domingo, 16 de outubro de 2011

pensamentos de domingo de manhã

Houve alguém que me disse que, aqui no charco, me mostrava sem medos, sem receios de me revelar como sou. É simples de responder: sou um sapo. Não tenho nada a temer. A menos que o aquecimento global acabe com todas as zonas húmidas do planeta e o meu charco evapore.

Quer isto dizer que o sapo que sou serve de capa. De escudo protector. Até porque os sapos são uns bichos que devido ao seu aspecto causam repulsa a muita gente, com a sua pele verde sempre húmida e os olhos esbugalhados. Para mim, tanto melhor!

Prefiro poucos e bons, do que dar-me a muitas pessoas que não sabem ou não conseguem ou não querem lidar com as outras pessoas sem ser através de mentiras, histórias (estórias?!), interesses mais ou menos obscuros.

É triste ver a incapacidade que a maioria das pessoas tem de ser e de se aceitar como  é. Sem artifícios. Sem máscaras. Sem nicks ou avatares. E contra mim falo! Porém. os nicks e os avatares são necessário, porque nem toda a gente merece conhecer e ter contacto mais próximo aqui com o sapo. Nem todas as pessoas estão preparadas para lidar comigo. E isto não é fanfarronice ou mania de que sou melhor do que os outros. É apenas a consciência imperfeita do quão imperfeito sou. E ainda assim, tendo dito isto, sinto-me um pouquinho mais consciente do caminho longo que tenho a percorrer.

Para as pessoas que não sabem o quão imperfeitas são existe o outro: o que tem cartão do cidadão, paga impostos e vai deixar de receber subsídio de férias e de natal. Que tem uma história muitas vezes semelhante com o sapo, mas outras vezes muito distante porque não acredita(ou) nele mesmo, se acha pior do que é e se vai deixando guiar pelo medo ao invés de se afirmar como homem. E isso implica ter consciência de que se cometem e cometerão erros. E aceitar que os erros, por muito grandes e por mais consequências que tragam, fazem parte da nossa existência enquanto seres humanos. Fazer o quê? Tentar errar menos. Tentar estar mais atento para evitar cometer os mesmos erros. Pedir desculpa pelos erros cometidos. Tentar repará-los se possível.

Já que temos de errar, pelo menos que sejamos capazes de cometer erros novos.
Para aprendermos lições novas.
Faz parte de crescer.

Bom Domingo!

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