terça-feira, 27 de setembro de 2011

Caminhos

Caminhos? Existem muitos e variados. Tantos quantas as pessoas e as suas ideias.
Mais fáceis e mais difíceis. Mais rectos (não vou escrever retos!) ou mais curvilíneos. Com muitos altos e baixos ou mais planos. Pelo meio da floresta ou por entre um campo de milho. Uma autoestrada com 3 vias em cada sentido ou um trilho pedregoso e irregular. Um passeio no parque ou uma travessia do deserto. Bem sinalizado, mal sinalizado ou sem sinais. Iluminado à noite ou negro como o carvão mesmo em plena luz do dia. Feito a pé, com bolhas e cansaços ou sentado confortavelmente no banco de trás enquanto alguém conduz e faz o caminho por nós.



Qual o melhor caminho?
Depende. Há alturas em que temos mesmo de meter os pés ao caminho e começar a bulir. Outras em que é mais avisado parar para tomar fôlego. Descansar um pouco do sol e beber água. Sentar à sombra e apreciar o caminho, por aquilo que já nos deu, e pelo que ainda nos poderá trazer já ali, depois da curva.
O caminho mais fácil é o da preguiça? Não me parece. Há uns tempos em conversa com uma pessoa comentava-se que o que é fácil não tem piada. Não dá luta, não tem sabor. Passa depressa e depressa se esquece. Mas palavras leva-as o vento. Ou como diz um amigo meu 'pimenta no cú dos outros, p'ra mim é refresco'. Estou quase em crer que o caminho mais fácil é o do conformismo. Daquele que mesmo sabendo que não estão bem, e que deveriam fazer alguma coisa para alterar o estado de coisas, se preferem convencer que até estão bem e que não precisam de alterar nada, nem de modificar algo que lhes diga respeito.

O meu caminho leva-me onde? Para onde estou a ir? O que espero obter ao percorrer este caminho? Agrada-me o que estou a fazer? É por aqui que quero ir? Porque não experimentar aquela vereda ali? Ou aproveitar a sombra, descalçar o que se traz nos pés e meter os pés na água do ribeiro? Ou ser ainda mais audaz e dar um mergulho na água do rio?

Para onde me leva o caminho? Não sei. Sei para onde não quero ir. E por isso, aqui e ali, tenho de parar para me perguntar se o que quero é mesmo o que vejo lá adiante no caminho. Para onde me leva o caminho? Não sei. Mas sei que o destino é o menos importante. O importante é percorrer o caminho e ir experimentando o que ele tem para nos oferecer. Não é urgente chegar. O que é preciso é viver.
Uma coisa:: a maior viagem do mundo começa com um simples passo.

Ah! Só mais uma coisa:
Faz-se caminho, andando!
Põe-te a mexer!

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