domingo, 27 de maio de 2012

Comer

Acabei de chegar a casa vindo de um jantar com um casal amigo. Três meses depois de se terem casado, fui conhecer a casa deles, levar-lhes a prenda de casamento e isso foi pretexto para um jantar. Comi demasiado. Há quatro ou cinco meses teria comido mais. Mas nesta fase, em que tenho andado a fazer um esforço por não comer mais do que o necessário, (não, não estou de dieta forçada e também não passo fome!) facilmente concluo que comi demais.

Na generalidade comemos demais. Todos os dias. O que se reflecte na balança, na pança, na saúde e em última análise na carteira. Não apenas por que comer demais significa gastar dinheiro demais, mas também por que comer demais pode originar problemas de saúde que trazem custos nos consultórios médicos e muitas vezes na farmácia.

Não estou obcecado com o meu peso, até porque estou dentro do intervalo considerado normal para um homem da minha idade com a minha altura. Mas tenho consciência que há coisa de ano e meio, quando pesava quase mais quinze quilos do que actualmente, as coisas não eram assim. E não digo isto apenas pela diferença de peso. Mas era notório o cansaço, a falta de disponibilidade física para qualquer actividade que implicasse mais movimento e força.

Comemos demais. Comemos mal. Eu, pecador me confesso. E admito a minha culpa. E hoje foi uma alarvidade a quantidade de comida que ingeri ao jantar, quando sabia de antemão que a seguir o jantar viria para casa. Precisava de ter andado uma boa meia hora para ajudar  a digestão.

Desde a Páscoa que eu e a lobita temos vindo a adoptar alguns hábitos alimentares mais saudáveis. Insistir na fruta e na água. Diminuir o consumo de alimentos processados, excessivamente doces ou gordurosos (por exemplo, não fazemos fritos em casa desde Fevereiro). Diminuir café. (eu já não tomava, mas a lobita tem vindo a diminuir o consumo!) Refeições mais leves mas mais frequentes. Ingerir mais água. E praticar mais actividade física. O resultado? Eu perdi quase cinco quilos. A lobita já perdeu quase três. Nenhum de nós era gordo. Ou sequer pré-obeso. Mas a diferença vê-se e nota-se.

A verdade é que me sinto melhor agora, com estas alterações na alimentação do que anteriormente. E para além disso, gosto mais do que vejo reflectido no espelho. E isso ajuda a reforçar a auto-estima. Ajuda a sentirmo-nos bem. Antes assim, do que recorrer a drogas ou ao álcool para me sentir melhor comigo mesmo. Ganhar consciência do que sou, do que posso fazer por mim e das formas naturais que tenho ao meu dispôr para ficar mais em harmonia com o meu corpo, com o que sou e com o que me rodeia é uma maneira de me aceitar mais facilmente. De estar mais em paz. E isso faz toda a diferença na forma como encaramos a vida e nos relacionamos com os outros.

Ou então é tudo treta. Conversa de encher chouriços. Banha de cobra.

Cada um escolhe o que quer para construir a sua verdade.

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