domingo, 11 de dezembro de 2011

No meio da ponte (capitulo 10)

"Já está!
Já conversei o que tinha a conversar.
Disse o que tinha a dizer, ouvi o que quis ouvir e arrumei a maior parte do que tinha para arrumar. No fundo, fui coerente com a decisão que tinha tomado. O que fica agora é alguma mágoa, alguma dor. Muitas memórias. Algumas boas, outras nem por isso. Mas quero guardar todas. Porque se com as boas me alegro, com as menos boas recordo o que não quero mais para mim.

Agora já sei onde falhamos. Onde falhei. E não quero falhar mais nos mesmos sítios. A falhar, (e sim, eu sei que é inevitável) vou procurar falhar melhor. Errar melhor. Porque com o erro também se aprende. E eu aprendi! Quero levar tudo quanto sou para o novo caminho. Mas também vou aproveitar a travessia da ponte para deixar para trás o peso do que não fiz, do que não sou, mas permiti que me tornasse. Vou deixar para trás as mágoas e as tristezas e as falsas esperanças que criei e que deixei que semeassem em mim. Vou despertar a parte de mim que fui escondendo sob a capa de uma pretensa, (sei-o agora), alegria e felicidade.

Assumo o compromisso de ser eu mesma! De dizer não, de dizer sim, de dizer talvez quando é exatamente isso que sinto e que quero dizer. De não criar castelos no ar. De não permitir ser outra coisa que não FELIZ. Mesmo estando consciente (sempre a consciência, não é?) que a felicidade é efémera e não-permanente. Mas sabendo também que é possível transformar pequenos momentos de felicidade, em períodos mais alargados desse estado inebriante que me faz sentir ser feita de luz e cor!

Vou abraçar o novo caminho. Vou dedicar-me a ele como ele se tem dedicado a mim. Juntos, vamos construir algo de extraordinário. De único! Vou fazer, com ele, tudo para sermos felizes.
Porque eu acredito que fui feita para este caminho.
Porque ele me espera do outro lado da ponte. Onde disse que estaria desde o primeiro momento.
Porque eu quero ser feliz, sendo eu mesma!"

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