segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

é isto

Há dias em que a distância parece nenhuma e que as saudades não estão lá. E há outros em que se fica com o coração apertado e só apetece estar ali, com a pessoa ao lado, só abraçados a dormitar. Descontraídos o suficiente para nos perdermos um no outro. E descansarmos, mesmo que sem dormir muito. Porque cada volta na cama, acordamos para nos agarramos a seguir. Porque enquanto se dorme, procura-se a mão do outro. Porque a minha lapa não descola e eu gosto dela assim.

Agora queria a minha tê-la agarrada a mim, mesmo com voz de cama, de quem está cheia de sono. Mesmo que rabugenta porque o cansaço é muito. Mesmo porque sim!

Eu sei que a tenho no meu coração. Eu sinto-a lá. Tenho saudades de a abraçar. De lhe fazer festinhas até ela adormecer. De a ficar a ver dormir, a respiração certa e tranquila de quem dorme o sono dos justos. Às vezes bate os dentes e morde a bochecha. Acorda com a boca ferida. Quando dou conta que está a cerrar os dentes dou-lhe miminhos e passa. É bonita. Mesmo quando se acha feia porque está de óculos. Ela é um bocadinho totó, mas eu gosto dela assim.

Eu sei que isto é lamechas e talvez até, piroso. Mas ela merece que eu seja lamechas e piroso. Porque como tantas me diz, eu sou tudo para ela, e tudo inclui lamechas e piroso. É verdade, podia ser menos piroso, mas não era a mesma coisa!

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