dentro das salas, e a que se chama aulas. Os professores são uma seca, as aulas são uma seca, aprender é uma seca, a escola é uma seca. Mas não deixam de vir. Não deixam de aproveitar a internet wireless gratuita da escola; nem a electricidade com que carregam todos os aparelhos electrónicos possíveis e imaginários: pc's, telemóveis, mp3 e mp4, playstations e outras consolas, os preços mais baixos do bar da escola, nem o aquecimento.
Sim, eu sei. Estou a pintar o quadro demasiado negro. Mas quando há uma semana disse a uma turma, que na aula de 90 minutos da semana seguinte teriam de trazer o material resultante da pesquisa para fazer cartolinas sobre um conjunto de países que tinhamos estado a estudar; quando entro na sala no dia em que, tudo o que teriam a fazer seria fazer as colagens da cartolina, e me deparo com três dos seis grupos, sem qualquer tipo de material, e com as desculpas do costume (o cão comeu, está na pen, esqueci-me, foi o outro elemento que ficou de trazer e não trouxe) e se tem meia turma a olhar para o tecto... E quando isto acontece menos de duas semanas depois de na mesma turma lhes ter pedido para fazerem resumos que seriam analisados e completados e que serviriam para que estudassem para o teste de avaliação e não houve um único aluno que o tivesse feito...
Sim. A frustração instala-se. Não totalmente. Não é desânimo ou descrença, mas começa a faltar qualquer coisa que me faça ter vontade de preparar aulas diferentes e mais activas para os alunos. Os meninos queixam-se de falta de motivação. Eu chamo-lhe preguiça e falta de objectivos pessoais e de vida.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Amanheceres
O dia no charco amanheceu bonito.
O céu está vestido de azul e o sol resolveu engalanar-se do mais belo tom de luz e vai derramando sobre tudo à sua volta a claridade enquanto aquece as pedras, as árvores,os campos que cansados de chuva, parecem respirar um pouco melhor e vão libertando os seus humores sob a forma de vapor de água.
Assim quase que apetece saltar cedo da cama. Quase que dá vontade de acordar ainda de madrugada, vestir, preparar um lanchinho, colocar a mochila às costas e ir. Sim, a pé, claro! Ir descobrir percursos novos, novas paisagens e vistas.
Cansar o corpo para descansar a mente. Encontrar tempo para se encontrar a si mesmo. Ir andando e vendo e enquanto se anda e vê, vai-se vendo o que se traz por dentro que pesa, que faz frio e ter receios.
O dia amanheceu bonito e por ter amanhecido bonito cuidei que fosse mais fácil sentir-me assim também. E no entanto, o amanhecer bonito pouco tem a ver com o que decido sentir, experimentar e viver. O dia amanheceu bonito e mesmo que cá dentro esteja um pouco menos claro, um pouco mais nublado eu escolho sentir-me bem. Não bem de eufórico. Não bem de entusiasmado. Mas bem! Daquele bem que pode até não ser suficiente para me deixar com um sorriso de orelha a orelha, mas que é aquele bem que me deixa tranquilo. Porque o que preciso é de estar tranquilo. E de te passar essa tranquilidade, calma e segurança.
As apostas são altas, mas a recompensa é ainda mais elevada. E vale a pena arriscar. Vale a pena arriscar quando o que há a ganhar é tanto que apenas a perspectiva de isso acontecer nos submerge e deixa mergulhado num estado de alegria imensa.
Por isso, hoje o dia amanheceu bonito. E a luz do sol inspira-me tranquilidade.
Porque estou seguro do que sinto por ti.
Seguro do que sentes por mim.
E tranquilo!
O céu está vestido de azul e o sol resolveu engalanar-se do mais belo tom de luz e vai derramando sobre tudo à sua volta a claridade enquanto aquece as pedras, as árvores,os campos que cansados de chuva, parecem respirar um pouco melhor e vão libertando os seus humores sob a forma de vapor de água.
Assim quase que apetece saltar cedo da cama. Quase que dá vontade de acordar ainda de madrugada, vestir, preparar um lanchinho, colocar a mochila às costas e ir. Sim, a pé, claro! Ir descobrir percursos novos, novas paisagens e vistas.
Cansar o corpo para descansar a mente. Encontrar tempo para se encontrar a si mesmo. Ir andando e vendo e enquanto se anda e vê, vai-se vendo o que se traz por dentro que pesa, que faz frio e ter receios.
O dia amanheceu bonito e por ter amanhecido bonito cuidei que fosse mais fácil sentir-me assim também. E no entanto, o amanhecer bonito pouco tem a ver com o que decido sentir, experimentar e viver. O dia amanheceu bonito e mesmo que cá dentro esteja um pouco menos claro, um pouco mais nublado eu escolho sentir-me bem. Não bem de eufórico. Não bem de entusiasmado. Mas bem! Daquele bem que pode até não ser suficiente para me deixar com um sorriso de orelha a orelha, mas que é aquele bem que me deixa tranquilo. Porque o que preciso é de estar tranquilo. E de te passar essa tranquilidade, calma e segurança.
As apostas são altas, mas a recompensa é ainda mais elevada. E vale a pena arriscar. Vale a pena arriscar quando o que há a ganhar é tanto que apenas a perspectiva de isso acontecer nos submerge e deixa mergulhado num estado de alegria imensa.
Por isso, hoje o dia amanheceu bonito. E a luz do sol inspira-me tranquilidade.
Porque estou seguro do que sinto por ti.
Seguro do que sentes por mim.
E tranquilo!
terça-feira, 22 de novembro de 2011
amigos
São aqueles que estão sempre connosco, mesmo que não estejamos com eles por meses. E se lhes ligamos no telefone, parece que ainda há pouco estivemos com eles!
São aqueles que se alegram connosco porque estamos alegres, que nos ouvem quando precisamos de alguém que se disponha a servir de muro das lamentações, mas que ao mesmo tempo, não nos passa as mãos pela cabeça, antes nos faz ouvir o que precisamos de ouvir, por muito duro e difícil que seja.
São os amigos em quem pensamos assim que pensamos em amigos. Ou em quem sabemos que podemos confiar qualquer coisa. QUALQUER coisa mesmo!
São aquelas pessoas que nos dizem: "podes fazer a maior burrice do mundo, a maior merda, que eu vou continuar a gostar de ti, e mesmo dando-te na cabeça, vou ser sempre teu amigo." e "estou sempre cá para ti!"
