terça-feira, 25 de setembro de 2012

Setembro quase no fim.

Felizmente. Dei por mim a dizer há pouco que depois desta semana, ficam a faltar só dez meses para as férias do verão. É terrível ter de pensar assim, para arranjar ânimo, mas na verdade só quero que isto passe. Ainda agora começou e já estou cheio. E não me venham com a conversa do "que sorte que tens em ter emprego" que hoje acho que vai tudo corrido a pontapé.

Esta coisa de termos de nos sentir conformados e resignados porque há outros que estão em circunstâncias piores, não me serve de consolo. Nunca serviu. Não ia ser agora. Andamos aqui, a viver a nossa vidinha pequenina, coitadinha, que não dá para mais, que isto está tudo tão difícil, que  a troika isto e o governo aquilo... Por vezes penso se não teria sido preferível que o 25 de Abril de 1974 não tivesse sido mais violento, com mais mortos, mais tiros. Que daí tivessem resultado viragens, não apenas políticas, mas de mentalidades. Que tivesse sido o momento certo para mudar. Mas mudar com rumo. Não nesta navegação à vista que nos tem orientado enquanto país e enquanto povo. Deu um resultadão, certo? Estamos mesmo bem agora!

Devíamos ter tomates para exigir mais. Para darmos mais. Para sermos mais interventivos, mais participativos. Para escrutinarmos melhor os actos de quem nos governa. De sermos mais informados sobre as propostas de quem se submete ao voto. De exigirmos menos conversa mole e mais ideias concretas sobre o que cada um pretende fazer com o país e para o país. Quais as ideias e projectos que tem e que quer implementar. Este Setembro de um milhão de pessoas na rua a protestar não pode ser esquecido e tem de se dar mais avisos aos políticos que eles não nos podem continuar a enganar, a mentir, a esconder factos, a usar golpes sujos para nos espoliarem do que é nosso. De que não se podem continuar a servir da coisa pública para benefício privado.

Setembro quase no fim. E a minha esperança também...

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