quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Espírito inquieto

O que é um nome? Porque chamamos às coisas e às pessoas o que chamamos em vez de outra coisa qualquer? Porque é que nos escolheram o nome que temos e não nos puseram outro nome? Qual o processo que leva à escolha de um nome para algo? Quem inventou os substantivos? Porque é que se chama cadeira à cadeira e mesa à mesa e tapete ao tapete? Porque é que é fácil perceber que objectos concretos têm nomes que merecem muita pouca controvérsia e nomes que se referem a estados de espírito ou sentimentos são de tão difícil definição? Porque é que tão difícil definir os limites da amizade e tão fácil estabelecer os limites do que é uma bola ou um lápis? Porque é que às vezes o que se sente é tão definido e ainda assim tão difícil de definir por palavras? Porque tenho necessidade de utilizar palavras para perceber a realidade? Raios me partam por precisar de perceber tudo. Às vezes aqui e ali, preferia ser menos assim. Ter menos esta necessidade de entender tudo e principalmente de racionalizar tudo. Porquê? Porque não posso apenas ser, estar, dizer, falar e agir sem um propósito, sem um fim, sem um objectivo? Porque não me limito a aceitar as coisas como elas são, sem querer saber o porquê de serem desta forma e mesmo assim, sentir algumas vezes, vontade de as mudar? Podiamos muito bem ser contemplativos, apenas receber o que o Universo nos quer dar sem questionar nada. Seríamos mais felizes? Seria melhor viver e viveria melhor se fosse menos consciente do que me rodeia? Menos inquisitivo? Menos preocupado? Em suma, mais feliz?

3 comentários:

  1. ...tudo depende da intensidade que dás às coisas... com TU dizes "da importância que tu lhe dás" !

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