São imprescindíveis, inesquecíveis e surgem quando e de onde menos se espera. Sim, porque os amigos são aquele tipo de pessoas que estão por toda a parte, que não se distinguem por nenhuma característica física especial, porque o que os torna especiais, não é o aspecto exterior, mas sim o que nos dizem, e o bem que nos fazem sentir!
São aqueles que se alegram connosco porque estamos alegres, que nos ouvem quando precisamos de alguém que se disponha a servir de muro das lamentações, mas que ao mesmo tempo, não nos passa as mãos pela cabeça, antes nos faz ouvir o que precisamos de ouvir, por muito duro e difícil que seja.
São os amigos em quem pensamos assim que pensamos em amigos. Ou em quem sabemos que podemos confiar qualquer coisa. QUALQUER coisa mesmo!
São aquelas pessoas que nos dizem: "podes fazer a maior burrice do mundo, a maior merda, que eu vou continuar a gostar de ti, e mesmo dando-te na cabeça, vou ser sempre teu amigo." e "estou sempre cá para ti!"
São imprescindíveis, inesquecíveis e surgem quando e de onde menos se espera. Sim, porque os amigos são aquele tipo de pessoas que estão por toda a parte, que não se distinguem por nenhuma característica física especial, porque o que os torna especiais, não é o aspecto exterior, mas sim o que nos dizem, e o bem que nos fazem sentir!
Fim da batalha! Final da guerra?
Ontem no final de um dia bom, de um dia feliz, ao chegar a casa resolvi, antes de me entregar ao sono, fazer a ronda pelos sites do costume a ver se havia novidades. E havia! Novidades boas! E sentir que está fechado (definitivamente, espero!) um assunto desagradável, que me trazia preocupado foi um outro final de dia bom. Não era o que eu teria preferido, se tivesse hipótese de escolha, mas foi muito bom, ver resolvido mais um assunto pendente. Menos uma coisa que me preocupa! Menos uma coisa com que tenho de entrar em linha de conta quando se trata de fazer planos, de traçar destinos e rotas.
Obrigado a quem me apoiou, a quem me deu força, me orientou, me ajudou em tantos momentos e de tantas formas diferentes!
Hoje amanheci mais leve!
Sei que devia estar feliz, mas na verdade, sinto-me mais aliviado do que feliz. Aliviado por saber que um acto irreflectido da minha parte (que podia ter tido consequências muito graves!) acabou por ser apenas um incómodo. Desagradável, aborrecido, que mexeu comigo. Mas ainda assim apenas um incómodo.
Obrigado a quem me apoiou, a quem me deu força, me orientou, me ajudou em tantos momentos e de tantas formas diferentes!
Hoje amanheci mais leve!
Sei que devia estar feliz, mas na verdade, sinto-me mais aliviado do que feliz. Aliviado por saber que um acto irreflectido da minha parte (que podia ter tido consequências muito graves!) acabou por ser apenas um incómodo. Desagradável, aborrecido, que mexeu comigo. Mas ainda assim apenas um incómodo.
domingo, 20 de novembro de 2011
No meio da ponte (capítulo 9)
"E lá vai ela.
A fazer algo que eu sei que tem de ser feito. A encerrar um capítulo. A fechar uma porta. Tem de ser. É doloroso, mas tem de ser. O que posso fazer? Aguardar. E estar cá quando ela regressar.
Disse-lhe tudo isto e mais. Disse-lhe que não tem de se sentir responsável pelo estado em que fica o caminho que escolheu deixar. Que na verdade, outras pessoas haverão de querer trilhar esse caminho. E que não pode querer percorrer um caminho tendo outro em mente. Muito menos, achar-se responsável pelo que acontecerá ao outro caminho. E não se trata de egoísmo. Trata-se de não ser justo para nenhuma das partes. Nem para ela, nem para ele. Para ele, porque não é justo ser rejeitado e depois ter de lidar amiúde com quem nos rejeitou. É uma questão de amor próprio, de auto-preservação. Para ela, porque se fez a opção, se decidiu, não tem de viver presa a algo que não quer. Mesmo que isso implique passar por ser apelidada de fria, de sem-coração. Ela sabe que não é assim. Eu também!
Ninguém gosta de ser deixado. É verdade. Todos preferimos ser acolhidos e gostados. A questão que se coloca é: até onde vai o sentimento de culpa? Até que ponto deve haver sentimento de culpa, se a questão é ter deixado de haver sentimento de amor? Um substitui o outro? E porquê? Se deixou de haver amor, que sentido faz ficar com outra pessoa? Por hábito? Por pena? Por rotina? Eu não gostaria de ter alguém comigo por ter pena de mim. Por esse alguém me achar fraco demais para reagir ao impacto. Por duro que seja, não é pior viver a vida sabendo que se viveu uma mentira?
Por mim, vou ficar aqui. À espera que ela volte. Pronto a recebê-la num abraço. E preparado para lhe dar o que ela precisar. Porque é assim: quem ama, cuida."
A fazer algo que eu sei que tem de ser feito. A encerrar um capítulo. A fechar uma porta. Tem de ser. É doloroso, mas tem de ser. O que posso fazer? Aguardar. E estar cá quando ela regressar.
Disse-lhe tudo isto e mais. Disse-lhe que não tem de se sentir responsável pelo estado em que fica o caminho que escolheu deixar. Que na verdade, outras pessoas haverão de querer trilhar esse caminho. E que não pode querer percorrer um caminho tendo outro em mente. Muito menos, achar-se responsável pelo que acontecerá ao outro caminho. E não se trata de egoísmo. Trata-se de não ser justo para nenhuma das partes. Nem para ela, nem para ele. Para ele, porque não é justo ser rejeitado e depois ter de lidar amiúde com quem nos rejeitou. É uma questão de amor próprio, de auto-preservação. Para ela, porque se fez a opção, se decidiu, não tem de viver presa a algo que não quer. Mesmo que isso implique passar por ser apelidada de fria, de sem-coração. Ela sabe que não é assim. Eu também!
Ninguém gosta de ser deixado. É verdade. Todos preferimos ser acolhidos e gostados. A questão que se coloca é: até onde vai o sentimento de culpa? Até que ponto deve haver sentimento de culpa, se a questão é ter deixado de haver sentimento de amor? Um substitui o outro? E porquê? Se deixou de haver amor, que sentido faz ficar com outra pessoa? Por hábito? Por pena? Por rotina? Eu não gostaria de ter alguém comigo por ter pena de mim. Por esse alguém me achar fraco demais para reagir ao impacto. Por duro que seja, não é pior viver a vida sabendo que se viveu uma mentira?
