domingo, 1 de abril de 2012

Questionar? Sempre!

Porque nada é garantido. Porque a mudança é um estado permanente da nossa vida e por isso deve ser encarada como algo normal. Por mais "inconvenientes" que traga. Inconvenientes entre aspas, porque na verdade, só os achamos inconvenientes porque são algo diferente do que estávamos habituados e portanto, nos obrigam a alterar a maneira de estar, de lidar, de pensar (e até!) de ser.

Tomar as coisas ou as pessoas como certas, como garantidas é algo a evitar. No momento em que nos convencemos que algo ou alguém está garantido, é nesse preciso instante que o começamos a perder. Dinheiro não chega. Trabalho não chega. Ter família não chega. Ter amigos ou fazer novos amigos não chega. Amar alguém não chega. É preciso cuidar. Cuidar de tudo e de todos. Só se recebe se se der. Ser mais e melhor também passa por aqui. Por cuidarmos do outro. Por deixar que o outro cuide de nós.

Questionar, discutir, querer ouvir o outro, o que pensa, o que sente é para mim algo importante. Mesmo que para isso tenha de provocar o conflito. Mesmo que se digam coisas da boca para fora. Que nem se sentem, mas que na altura nos apetecesse dizer. Devem ser ditas.

É fácil gostar de pessoas doces, simpáticas, divertidas, bem-humoradas, inteligentes. Mas mesmo as pessoas doces, simpáticas, divertidas, bem-humoradas e inteligentes têm dias menos bons. E é nesses dias que o outro lado de nós emerge. É esse lado que preciso de conhecer. É conhecendo o lado menos bom que aprendo a gostar ainda mais de ti. É pelos teus defeitos que te quero amar. Que preciso de aprender a conhecer, para depois valorizar, ainda mais, o que de (muito) bom há em ti. E há tanto de bom em ti, meu amor! Por isso te questiono. Por isso quero saber. Porque és tu. Independentemente do que o lado menos bom trouxer contigo. És perfeita com defeitos.

4 comentários:

  1. Nada é garantido. A única coisa que o é, é que tudo vai mudar, eventualmente. Sou avessa à mudança, mas acredito que, ainda que eu não o veja, ela veio por um bem maior. Gostei do texto!

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