quinta-feira, 27 de julho de 2017

Digestão

Agora, que já passaram uns dias desde a publicação das listas do concurso extraordinário de vinculação de professores, talvez seja a altura para pôr em palavras escritas, algumas das coisas que o sapo vem pensando desde esse dia.

A notícia, (que é boa, sem dúvida!) deixou-me num estado de incredulidade/confusão/estupefacção difícil de compreender e ainda mais de explicar. E não, não me estou a queixar!

Antes pelo contrário, estou contente por finalmente não ir passar as férias angustiado sem saber se no dia 1 de Setembro terei trabalho ou não.

À medida que a notícia circulava e que mais e mais pessoas me iam dando os parabéns pela vinculação, mais ia crescendo em mim a sensação de dormência relativamente ao que estava a acontecer. Durante tantos anos esperei por este momento e quando ele finalmente chegou, não senti nada de especial. Não houve pulos de alegria, nem uma lágrima teimosa a bailar no olhar, nem pulsação acelerada. Houve sim, um grande cansaço. Como se me permitisse finalmente descansar. Um peso que me saiu dos ombros mas, que ainda assim me acompanha e me verga. Estranho, não é?

Houve amigos a perguntar como me sentia e não tive muito para dizer. Porque efectivamente era isso que sentia. Não tinha palavras, porque todas se recolheram em silêncio. Não havia muito a dizer (ainda agora, não há).

Não quero parecer ingrato, mas está a ser difícil digerir isto. E eu até sei que é uma coisa boa.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Portugal é lindo!



em loop


Alvíssaras!

Senhores!
Grandes notícias me trazem de volta ao charco!
O altamente improvável, o praticamente impossível, o milagre aconteceu!

Aqui o sapo, entrou em quadro! Vinculou! Deixa, a partir de 1 de Setembro, de ser contratado e passa a integrar os quadros de Ministério da Educação e Ciência!

Na verdade não sei se hei-de ficar feliz por dezanove (19!) anos depois de ter começado a dar aulas, passar a integrar os quadros, deixar de ser uma "necessidade temporária" para passar a ser um necessidade permanente do sistema ou se hei-de ficar furioso por andar a trabalhar há dezanove anos para o Estado, sem hipótese de progredir na carreira, sempre com a incerteza da colocação no ano lectivo seguinte, com a casa às costas, com a vida adiada, sem hipótese de chegar ao topo da carreira porque vou começar no primeiro escalão porque os Governos do meu país fazem tábua rasa de todo o tempo de serviço prestado antes da tão desejada vinculação.

Para já, parece-me que vou ali beber uma mini. Parece-me a bebida certa para uma minicomemoração de um minievento há muito adiado!