Por mim, vou ficar aqui. À espera que ela volte. Pronto a recebê-la num abraço. E preparado para lhe dar o que ela precisar. Porque é assim: quem ama, cuida."
Frases tuas #0
"Somos o 'modelo chave-fechadura'... assim simples!"
E podemos bem ser.
E o que mais nos apetecer.
Que não me faz diferença que haja quem não entenda, e que me julgue sem estar na posse de todos os factos, sem ter estado com a dúvida no coração, sem saber o que na verdade ia cá por dentro e que mesmo assim, se arrogue defensor e praticante da moral e dos bons costumes. Não me importo. Digam o que disserem, nunca saberão o que sinto por ti, Nem como o que sentes por mim é importante, como me fazes feliz todos os dias. O quão determinados estamos em construir alguma coisa de positivo disto tudo. E como temos vindo a vencer batalhas diárias, com passos pequenos mas seguros, que só nos têm aproximado mais e mais.
Tudo natural, sem ser forçado, sem termos procurado o que quer que fosse. E isso só nos torna mais especiais um para o outro. (sim, especiais, a palavra de que tanto gostas!) Tens razão, caímos no colo um do outro. E que bom que é estar ao teu colo, e ter-te no meu. Não simultaneamente, já que há uma impossibilidade física de isso acontecer, mas de irmos, à vez, dando colinho um ao outro. O nosso compromisso mantém-se intacto! Não lhe altero uma vírgula. Apenas poderemos acrescentar adendas, de maneira a completarmos e aperfeiçoarmos o nós que já somos.
Mesmo que isso provoque comichões e levante dúvidas a quem de fora, sem saber o que quer que seja, se ache no direito de apelidar os comportamentos e as atitudes dos outros.
Apeteces-me
Pode parecer coisa superficial, fruto de um desejo momentâneo, de uma ponta de tesão, de uma necessidade urgente de satisfazer vontades, mas sabes bem que não é assim.
Apeteces-me agora, como me apeteces tantas outras vezes. Apeteces-me de dia e apeteces-me de noite. E também ao amanhecer ou ao entardecer. Quando me olhas com esse teu ar maroto, de menina, perfeitamente consciente do efeito que tens em mim. Quando passas e me apalpas o fofo numa fracção de segundo em que não há ninguém por perto ou me dás beijos clandestinos. Ou quando estamos longe e nos permitimos ser o que nos apetece ser sempre: dois apaixonados, dois cúmplices, dois namorados que não desviam os olhos um do outro, que não conseguem parar de planear o próximo "golpe" e que não conseguem tirar as mãos de cima do outro, mesmo quando há umas dezenas de pares de olhos a ver; dois enamorados que encontram amor, refúgio, tranquilidade, paz, energia, força junto um do outro, no tempo e no espaço que partilham.
Apeteces-me. Não me apetece o teu corpo apenas. Apeteces-me toda, de corpo e alma. Apetece-me o carinho e os amassos, o calor dos beijos e o ritmo do nosso amor bem mexido; a simplicidade de um toque e a força de um beijo, o arrepio da pele e o sabor da língua quente e macia; a ternura do olhar e o sussuro da voz, embargada pela emoção que me diz: quero-te!
Apeteces-me agora, como me apeteces tantas outras vezes. Apeteces-me de dia e apeteces-me de noite. E também ao amanhecer ou ao entardecer. Quando me olhas com esse teu ar maroto, de menina, perfeitamente consciente do efeito que tens em mim. Quando passas e me apalpas o fofo numa fracção de segundo em que não há ninguém por perto ou me dás beijos clandestinos. Ou quando estamos longe e nos permitimos ser o que nos apetece ser sempre: dois apaixonados, dois cúmplices, dois namorados que não desviam os olhos um do outro, que não conseguem parar de planear o próximo "golpe" e que não conseguem tirar as mãos de cima do outro, mesmo quando há umas dezenas de pares de olhos a ver; dois enamorados que encontram amor, refúgio, tranquilidade, paz, energia, força junto um do outro, no tempo e no espaço que partilham.
Apeteces-me. Não me apetece o teu corpo apenas. Apeteces-me toda, de corpo e alma. Apetece-me o carinho e os amassos, o calor dos beijos e o ritmo do nosso amor bem mexido; a simplicidade de um toque e a força de um beijo, o arrepio da pele e o sabor da língua quente e macia; a ternura do olhar e o sussuro da voz, embargada pela emoção que me diz: quero-te!
No meio da ponte (capítulo 8)
"Vou percorrendo os primeiros passos deste caminho, certa de que é por aqui que passa a minha vida. Não estou arrependida de ter escolhido, de ter optado por este caminho.
Porém, detenho-me. Obrigo-me a parar.
Não porque não queira fazer caminho, mas porque por vezes preciso de saber onde tenho os pés, qual o chão que piso. Na verdade, por vezes, desejo correr por este caminho! Pegar na mão e sair a correr e só parar quando estiver bem longe! Mas a verdade é que não tenho motivos porque fugir. Não estou a fazer nada de errado. Não estou a enganar ninguém, nem mesmo a mim própria. E não quero sair desabrida, sem dar conta de tudo o que o caminho tem para me oferecer: as paisagens, as sombras, o vento que sopra meigo e brinca com a minha franja, o luar e as estrelas de uma noite mágica. Preciso de percorrer o caminho com tempo para me ambientar. Para me dar conta de quem sou, do que quero para mim e para nós.
Ainda assim, há laços que me prendem à ponte e ao caminho antigo. Já cortei tantas amarras do peito e ainda me sinto presa. Não quero cortar mais estas porque fazem parte de mim, da minha vida. e se cortar, vou ficar sempre com as pontas atadas em mim, a lembrarem-me que foram cortadas, a manterem-se presentes até se irem desfazendo aos pedaços. Sei que se desatar, embora fique a marca, é mais fácil de apagar, até porque não magoa tanto. Já não aperta. É como a marca do fato de banho no fim do Verão: vai-se esbatendo até se se diluir na pele.
Vou desatar estes últimos nós. Vou preparar-me para com paciência desapertar o resto dos nós, que fui fazendo ficar laços nas últimas semanas. Para ser mais fácil de desatar. Mas preciso ainda da tua ajuda: preciso que esperes por mim, enquanto vou levar as amarras ao outro lado da ponte. Para que o outro caminho não fique sem nada, sem amparo.
