sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Memórias

Esta coisa de encher o saco de água quente, traz-me à memória outros tempo, em que éramos crianças e lá em casa os meus pais faziam a distribuição dos sacos de água quente pelas nossas quatro camas. Sim. Somos quatro. E cada um tinha o seu saco, tal como a sua caneca e prato e outras coisas do dia-a-dia.
Lembro-me de chegar à noite e depois de me lavar e vestir o pijama haver o ritual da colocação do saco de água quente na cama. Depois a seguir apagava-se a luz e dormia-se o sono dos justos.

Tempos bons em que tudo era mais fácil e simples, sem complicações e em que havia alguém que nos resolvia os problemas e se certificava que tudo corria com normalidade na nossa vida.

Olhando para trás, surgem estas memórias boas, como quando o meu pai chegava a casa vindo do trabalho e fazia o café (que mais não era que cevada) numa cafeteira grande. Depois deixava assentar para no dia seguinte ao pequeno-almoço, o tomarmos com leite e comer o pão. Lembro-me do pão da manhã dentro de uma bolsinha de pano (tinha nome, mas desse já não me recordo) que comíamos na escola no intervalo das 10h30. Entre correrias e saltos e tolices de miúdos pequenos no recreio da escola primária que ainda existe, embora agora tenha perdido a alvura das paredes em favor de um azul mais moderno. O recreio que era alcatroado (e mal, diga-se) tem agora um campo de jogos para os meninos terem educação física.

Recordações... são tantas, à medida que vou puxando o fio, surgem outras passagens e outros momentos.

Recordar o passado pode ser bom. Viver no passado, não.

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