domingo, 20 de novembro de 2011

Apeteces-me

Pode parecer coisa superficial, fruto de um desejo momentâneo, de uma ponta de tesão, de uma necessidade urgente de satisfazer vontades, mas sabes bem que não é assim.

Apeteces-me agora, como me apeteces tantas outras vezes. Apeteces-me de dia e apeteces-me de noite. E também ao amanhecer ou ao entardecer. Quando me olhas com esse teu ar maroto, de menina, perfeitamente consciente do efeito que tens em mim. Quando passas e me apalpas o fofo numa fracção de segundo em que não há ninguém por perto ou me dás beijos clandestinos. Ou quando estamos longe e nos permitimos ser o que nos apetece ser sempre: dois apaixonados, dois cúmplices, dois namorados que não desviam os olhos um do outro, que não conseguem parar de planear o próximo "golpe" e que não conseguem tirar as mãos de cima do outro, mesmo quando há umas dezenas de pares de olhos a ver; dois enamorados que encontram amor, refúgio, tranquilidade, paz, energia, força junto um do outro, no tempo e no espaço que partilham.

Apeteces-me. Não me apetece o teu corpo apenas. Apeteces-me toda, de corpo e alma. Apetece-me o carinho e os amassos, o calor dos beijos e o ritmo do nosso amor bem mexido; a simplicidade de um toque e a força de um beijo, o arrepio da pele e o sabor da língua quente e macia; a ternura do olhar e o sussuro da voz, embargada pela emoção que me diz: quero-te!

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