É que eu, tenho-te a ti. Mas ele não tem ninguém. Espero que consiga guardar o que de bom e bonito fizemos no caminho até à ponte. E que seja feliz. Se quiser. Sim, começo a perceber quando me dizes que temos o poder de decidir, a cada momento, se queremos ser felizes ou não! A felicidade dele, não passa por mim. E a minha não passa por ele. Dá-me uns momentos para lhe explicar isso. Eu prometo que volto, meu amor!"
Porém, detenho-me. Obrigo-me a parar.
Não porque não queira fazer caminho, mas porque por vezes preciso de saber onde tenho os pés, qual o chão que piso. Na verdade, por vezes, desejo correr por este caminho! Pegar na mão e sair a correr e só parar quando estiver bem longe! Mas a verdade é que não tenho motivos porque fugir. Não estou a fazer nada de errado. Não estou a enganar ninguém, nem mesmo a mim própria. E não quero sair desabrida, sem dar conta de tudo o que o caminho tem para me oferecer: as paisagens, as sombras, o vento que sopra meigo e brinca com a minha franja, o luar e as estrelas de uma noite mágica. Preciso de percorrer o caminho com tempo para me ambientar. Para me dar conta de quem sou, do que quero para mim e para nós.
Ainda assim, há laços que me prendem à ponte e ao caminho antigo. Já cortei tantas amarras do peito e ainda me sinto presa. Não quero cortar mais estas porque fazem parte de mim, da minha vida. e se cortar, vou ficar sempre com as pontas atadas em mim, a lembrarem-me que foram cortadas, a manterem-se presentes até se irem desfazendo aos pedaços. Sei que se desatar, embora fique a marca, é mais fácil de apagar, até porque não magoa tanto. Já não aperta. É como a marca do fato de banho no fim do Verão: vai-se esbatendo até se se diluir na pele.
Vou desatar estes últimos nós. Vou preparar-me para com paciência desapertar o resto dos nós, que fui fazendo ficar laços nas últimas semanas. Para ser mais fácil de desatar. Mas preciso ainda da tua ajuda: preciso que esperes por mim, enquanto vou levar as amarras ao outro lado da ponte. Para que o outro caminho não fique sem nada, sem amparo.
É que eu, tenho-te a ti. Mas ele não tem ninguém. Espero que consiga guardar o que de bom e bonito fizemos no caminho até à ponte. E que seja feliz. Se quiser. Sim, começo a perceber quando me dizes que temos o poder de decidir, a cada momento, se queremos ser felizes ou não! A felicidade dele, não passa por mim. E a minha não passa por ele. Dá-me uns momentos para lhe explicar isso. Eu prometo que volto, meu amor!"
se a minha profissão não fosse a de professor
Não sei qual seria.
E não sei, porque há coisa de dois anos descobri, ou como está muito na moda dizer-se agora, realizei, que ensinar, dar aulas, leccionar, é o que gosto de fazer. Ao fim de 14 anos, posso dizer que faço o que gosto. E isto significa que me queixo muitas vezes do meu trabalho. E que tenho dias em que chego a casa com vontade de mandar tudo para as urtigas, porque os miúdos não estudam, não querem fazer as tarefas, se recusam a aprender, não vêem sentido na escola, batem-se apenas por dois motivos: por tudo e por nada.
E depois tenho outros dias, mais raros, em que o facto de conseguir conversar com um aluno que seja, que me vem pedir opinião para uma qualquer situação da sua vida, (como se eu percebesse muito da vida, para dar palpites sobre a vida dos outros!) me faz sentir mesmo bem e pensar que é esta a compensação que recebemos. Não é o ordenado (professor contratado há 14 anos, estou no mesmo índice de vencimento de há 14anos. Com uma licenciatura e mestrado concluidos antes de Bolonha, ganho 1100€ líquidos por mês); não é o reconhecimento social, que foi destruído por seis anos de governação socialista que arrasaram com a imagem dos professores ao criarem na opinião pública a ideia que os responsáveis por todo o mal do sistema educativo eramos nós; não é pelas regalias da profissão, porque no meu caso, 14 anos lectivos, 14 escolas diferentes, de Norte a Sul do País, com todos os custos que isso acarreta em transportes (que não públicos porque nem sempre há) alojamento (sem contrato nem recibo porque os senhorios não passam) e alimentação (desenvolvi o vicio de comer e não há quem mo tire!!!).
Se não fosse professor, não sei que profissão escolheria. Mas teria de ser alguma em que sentisse que, tal como sinto na escola, seria capaz de fazer a diferença. De mostrar a alguém que há outro caminho, outro trilho a percorrer, outras maneiras de ver, de sentir, de exprimir o que cá vai dentro e o que vida nos oferece!
Por vezes penso em fazer um outro curso superior, numa outra área de formação diferente. Mas nunca sei por onde hei-de seguir. O que escolher? O que eu gosto mesmo é de ser professor, de ensinar, de conversar com os miúdos e sentir que poderei ser responsável pela mudança na vida de algum deles.
Utópico? Com toda a certeza que sim!
Mas já dizia o poeta, "Pelo sonho é que vamos"!
E não sei, porque há coisa de dois anos descobri, ou como está muito na moda dizer-se agora, realizei, que ensinar, dar aulas, leccionar, é o que gosto de fazer. Ao fim de 14 anos, posso dizer que faço o que gosto. E isto significa que me queixo muitas vezes do meu trabalho. E que tenho dias em que chego a casa com vontade de mandar tudo para as urtigas, porque os miúdos não estudam, não querem fazer as tarefas, se recusam a aprender, não vêem sentido na escola, batem-se apenas por dois motivos: por tudo e por nada.
E depois tenho outros dias, mais raros, em que o facto de conseguir conversar com um aluno que seja, que me vem pedir opinião para uma qualquer situação da sua vida, (como se eu percebesse muito da vida, para dar palpites sobre a vida dos outros!) me faz sentir mesmo bem e pensar que é esta a compensação que recebemos. Não é o ordenado (professor contratado há 14 anos, estou no mesmo índice de vencimento de há 14anos. Com uma licenciatura e mestrado concluidos antes de Bolonha, ganho 1100€ líquidos por mês); não é o reconhecimento social, que foi destruído por seis anos de governação socialista que arrasaram com a imagem dos professores ao criarem na opinião pública a ideia que os responsáveis por todo o mal do sistema educativo eramos nós; não é pelas regalias da profissão, porque no meu caso, 14 anos lectivos, 14 escolas diferentes, de Norte a Sul do País, com todos os custos que isso acarreta em transportes (que não públicos porque nem sempre há) alojamento (sem contrato nem recibo porque os senhorios não passam) e alimentação (desenvolvi o vicio de comer e não há quem mo tire!!!).
