sábado, 26 de maio de 2012

Dias assim

Acordar com a luz a entrar pelas frinchas da janela e com o barulho dos pássaros que piam e voam sobre o telhado,. Tudo o resto é calma. Não se ouve o barulho dos carros, nem vozes por casa. Só paz e sossego. Acordar. Procurar por ti. Mas afinal, estou sozinho na cama- Julgando que se está num sítio e afinal está-se noutro, depois de ter dormido bem. Não muito mas o suficiente para sentir aquele cansaço bom ao acordar que nos faz ter vontade de ficar mais um pouco em estado de semivigília enquanto os olhos decidem se querem mesmo abrir-se ou ficar mais um pouco a ver as pálpebras por dentro. Os sons difusos da casa que vai despertando da noite. Rever mentalmente uma lista de tarefas que há a cumprir para a semana que se aproxima. Tentar discernir no meio da névoa que ainda tolda as ideias e do sono que tenho colado aos olhos, qual a ordem pela qual deverei realizar as tarefas identificadas na lista.

Levantar. WC. Decidir ao cimo das escadas, se as desço em direcção à cozinha ou se viro à direita e volto para o aconchego da cama. Desço. Na cozinha arrumo a louça lavado do jantar. E agora? O que comer? Entre um pão torrado com manteiga e leite opto por pegar numa maça, retiro-lhe a casca e as sementes, cortando-a em quartos Descasco uma banana e subo as escadas em direcção ao quarto. Sabe bem a fruta intercalada, uma dentada na maçã (um pouco mais ácida) e uma dentada na banana (um pouco mais doce). Fico bem. Não tenho fome.

E tu? Já acordaste? Envio-te uma mensagem de texto. Não quero correr o risco de te acordar, embora saiba que tens de sair daqui a pouco. Que sim, que estás melhor, que dormiste bem. Vamos trocando mensagens entre nós até que pela demora na resposta te imagino no duche. E como tu gostas de estar no duche, bem quente. É uma imagem bonita, esta que tenho tua no duche. Não mais bonita do que a realidade. Mas isso são contas de outro rosário...

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