quinta-feira, 3 de novembro de 2011

a bolha

Existe uma bolha onde sou feliz. Existe uma bolha onde sei, porque sinto, que te faço feliz e que te consigo fazer esquecer os medos, os receios, os temores e as dores, da dor e do sofrimento que insistes em tomar como teu.
E eu entendo. A sério que entendo.

A bolha é o nosso refúgio. A bolha surge naturalmente.  A bolha é quente e confortável no inverno e fresca e arejada no verão. A bolha tem relva verdinha e camas de rede entre as árvores. Sítios onde podemos descansar depois do picnic. A bolha tem lençóis e cobertores e pijamas e pernas entrelaçadas em abraços e conchas. Tem sorrisos e tolices, festas e carinhos, mimos e beijinhos. A nossa bolha é o mundo que queremos para nós e é aquele mundo que podemos construir se a isso nos dispusermos. Esse mundo tem um espaço comum e risos e barrigas grandes que guardam surpresas de crianças e desejos de há muito. Há alegria e cumplicidade na bolha.

Nessa bolha só existimos tu e eu. E embora não seja tudo perfeito (felizmente!) a bolha é o nosso refúgio. É o nosso porto seguro. Na bolha, e fora dela, eu sou feliz contigo. E sei que, leve o tempo que levar, tu também és.

A bolha é para onde fugimos sempre que temos um pedacinho de tempo só nosso, longe dos olhares e dos comentários de quem não tem mais do que pobreza de espírito para, ao invés de ficar contente por nos termos um ao outro, criticar, inventar e falar (invariavelmente mal!), do que não sabe, não entende e certamente não conhece. Porque quem já gostou e foi gostado, quem ama e é amado, não se dói com a felicidade alheia. Sinto pena de quem tem uma vida tão vazia de sentido e de amor, que precisa de achincalhar e diminuir as vidas dos outros para daí tirar dividendos.

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