Se não fosse professor, não sei que profissão escolheria. Mas teria de ser alguma em que sentisse que, tal como sinto na escola, seria capaz de fazer a diferença. De mostrar a alguém que há outro caminho, outro trilho a percorrer, outras maneiras de ver, de sentir, de exprimir o que cá vai dentro e o que vida nos oferece!
Por vezes penso em fazer um outro curso superior, numa outra área de formação diferente. Mas nunca sei por onde hei-de seguir. O que escolher? O que eu gosto mesmo é de ser professor, de ensinar, de conversar com os miúdos e sentir que poderei ser responsável pela mudança na vida de algum deles.
Utópico? Com toda a certeza que sim!
Mas já dizia o poeta, "Pelo sonho é que vamos"!
sábado, 19 de novembro de 2011
da televisão
Por opção, mais ou menos inconsciente deixei de ver televisão em finais do mês de Abril. Na verdade e apesar do charco antigo estar servido de tv com não-sei-quantos-canais, pouca atenção prestava à tv, uma vez que com o horário que tinha e às horas que chegava a casa apetecia-me mais dormir do que ainda ir para a frente da televisão.
As excepções foram dois ou três jogos de futebol e um outro programa. Mas não sei qual a programação actual dos quatro canais generalistas. De maneira que não sinto a falta da "caixa que mudou o mundo" em frente à qual famílias ficam a vegetar às horas das refeições, trocando o diálogo e a partilha pelo olhar fixo no ecrã. Há fenómenos engraçados em que a mesa é posta em função da televisão, ficando lugar vazio na direcção do aparelho.
Não sinto a falta. Não tenho grandes saudades. Talvez de uma série ou outra, mas não tenho saudades. A programação é tão, mas tão má que salvo honrosas excepções a um ou outro filme ou documentário, não dá vontade de ver. O tele-lixo é a regra. E tele-lixo é um expressão simpática para o degredo em que se tornou a programação das televisões com programas da manhã e da tarde que estupidificam as pessoas e que exploram as estórias reais de pessoas que acabam por ser usadas como atracções circenses de um qualquer freak show.
A exploração do homem pelo homem, continua. Expôr as misérias, as doenças, os problemas familiares,o crime, as traições, para alcançar audiências, para ter share é pouco menos degradante do que ser humilhado na praça pública. E a responsabilidade e o bom senso de quem dirige os canais de televisão onde fica?
As excepções foram dois ou três jogos de futebol e um outro programa. Mas não sei qual a programação actual dos quatro canais generalistas. De maneira que não sinto a falta da "caixa que mudou o mundo" em frente à qual famílias ficam a vegetar às horas das refeições, trocando o diálogo e a partilha pelo olhar fixo no ecrã. Há fenómenos engraçados em que a mesa é posta em função da televisão, ficando lugar vazio na direcção do aparelho.
Não sinto a falta. Não tenho grandes saudades. Talvez de uma série ou outra, mas não tenho saudades. A programação é tão, mas tão má que salvo honrosas excepções a um ou outro filme ou documentário, não dá vontade de ver. O tele-lixo é a regra. E tele-lixo é um expressão simpática para o degredo em que se tornou a programação das televisões com programas da manhã e da tarde que estupidificam as pessoas e que exploram as estórias reais de pessoas que acabam por ser usadas como atracções circenses de um qualquer freak show.
A exploração do homem pelo homem, continua. Expôr as misérias, as doenças, os problemas familiares,o crime, as traições, para alcançar audiências, para ter share é pouco menos degradante do que ser humilhado na praça pública. E a responsabilidade e o bom senso de quem dirige os canais de televisão onde fica?
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
(pausa)
O fim-de-semana tem trazido as interrupções. Os dias de descanso têm sido, em parte, os dias de desassossego, por te ter longe. Por saber de ti apenas por sms, telefone ou net. Contudo, saber-te bem, tranquila, descansada e a alimentares-te melhor do que por cá, dá-me paz, faz (quase!) valer a pena a distância.
É tão bom fazer planos contigo. Sabe bem ver que temos sintonia de ideias e de pensamentos em tanta coisa que ambos achamos importantes, e que nos pontos em que não estamos de desacordo, estamos dispostos a encontrar uma forma de entendimento que nos permita continuar a sonhar, e simultaneamente, começar a construir o sonho!
O fim-de-semana é mais uma etapa, nesta prova dura de emoções fortes e por vezes contraditórias. E eu sei que vamos superar mais este! Para depois termos uma segunda-feira boa, como as anteriores, e uma semana em que vamos ser capazes de encontrar os nossos momentos, os nossos espaços que ambos queremos, precisamos e desejamos.
O tempo está a correr a nosso favor: cada dia que passa e que somos capazes de, juntos, vencer os desafios que nos colocam, é mais um pedaço do muro, da fortaleza que queremos ser e que já vamos sendo. Independentemente do resto, tu e eu já somos um nós. E eu gosto muito do que nós somos.
E quero ser mais. E melhor.
Contigo!
É tão bom fazer planos contigo. Sabe bem ver que temos sintonia de ideias e de pensamentos em tanta coisa que ambos achamos importantes, e que nos pontos em que não estamos de desacordo, estamos dispostos a encontrar uma forma de entendimento que nos permita continuar a sonhar, e simultaneamente, começar a construir o sonho!
O fim-de-semana é mais uma etapa, nesta prova dura de emoções fortes e por vezes contraditórias. E eu sei que vamos superar mais este! Para depois termos uma segunda-feira boa, como as anteriores, e uma semana em que vamos ser capazes de encontrar os nossos momentos, os nossos espaços que ambos queremos, precisamos e desejamos.
O tempo está a correr a nosso favor: cada dia que passa e que somos capazes de, juntos, vencer os desafios que nos colocam, é mais um pedaço do muro, da fortaleza que queremos ser e que já vamos sendo. Independentemente do resto, tu e eu já somos um nós. E eu gosto muito do que nós somos.
E quero ser mais. E melhor.
