segunda-feira, 19 de maio de 2014

son(h)os

Uma noite de sono profundo.

Daquelas noites que nos proporcionam um sono inteiro, repousado e retemperador, daqueles sonos em que parece que mergulhamos em nós e na nossa  consciência e conseguimos começar a esboçar mais futuro para nós mesmos, fazendo as pazes com o passado e o presente.

Uma noite de sono em que envoltos em sonho, encontramos o trilho que perdemos algures lá atrás. Em que fica mais claro o desenho do que queremos ser, fazer, viver e experimentar. Esse mergulho no rio da consciência que ajuda tudo a ficar mais claro. A água da corrente leva o que está a mais e refresca o que é essencial e fundamental para a nossa vida.

Um sono regenerador capaz de dar sentido definido à vida em vez deste chove-mas-não-molha, do quase que podia ser mas não foi, não é e que dificilmente será. Capaz de nos orientar num sentido e tudo fazer para que nesse sentido, tudo se una e seja uno.

O sapo sente que está a precisar de um sono destes.

Daqueles em que se acorda novo e retemperado, cheio de energia e de propósitos, de desafios para vencer e para os quais há vontade de fazer seja o que for. O sapo precisa de dar um salto. Sente-se cada vez menos sapo e mais lagarta. Arrasta-se e não salta. E toda a gente sabe que a natureza do sapo é saltar.

Nem que seja em sonhos.
Nascidos em sonos profundos.

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