Contigo!
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
sms
Ontem de manhã, no percurso até ao trabalho percorri uma estrada à beira rio, que me ofereceu uma paisagem deslumbrante de sol morno, de montanhas estremunhadas e de rio quase parado com o peso dos bancos de nevoeiro e nuvens de algodão em rama que dele saíam em direcção ao céu.
Ontem de manhã, a sentir uma felicidade mais pura de menino pequenino, em paz com o mundo, num momento de comunhão comigo e contigo, resolvi pegar no telefone, e enviar um sms que dizia mais ou menos isto: "Bom dia! Que o sol de hoje, ilumine o teu dia!" E despedia-me com beijinhos.
Posso garantir-vos que sendo ainda cedo, na manhã (ainda n eram 8h30) recebi resposta de todas as pessoas para as quais enviei a mensagem. Que algumas me agradeceram, outras estranharam, mas em todas, consegui sentir que de alguma forma, um gesto tão simples, fez com que começassem o dia de uma forma diferente, e quero acreditar que diferente para melhor! É estranho o como nós somos pequeninos e miudinhos! É estranho quando começamos a estranhar o facto de alguém se aproximar de nós desinteressadamente. É assustador pensar que uma coisa tão simples como uma mensagem de telemóvel tem a capacidade de nos mudar a disposição, o estado de espírito e pode ajudar alguém a construir algo de melhor. De diferente, de positivo.
Ontem mudei o dia de algumas pessoas, e sentir esse poder é fantástico.
Principalmente, porque prova o que eu já sabia: são os pequenos gestos que fazem grandes diferenças!
Ontem de manhã, a sentir uma felicidade mais pura de menino pequenino, em paz com o mundo, num momento de comunhão comigo e contigo, resolvi pegar no telefone, e enviar um sms que dizia mais ou menos isto: "Bom dia! Que o sol de hoje, ilumine o teu dia!" E despedia-me com beijinhos.
Posso garantir-vos que sendo ainda cedo, na manhã (ainda n eram 8h30) recebi resposta de todas as pessoas para as quais enviei a mensagem. Que algumas me agradeceram, outras estranharam, mas em todas, consegui sentir que de alguma forma, um gesto tão simples, fez com que começassem o dia de uma forma diferente, e quero acreditar que diferente para melhor! É estranho o como nós somos pequeninos e miudinhos! É estranho quando começamos a estranhar o facto de alguém se aproximar de nós desinteressadamente. É assustador pensar que uma coisa tão simples como uma mensagem de telemóvel tem a capacidade de nos mudar a disposição, o estado de espírito e pode ajudar alguém a construir algo de melhor. De diferente, de positivo.
Ontem mudei o dia de algumas pessoas, e sentir esse poder é fantástico.
Principalmente, porque prova o que eu já sabia: são os pequenos gestos que fazem grandes diferenças!
"vendo amor em pó"
Depois da foto, o texto.
Perguntaste-me porque tinha colocado a foto, logo ontem. Porque escolhi aquela entre todas as outras, se tinha tantas para colocar. Disse-te que gosto da foto o que é verdade. Que gosto das cores da parede e gosto das palavras pintadas na parede por um qualquer spray preto. Embora as palavras não façam lá muito sentido.
Ninguém vende amor. O amor ou se dá ou se recebe. Não se vende nem se compra. E quem julga que vende e compra amor, vai dar conta, mais cedo ou mais tarde, que se enganou ou que foi enganado (ou ambas!).
Amor em pó. Lembra-me aquela loja de bolos Amor aos Pedaços e bolos, claro, são coisas boas e doces como o amor.
Amor em pó, as cinzas do amor ou o que resto do Amor que houve e que se desvaneceu como as cores de uma parede exposta ao sol inclemente do Verão.
Vendo Amor em Pó. O pó do amor? Não. O amor não deixa pó. O pó é leve, pouco pesa. Poucas marcas deixa. E basta sacudirmos que o pó cai. Em casos mais exigentes, lavamo-nos para retirar o peso do pó. O incómodo que ele nos provoca. A forma como ele se cola ao pescoço e às marcas da pele e nos marca os punhos e as golas das camisas. O amor deixa marcas bem mais fundas do que as provocadas pelo acumular do pó. Pelo sim, pelo não, o mais avisado será não deixar que o pó assente sobre o amor.
Assim como assim, o amor é para ser vivido. Mais do contemplado. Mais do desejado e querido. Mais do que suspirado pelos cantos de um caderno velho de páginas amarelecidas pelo tempo ou pelos nomes grafitados a spray pela calada da noite numa qualquer parede ou muro apanhada desprevenida. Mais do que pelos bits e bytes de um qualquer blog electrónico.
A foto, só a publiquei porque me deu prazer tirá-la: encontrar escrito numa parede uma frase singular com sentidos múltiplos, dúbios e que podem traduzir o que dela se quiser. No fundo, são só palavras combinadas de uma forma curiosa.
O amor é só para ser vivido.
Como se de uma trip de um outro pó qualquer se tratasse.
E o amor é uma droga tão boa!
Perguntaste-me porque tinha colocado a foto, logo ontem. Porque escolhi aquela entre todas as outras, se tinha tantas para colocar. Disse-te que gosto da foto o que é verdade. Que gosto das cores da parede e gosto das palavras pintadas na parede por um qualquer spray preto. Embora as palavras não façam lá muito sentido.
Ninguém vende amor. O amor ou se dá ou se recebe. Não se vende nem se compra. E quem julga que vende e compra amor, vai dar conta, mais cedo ou mais tarde, que se enganou ou que foi enganado (ou ambas!).
Amor em pó. Lembra-me aquela loja de bolos Amor aos Pedaços e bolos, claro, são coisas boas e doces como o amor.
Amor em pó, as cinzas do amor ou o que resto do Amor que houve e que se desvaneceu como as cores de uma parede exposta ao sol inclemente do Verão.
Vendo Amor em Pó. O pó do amor? Não. O amor não deixa pó. O pó é leve, pouco pesa. Poucas marcas deixa. E basta sacudirmos que o pó cai. Em casos mais exigentes, lavamo-nos para retirar o peso do pó. O incómodo que ele nos provoca. A forma como ele se cola ao pescoço e às marcas da pele e nos marca os punhos e as golas das camisas. O amor deixa marcas bem mais fundas do que as provocadas pelo acumular do pó. Pelo sim, pelo não, o mais avisado será não deixar que o pó assente sobre o amor.
Assim como assim, o amor é para ser vivido. Mais do contemplado. Mais do desejado e querido. Mais do que suspirado pelos cantos de um caderno velho de páginas amarelecidas pelo tempo ou pelos nomes grafitados a spray pela calada da noite numa qualquer parede ou muro apanhada desprevenida. Mais do que pelos bits e bytes de um qualquer blog electrónico.
A foto, só a publiquei porque me deu prazer tirá-la: encontrar escrito numa parede uma frase singular com sentidos múltiplos, dúbios e que podem traduzir o que dela se quiser. No fundo, são só palavras combinadas de uma forma curiosa.
O amor é só para ser vivido.
Como se de uma trip de um outro pó qualquer se tratasse.
E o amor é uma droga tão boa!
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Yesterday
Monday was yesterday.
And yesterday, all things considered, was a great day. We were together the whole day. Sure it was a bit tiring going back and forth but you make everything worthwhile. To have the possibility to be near you, to hold you close, to talk, listen, see, smile, kiss, hug, play, make fun, and just to BE with you is amazing.
Because you are. You're truly amazing. It's a shame you can't see yourself this way. Everytime you look in the mirror you always find some flaws to get you down. And it doesn't have to be that way! If only you could see yourself the way I do; you'd be dazzled by the beauty, the brightness of your smile, the deep look in your eyes and the funny and spirited side that you have inside you.
It scares the hell out of me to see that you, a strong woman, can so easily be left in doubt. Allow others to make you feel insecure in such a easy way. I want you to be able to make your own decisions. And to live accordingly! You can say one thing and do the oposite. But that won't bring you any good, relief, peace or tranquility.
I'm here. Like I've always been. And I'm not going anywhere. (bot just now, that is!)
If you mind is made, don't let others get in between. Trust yourself.
Chuva&Frio - Constipações e Gripes, Lda
Espirros: check!
Nariz tapado: check!
Olhos pesados: check
Dores de garganta: check!
Estado semifebril: check!
Ranhoca: check!
Ora pronto! Começou a época!
Mais um ano mais uma constipaçãozita para assinalar no menú das doenças, maleitas e enfermidades!
Valha-me o Sto. Ben-U-Ron! E o chá de cidreira com mel, o calor de uns lençóis de flanela, os chinelos para não andar descalço no chão frio de casa, os banhos quentes para libertar a expectoração, a canja de galinha, o xarope de cenoura feito de um dia para o outro e juízo na cabeça para não ficar de tronco nu em sítios frios e/ou com correntes de ar, como por exemplo, a casa de banho fria, à saída do duche.
"Esdou um dapo consdipado!"
Nariz tapado: check!
Olhos pesados: check
Dores de garganta: check!
Estado semifebril: check!
Ranhoca: check!
Ora pronto! Começou a época!
Mais um ano mais uma constipaçãozita para assinalar no menú das doenças, maleitas e enfermidades!
Valha-me o Sto. Ben-U-Ron! E o chá de cidreira com mel, o calor de uns lençóis de flanela, os chinelos para não andar descalço no chão frio de casa, os banhos quentes para libertar a expectoração, a canja de galinha, o xarope de cenoura feito de um dia para o outro e juízo na cabeça para não ficar de tronco nu em sítios frios e/ou com correntes de ar, como por exemplo, a casa de banho fria, à saída do duche.
"Esdou um dapo consdipado!"
domingo, 13 de novembro de 2011
Do ser
Ser porque sim. Ser porque se existe. Porque existe em nós um sopro de vida, uma chama de fogo que nos anima. Porque temos cá dentro do corpo uma alma que se agita, inquieta e que, sendo eternamente insatisfeita, nos obriga a mudar, a desincrustar o que cá dentro se foi alojando e ganhando camadas sucessivas de sedimentos até se transformar em rocha. E em peso. Morto. Que é urgente e necessário retirar, sob pena de com ele irmos ao fundo.
O ser, o existir, é relativamente simples para um pequeno grupo de pessoas e algo de extremamente complicado para a esmagadora maioria das pessoas. Senão vejamos: a quantidade de pessoas que se diz feliz, é muito menor do que a quantidade de pessoas, que quando questionadas se estão bem respondem: "vai-se andando" ou "está tudo mais ou menos" ou ainda "quando assim, nunca pior!". Esta atitude de viver a vida de uma forma pequenina, envergonhada, comezinha, com receio de nos dizermos felizes, com medo que a nossa felicidade choque com o sofrimento dos outros é tão errada!
Temos uma sociedade que gosta de quem sofre e se afasta de quem é feliz.
Sim. É verdade!
Na actualidade as pessoas abeiram-se mais de quem sofre do que de quem é feliz. E não é para ajudar. Não é por serem movidas por um espírito solidário e fraterno. Na maioria dos casos é para se sentirem melhor. Ouvem os problemas dos outros, para porem os seus em perspectiva e com isso sentirem-se um pouco menos mal, como quem diz: "ainda eu acho que estou mal! Aquela/e é que tem motivos de queixa." E vão-se conformando com a sua vidinha que! afinal,-não-é-assim-tão-má-como-parece-comparada-com-a-vida-de-outros-que-por-aí-andam.". Não resolvem nenhum dos problemas ou situações que lhes trazem sofrimento, vivem atascados na m**da até às orelhas, mas gostam. Porque mudar, fazer alguma coisa por nós mesmo implica esforço. Implica aprendizagem e sim, implica alguma dor e sofrimento. Confrontarmo-nos ao espelho traz por vezes reflexos de nós que nos incomodam. Que nos deixam ver quão vazios estamos daquilo que é fundamental.
Usamos os outros e os seus problemas para nos desculparmos da inépcia relativamente a nós e aos nossos próprios problemas. Achamos que estamos mais ou menos, esquecendo-nos que podemos estar muito melhor. Podemos estar mesmo bem. Não todos os dias. Não todas as horas, mas a maior parte do nosso tempo.
Daí que diga que quero ser mais e melhor. Eu sei que nem sempre consigo. Eu sei que muitas vezes magoo quem está por perto. Tenho consciência disso. Mas o errar não faz de mim pior ser humano. Faz de mim, ser humano. Só isso. E quem nunca errou, que atire a primeira pedra. Quem não conhece o erro, não conhece a sensação de ser perdoado pelo erro cometido. Quem nunca falhou, não conhece a felicidade de acertar, de fazer as coisas bem.
O melhor do erro, é termos a oportunidade de repará-lo. E de aprender com ele.
O ser, o existir, é relativamente simples para um pequeno grupo de pessoas e algo de extremamente complicado para a esmagadora maioria das pessoas. Senão vejamos: a quantidade de pessoas que se diz feliz, é muito menor do que a quantidade de pessoas, que quando questionadas se estão bem respondem: "vai-se andando" ou "está tudo mais ou menos" ou ainda "quando assim, nunca pior!". Esta atitude de viver a vida de uma forma pequenina, envergonhada, comezinha, com receio de nos dizermos felizes, com medo que a nossa felicidade choque com o sofrimento dos outros é tão errada!
Temos uma sociedade que gosta de quem sofre e se afasta de quem é feliz.
Sim. É verdade!
Na actualidade as pessoas abeiram-se mais de quem sofre do que de quem é feliz. E não é para ajudar. Não é por serem movidas por um espírito solidário e fraterno. Na maioria dos casos é para se sentirem melhor. Ouvem os problemas dos outros, para porem os seus em perspectiva e com isso sentirem-se um pouco menos mal, como quem diz: "ainda eu acho que estou mal! Aquela/e é que tem motivos de queixa." E vão-se conformando com a sua vidinha que! afinal,-não-é-assim-tão-má-como-parece-comparada-com-a-vida-de-outros-que-por-aí-andam.". Não resolvem nenhum dos problemas ou situações que lhes trazem sofrimento, vivem atascados na m**da até às orelhas, mas gostam. Porque mudar, fazer alguma coisa por nós mesmo implica esforço. Implica aprendizagem e sim, implica alguma dor e sofrimento. Confrontarmo-nos ao espelho traz por vezes reflexos de nós que nos incomodam. Que nos deixam ver quão vazios estamos daquilo que é fundamental.
Usamos os outros e os seus problemas para nos desculparmos da inépcia relativamente a nós e aos nossos próprios problemas. Achamos que estamos mais ou menos, esquecendo-nos que podemos estar muito melhor. Podemos estar mesmo bem. Não todos os dias. Não todas as horas, mas a maior parte do nosso tempo.
Daí que diga que quero ser mais e melhor. Eu sei que nem sempre consigo. Eu sei que muitas vezes magoo quem está por perto. Tenho consciência disso. Mas o errar não faz de mim pior ser humano. Faz de mim, ser humano. Só isso. E quem nunca errou, que atire a primeira pedra. Quem não conhece o erro, não conhece a sensação de ser perdoado pelo erro cometido. Quem nunca falhou, não conhece a felicidade de acertar, de fazer as coisas bem.
O melhor do erro, é termos a oportunidade de repará-lo. E de aprender com ele.
sábado, 12 de novembro de 2011
Mais uma volta, mais uma viagem. É entrar senhores, é entrar!
E vai mais uma voltinha.
E de cada vez é diferente. Desta vez, ainda não acabei de me sentar e antes de ter tempo de pôr o cinto, já a montanha russa vai disparada, rumo não sei bem onde. Felizmente que não estou sozinho. É que na carruagem da frente ia outra pessoa que também foi surpreendida pelo arrancar dos carrinhos. De tal maneira que saltou do seu lugar e aterrou aqui ao meu lado. E agora é uma confusão de cintos e de seguranças que é preciso, encontrar, trocar, apertar e afivelar, porque se a subida é rápida, a descida e restante percurso poderá ser mesmo muito rápida, com curvas apertadas, loops e é necessário ter seguranças para que ninguém saia projetado ou se magoe.
Por mim, estou a fazer os possíveis para te segurar, sem te magoar, sem apertar demasiado, sem deixar marcas ou feridas. Só te quero segura e tranquila. Sim, eu sei que tranquilidade na montanha russa não é muito fácil, mas também sei que, tal como eu, mesmo cheia de medo, queres ir até ao fim para ver como é. Sim, ainda não estou bem preso ao carrinho. Tenho medo de cair. Tenho medo, mas isso não me impede de prosseguir. Embarquei sem saber no que me ia acontecer, mas a vida é mesmo assim. Inesperada. E fazer planos para o futuro é giro, mas na verdade o que importa é este momento. É o agora. Este instante. Por isso se chama Presente. Tal como o que se dá ou recebe nas ocasiões especiais como os aniversários ou o Natal. É uma dádiva poder viver o Presente contigo. Sendo que estar contigo é sem dúvida, o melhor presente que alguma vez tive.
Espero que sejamos capazes de guardar o Presente que somos um para o outro e que tenhamos a capacidade de não o tornar passado. Quer dizer, se tiver de ser passado, que seja bem passado! :)
E de cada vez é diferente. Desta vez, ainda não acabei de me sentar e antes de ter tempo de pôr o cinto, já a montanha russa vai disparada, rumo não sei bem onde. Felizmente que não estou sozinho. É que na carruagem da frente ia outra pessoa que também foi surpreendida pelo arrancar dos carrinhos. De tal maneira que saltou do seu lugar e aterrou aqui ao meu lado. E agora é uma confusão de cintos e de seguranças que é preciso, encontrar, trocar, apertar e afivelar, porque se a subida é rápida, a descida e restante percurso poderá ser mesmo muito rápida, com curvas apertadas, loops e é necessário ter seguranças para que ninguém saia projetado ou se magoe.
Por mim, estou a fazer os possíveis para te segurar, sem te magoar, sem apertar demasiado, sem deixar marcas ou feridas. Só te quero segura e tranquila. Sim, eu sei que tranquilidade na montanha russa não é muito fácil, mas também sei que, tal como eu, mesmo cheia de medo, queres ir até ao fim para ver como é. Sim, ainda não estou bem preso ao carrinho. Tenho medo de cair. Tenho medo, mas isso não me impede de prosseguir. Embarquei sem saber no que me ia acontecer, mas a vida é mesmo assim. Inesperada. E fazer planos para o futuro é giro, mas na verdade o que importa é este momento. É o agora. Este instante. Por isso se chama Presente. Tal como o que se dá ou recebe nas ocasiões especiais como os aniversários ou o Natal. É uma dádiva poder viver o Presente contigo. Sendo que estar contigo é sem dúvida, o melhor presente que alguma vez tive.
Espero que sejamos capazes de guardar o Presente que somos um para o outro e que tenhamos a capacidade de não o tornar passado. Quer dizer, se tiver de ser passado, que seja bem passado! :)
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